Freixo: 'Ameaçar um eleito é atentar contra a democracia'

A Polícia Civil do Rio de Janeiro interceptou, nessa quinta-feira (13), um plano de milicianos para o executar o deputado federal

por Giselly Santos sex, 14/12/2018 - 12:48
Reprodução/Twitter/Marcelo Freixo O assassinato do deputado estava marcado para acontecer neste sábado (15) Reprodução/Twitter/Marcelo Freixo

O deputado estadual do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSOL), afirmou, nesta sexta-feira (14), que a ameaça de morte feita a ele atinge, principalmente, o Estado Democrático de Direito. De acordo com reportagem do jornal O Globo, divulgada nessa quinta (13), a Polícia Civil interceptou um plano de milicianos para o executar Freixo.

O assassinato estava marcado para acontecer neste sábado (15), quando o psolista cumpriria uma agenda em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro.

“Ameaçar um deputado eleito é atentar contra a democracia. Não é uma questão que atinge somente a mim, mas principalmente o Estado Democrático de Direito”, ressaltou, em publicação nas redes sociais, anunciando que às 14h [horário de Brasília] fará uma coletiva para tratar do assunto.

Desde que o plano para matar Freixo veio à tona, o deputado federal eleito em outubro passou a receber manifestações de solidariedade e apoio, inclusive de opositores.

“Agradeço muito pelas manifestações de solidariedade e carinho que recebo desde ontem, inclusive de pessoas que divergem de mim politicamente. É a defesa da democracia e da liberdade e o repúdio a qualquer forma de violência que nos une”, ponderou.  

Por fim, Freixo lembrou que nesta sexta o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes completou 9 meses. E voltou a questionar: “quem matou Marielle?”.

“Essa é a pergunta de uma sociedade inteira. Que grupo político foi capaz de matar Marielle? Qual motivação? É crime contra a democracia. Marielle não ‘defendeu bandido’ foi morta por eles. Defendeu a lei, defendeu os direitos humanos. Sem isso, não há democracia”, acrescentou. Inclusive, os milicianos que tramavam contra Freixo são investigados de envolvimento na morte da parlamentar.

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