Kajuru promete trégua a Bolsonaro, mas ataca Onyx

Ex-apresentador Jorge Kajuru (PRP) disse que dará 100 dias de prazo para que presidente eleito mostre trabalho a favor do Brasil

seg, 05/11/2018 - 10:44
Reprodução/Facebook/kajurugoias Em entrevista a Rádio Sagres, de Goiás, ele explicou que pediu ao senador Cid Gomes (PDT) para retirá-lo da lista de um bloco de senadores da oposição Reprodução/Facebook/kajurugoias

Novo senador de Goiás, o ex-apresentador e vereador de Goiânia Jorge Kajuru (PRP) disse que dará 100 dias de prazo para que Jair Bolsonaro mostre trabalho a favor do Brasil. Se dentro do espaço de tempo, Kajuru não estiver satisfeito, fará oposição ao Presidente da República.

Em entrevista a Rádio Sagres, de Goiás, ele explicou que pediu ao senador Cid Gomes (PDT) para retirá-lo da lista de um bloco de senadores da oposição. "Não vou chegar no primeiro dia e jogar contra o meu país. Fiquei assustado de receber telefonemas para compor um bloco de oposição. Sou um opositor responsável. Eu conheço o principal homem do governo do Bolsonaro. Tenho amizade pessoal. Sou amigo da esposa de Paulo Guedes. É um homem íntegro", disse.

Questionado pelos radalistas se também era amigo do futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, Kajuru se alterou. "Eu não vou ser amigo de uma pessoa que recebeu propina da JBS e confessou. É réu confesso", esbravejou.

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Kajuru disse ainda que Bolsonaro era o candidato "menos ruim" das eleições presidenciais, mas que já havia falhado com ele durante a campanha. "Ele prometeu gravar um vídeo (de apoio) para mim e não cumpriu. Gravou para o Wilder (Morais, do DEM). O Wilder gastou uma bela grana. Bancou a campanha dele (Bolsonaro) aqui", afirmou.

O senador eleito comparou a montagem do ministério de Bolsonaro com o do primeiro governo do PT. "Bolsonaro não é um homem culto. Mas Lula também não era e montou um belo ministério e fez um bom governo. Depois veio a roubalheira. Bolsonaro está escolhendo bons nomes", afirmou.

Jorge Kajuru ainda falou sobre um conselho que afirmam já estar montado para guiar seu mandato. "Vou escutar eles sobre tudo", disse, antes de confirmar os nomes do ex-senador Pedro Simon (MDB), o senador não reeleito Cristóvão Buarque (PPS), um filho do antropólogo Darcy Ribeiro, o cantor Ivan Lins, e Diana Leite, professora da UFRJ.

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