João Doria pode indicar Bruno Araújo para comandar PSDB

Em entrevista recente o governador eleito de São Paulo considerou o pernambucano um quadro “sintonizado com a perspectiva de renovação do partido”

por Giselly Santos sex, 16/11/2018 - 12:28
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Eleição para presidente do PSDB deve acontecer em março de 2019 Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Eleito em dois anos para o comando da prefeitura de São Paulo e o governo do Estado que é o maior colégio eleitoral do país, João Doria tem se cacifado para se tornar o novo líder nacional do PSDB e, com base nisso, já se articula para indicar quem vai presidir a legenda a partir de março de 2019, quando o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin deixará o posto. Informações do site da Revista IstoÉ dão conta de que o indicado de Doria para o cargo será o deputado federal e presidente do PSDB de Pernambuco, Bruno Araújo.

O LeiaJá entrou em contato com Bruno Araújo para confirmar se ele tinha interesse em disputar a presidência do partido, mas não obteve respostas até o fechamento desta matéria. Contudo, em entrevista recente Doria considerou o pernambucano um quadro “sintonizado com a perspectiva de renovação do partido”. Desde que venceu o pleito, o governador eleito de São Paulo tem chamado para si a responsabilidade de “salvar” o PSDB que vem amargando derrotas desde 2014.

“Não há necessidade de desqualificar a história e a biografia de ninguém, sobretudo a de Alckmin, que foi um grande governador, com trajetória ilibada dentro da vida política, mas Bruno Araújo é jovem, com três mandatos de deputado e foi ministro, sempre cumprindo suas atribuições com competência”, ressaltou João Doria.

“Precisamos desse sangue novo para colocar o PSDB em sintonia com a realidade. Quero que o PSDB saia do quinto andar e passe a frequentar o chão de fábrica para compreender a real dimensão da pobreza e da miséria”, ponderou pouco antes.

Bruno Araújo é do grupo considerado “cabeças pretas” da legenda tucana, ou seja, a ala de políticos mais novos. Além disso, pesa ao seu favor o fato de ter sido ministro das Cidades por dois anos. Na eleição, o pernambucano concorreu a uma vaga para o Senado, mas foi derrotado nas urnas e ficará sem mandato eletivo a partir de fevereiro.

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