Políticos pernambucanos participam da Greve Geral
O ato conta com apoio do movimentos sociais e centrais sindicais
Contra a reforma da previdência, movimentos sociais e centrais sindicais realizam Greve Geral, nesta sexta-feira (14), no Centro do Recife. Além do apoio de trabalhadores, o ato conta com a participação de políticos pernambucanos contrários às medidas tomadas pelo governo Bolsonaro.
Candidata derrotada na disputa ao governo do estado nas eleições de 2018, Dani Portela (PSOL) afirmou que os vazamentos de conversas envolvendo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, reforçou as pautas da greve. “A greve geral já estava convocada há muito tempo, antecedida por dois grandes atos contra os cortes na educação, os atos dos dias 15 e 30 de maio. A greve já estava se fortalecendo para que a população parasse o Brasil contra os retrocessos do governo Bolsonaro e contra as retiradas de direitos. Nessa semana, os vazamentos dos áudios do ministro Sergio Moro, que é o garoto propaganda e carro chefe da mídia, no atual governo, veio reforçar esse nosso momento aqui nas ruas”, destacou.
O deputado estadual Isaltino Nascimento (PT) criticou pontos do texto de reforma da previdência, apresentado pelo Governo Federal. “Essa reforma acaba com a média salarial, na prática, você vai contar com cem por cento do tempo que você vai trabalhar. Outra questão é a do tempo, 40 anos permanece ainda na questão do tempo de contribuição para aposentadoria. Portanto, é uma proposta muito ruim, mesmo havendo mudanças”, pontuou o parlamentar.
Segundo o vereador do Recife Ivan Moraes (PSOL), a greve geral não é só um ato contrário à reforma da previdência, e sim, contra “uma série de desmontes que estão acontecendo de políticas públicas importantes e também uma indignação muito grande pelo vazamento da Vaza Jato”, disse. Moraes defendeu que os processos conduzidos pela Lava Jato, que resultaram na prisão do ex-presidente Lula sejam anulados.
“No sistema brasileiro penal, o juiz precisa ser isonômico, ele precisa conversar com as duas partes de forma equitativa. Ele não pode fica de conversa e conchavo, passando fonte, dando orientação para uma das partes, seja qual for a parte. (...) todos os atos vindo de julgamentos ilegais dessa forma, com esse tipo de suspeição, deveriam ser nulos. Não se trata mais de achar ou não achar que Lula é culpado, que Lula é inocente, se a gente quiser manter viva as nossas instituições, a gente precisa zelar pela regra do jogo. Pela regra do jogo, os julgamentos são nulos e o juiz e o promotor precisam responder pelo que fizeram”, concluiu.
Membro do mandato coletivo Juntas, a co-deputada estadual Carol Vergolino (PSOL), pontuou as pautas levantadas pela greve. “Aqui, as pessoas estão contra um projeto de país, que é um projeto deles de extermínio e tudo que vem em cima de um golpe arquitetado. Esse governo é resultado de tudo isso, esse desgoverno. A gente está aqui lutando, pela previdência, lutando contra o porte de armas, lutando contra o corte na educação, que já voltou atrás. A gente está lutando contra todos esses retrocessos, contra essa política de extermínio, por isso que estamos aqui”, afirmou.
*Com informações de Pedro Bezerra Souza