Jean sobre família Bolsonaro: uma máfia que usa mentiras

Ex-deputado cobrou punição para o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) diante da falsa imagem da ativista Greta Thunberg usada por ele nas redes sociais

qui, 26/09/2019 - 12:39
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

O ex-deputado Jean Wyllys disparou contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) por ter publicado uma imagem falsa da ativista ambiental, Greta Thunberg, nas redes sociais. Para Wyllys, a família do presidente Jair Bolsonaro (PSL) age como “uma máfia” e um a “organização criminosa que usa mentiras” como arma para destruir quem se opõe aos objetivos deles. 

“Eduardo Bolsonaro está fazendo contra Greta Thunberg o que sempre fez contra adversários na Câmara: MENTIR [sic] e falsificar. Estranha é a impunidade dele!”, escreveu Jean, em publicação no Twitter. 

Eduardo Bolsonaro postou uma imagem em que Greta aparece confortável e em uma mesa farta dentro de um trem, enquanto crianças pobres a observam da janela. A imagem real foi retirada do Instagram de Thunberg, em um post feito em janeiro. Nela, a ativista aparece comendo em um trem, mas a janela reflete apenas árvores e não as crianças.

Greta fez parte de um grupo de 16 adolescentes que foi até a Cúpula do Clima na Organização das Nações Unidas, em Nova York, para denunciar o Brasil e outros países por não fazerem o suficiente para impedir o aquecimento global.

Na ótica de Wyllys, “a família Bolsonaro e o PSL agem como uma máfia, uma organização criminosa que usa mentiras, fake news, calúnias, falsificações e teorias conspiratórias como armas de destruição dos que contrariam seus objetivos”. 

Falsificação de vídeo

Ao falar da postura do filho do presidente sobre Greta, Jean relatou que Eduardo, em 2016, teria adulterado “criminosamente” um vídeo para mover um processo contra ele no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. 

“Processo que os demais canalhas aliados dele acataram! Havia, na origem daquele processo contra mim, não só UM CRIME [sic] comprovado pela polícia, mas algo kafkiano: como escroques e desonestos poderiam levar, para ser julgado ao Conselho de Ética, alguém que era ético e estava sendo acusado num processo fraudulento? O processo seguiu por um ano”, contou, reclamando também da atuação da imprensa.

“A homofobia social também esteve por trás da maneira como deputados e jornalistas silenciaram sobre (e pactuaram com) a violência que era aquele processo fraudulento contra mim no Conselho de Ética da Câmara, processo movido e acatado por conhecidos escroques da política”, salientou.

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