Onyx recebeu um segundo caixa 2 da JBS, diz jornal
A informação é do jornal Folha de São Paulo. De acordo com a reportagem, a Procuradoria Geral da República (PGR) investiga uma planilha que sugere a doação via caixa dois para o ministro em 2012
Atual ministro extraordinário do governo de transição e futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), recebeu uma segunda doação da JBS que não teria sido declarada à Justiça Eleitoral. A informação é do Jornal Folha de São Paulo. De acordo com a reportagem, a Procuradoria Geral da República (PGR) recebeu uma planilha que sugere a doação via caixa dois, não admitida por Lorenzoni até o momento.
No ano passado, o democrata admitiu ter recebido da JBS R$ 100 mil para a campanha de 2014 e não prestar contas do montante. No documento recebido pela PGR, segundo a matéria, a descrição aponta que o pagamento em 2012 foi feito em espécie a "Onyx-DEM" em 30 de agosto, em meio as eleições municipais. Na ocasião, o deputado não disputou cargos eletivos, mas era presidente do DEM no Rio Grande do Sul e apoiava diversos candidatos.
Os executivos da JBS, no acordo de delação premiada, revelaram pagamentos de propinas de 2006 a 2014.
À reportagem, Lorenzoni não respondeu especificamente sobre o suposto caixa 2 de 2012. Em nota, ele tratou dos recursos recebidos em 2014.
"Os recursos foram usados na campanha de 2014 e o ministro só soube da origem quando os diretores da JBS falaram a respeito, pois ele havia recebido do presidente da Abiec [Associação das Indústrias Exportadoras de Carne], amigo de 30 anos", afirmou, através da assessoria de imprensa. "Onyx Lorenzoni está fazendo uma devolução do dinheiro [2014] por meio de doações para entidades filantrópicas de assistência, educação e saúde, entre elas a Santa Casa de Porto Alegre. No total, já foram doados aproximadamente R$ 50 mil. Ao final, o ministro fará uma prestação de contas", completou.
Outro caso - Em depoimento um dos delatores da Odebrecht, o executivo Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, apontou o ministro como o beneficiário de R$ 175 mil em propina para a campanha de 2006. Alexandrino era responsável pela Braskem, braço petroquímico da empreiteira no Rio Grande do Sul. O inquérito foi arquivado em junho deste ano pelo ministro Luiz Fux à pedido de Raquel Dodge.
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