Dilma lamenta proposta de Bolsonaro para multa do FGTS

A ex-presidente petista argumentou que a medida proposta por Bolsonaro vai causar mais demissões e atrapalhar a retomada do crescimento do país

seg, 22/07/2019 - 13:33
Paulo Uchôa/LeiaJa Imagens/Arquivo Dilma presidiu o Brasil de 2011 a 2016 Paulo Uchôa/LeiaJa Imagens/Arquivo

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) utilizou seu perfil no Twitter neste final de semana para comentar ações do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), principalmente no tocante ao fim da multa de 40% do FGTS, que vem sendo sondado por Bolsonaro e sua equipe econômica. 

“É por despreparo e insensibilidade social que Bolsonaro defende o fim da multa de 40% do FGTS. Esta multa beneficia o trabalhador ao dificultar sua demissão, cria um acréscimo à sua renda futura, ao aumentar seu FGTS, e viabiliza, enquanto não é sacada, investimentos do BNDES”, opinou Rousseff.

Dilma, que deixou o mandato em agosto de 2016 após sofrer um processo de impeachment, também disse que a atitude de Bolsonaro pode acarretar em um maior número de demissões.

“Que Bolsonaro despreza o povo está claro em sua negativa de encarar a terrível realidade da fome, que seu governo trouxe de volta. Acabar com a multa do FGTS ampliará o já elevado número de demissões, sobretudo para os que trabalham há mais tempo e, por isso, ganham mais”, complementou.

Por fim, a petista argumentou que a medida pode atrasar o crescimento econômico e social do Brasil. “A extinção da multa imposta ao empregador para demitir sem justa causa vai também retirar mais recursos do BNDES, que já vem sendo esvaziado e ameaçado de extinção pelo governo Bolsonaro, e diminuir ainda mais as perspectivas de retomada do crescimento”, disse.

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