SP: sessão sobre reforma da Previdência tem bate-boca

Vereadores trocaram acusações e precisaram ser apartados

sab, 22/12/2018 - 08:14
ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO Suplicy pediu calma e impediu que um guarda retirasse uma manifestante ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO

Sessão na Câmara Municipal de São Paulo foi marcada nessa sexta-feira (21) por confusão e bate-boca. Vereadores do DEM, PSOL e Novo se desentenderam durante a sessão da Comissão de Estudos de Reforma da Previdência Social e por pouco não terminaram aos tapas e socos. A confusão teve empurrões, troca de acusações, chutes e mal-estar e começou por causa de divergências sobre o projeto em discussão.

Os parlamentares discutiam o plano de Previdência dos servidores do município, o Sampaprev, enquanto professores e funcionários da área de saúde protestavam.

A confusão começou quando o vereador Fernando Holiday (DEM), ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL), tentou interromper a fala da colega Samia Bonfim (PSOL). Antes, as vereadoras Samia Bonfim e Janaína Lima (Novo) se desentenderam e foram separadas pelo líder do PSDB na Câmara, Fabio Riva.

O vereador Toninho Vespoli, também do PSOL, entrou na discussão. Holiday e Vespoli tiveram de ser apartados. O barulho era intenso e o vereador Eduardo Suplicy (PT) pediu silêncio.

Guardas municipais foram chamados para a retirada de manifestantes que acompanhavam a sessão no plenário. Suplicy pediu calma e impediu que um guarda retirasse uma manifestante. Após a confusão, a sessão foi interrompida. 

A base aliada do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), quer tentar votar ainda hoje o projeto que aumenta o desconto em folha do servidor público de 11% para 14% e cria um plano de previdência complementar. A oposição atua para obstruir a votação.

Em março, professores que protestaram contra o projeto acabaram feridos pela polícia. O projeto ficou adormecido nos últimos meses e a foi retomada em novembro.

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