Dilma sobre excludente de ilicitude: 'precisa ser barrado'
De acordo com a ex-presidente, a morte da menina Ághata tem relação direta com a proposta que foi apresentada pelo ministro Sergio Moro
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) usou o Twitter, nesta terça-feira (24), para afirmar que o trecho do pacote anticrime, em tramitação na Câmara dos Deputados, que prevê o excludente de ilicitude “precisa ser barrado”. Na avaliação da ex-presidente, a proposta tem relação direta com o assassinato de Ágatha Vitória, de 8 anos.
“O assassinato de Ághata tem, óbvio, relação direta com a proposta de Moro de facilitar a absolvição de policiais que matam civis, se alegam que foram movidos por emoção ou surpresa. Este projeto é uma oferta de impunidade e uma licença para matar. Precisa ser barrado no Congresso”, escreveu Dilma.
Para a petista, “a violência fardada cresce com a impunidade oferecida pelo presidente que quer anistiar policiais assassinos, pelo ministro que quer absolvê-los e pelo governador [Wilson Witzel] que manda atirar ‘na cabecinha’. E a violência policial também induz à violência CONTRA [sic] os policiais”.
Ágatha morreu na noite da sexta-feira (20), após ser baleada nas costas durante uma ação policial no Complexo do Alemão. Ela estava dentro de uma kombi com o avô quando foi atingida, chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu. Testemunhas apontam que disparo partiu dos policiais.
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