Ciro diz estar chocado com militares aceitando vassalagem
Ao analisar decisão do presidente Donald Trump, o pedetista afirmou que já sabia do despreparo de Jair Bolsonaro, mas estava surpreso com postura dos ministros brasileiros que são militares
O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), afirmou, nesta segunda-feira (2), que está chocado com a anuência de ministros do governo Jair Bolsonaro, que são generais do Exército, diante do que chamou de "vassalagem" do Brasil com o governo dos Estados Unidos.
A declaração do pedetista é em reação a decisão anunciada pelo presidente americano, Donald Trump, de aumentar as tarifas sobre a importação de aço do Brasil e da Argentina, porque, segundo ele, as moedas desses países estão em alta desvalorização diante do dólar.
Ao analisar o cenário, Ciro disse, no Twitter, que já sabia do despreparo de Jair Bolsonaro, mas estava chocado com os ministros que são militares.
"Que Bolsonaro seja um despreparado e deslumbrado, todos poderíamos saber. O que me choca é o comportamento de 9 ministros generais vendo, coniventes, nossa soberania (e nossa economia) ser entregue por pura vassalagem!", escreveu o pedetista.
A prática de vassalagem era usada na Idade Média, quando um indivíduo menos favorecido oferecia serviços e fidelidade ao suserano, ou seja, alguém rico e poderoso. A vassalagem é uma espécie de submissão.
Pouco antes, Ciro também publicou uma frase do ex-ministro Mangabeira Unger sobre o assunto: “A rebeldia nem sempre é premiada na história. Mas a vassalagem, é castigada invariavelmente”.