Oposição critica escolha de pastor para o MEC
Presidente Jair Bolsonaro nomeou Milton Ribeiro para substituir Carlos Decotelli na pasta da Educação
Na tarde desta sexta (10), o presidente Jair Bolsonaro anunciou que o pastor Milton Ribeiro assumirá o Ministério da Educação (MEC), que estava sem gestor desde o dia 18 de junho, quando Carlos Decotelli foi demitido por supostas fraudes no currículo acadêmico. Pastor da Igreja Presbiteriana, Ribeiro informa em seu lattes que possui graduação em Teologia e Direito, mestrado em Direito, doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (USP), além de duas especializações em Velho Testamento. A escolha do novo ministro foi criticada pela oposição, que teme interferências na laicidade da educação pública.
“Bolsonaro nomeou hoje o pastor presbiteriano Milton Ribeiro como ministro da Educação. Nenhuma surpresa: mais obscurantismo, negacionismo da ciência e austeridade nos investimentos. Novamente reafirmamos que só a luta muda a vida”, reagiu a deputada federal Talíria Petrone (Psol-RJ).
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) ironizou a escolha do presidente. "Um pastor no MEC. Agora vai, Brasil". A deputada federal Fernanda Melchionna (Psol-RS) também se mostrou pessimista com a escolha. “Muito se especula sobre o pastor ligado à Mackenzie indicado ao MEC. Tenho apenas 2 comentários: 1) para aceitar ser ministro de Bolsonaro, boa pessoa não pode ser. 2) Para salvar a Educação brasileira, que vive um apagão, é fundamental demitir o presidente. #ForaBolsonaro”, publicou em seu Twitter.
O deputado federal João Campos (PSB-PE) comentou a escolha em vídeo e escreveu que espera que Ribeiro tenha "pulso" para resolver os "erros que foram cometidos pelo governo". “Mesmo com tantos demandos nos Ministério da Educação e fazendo parte da oposição ao governo Bolsonaro, isso não me impede de desejar boa sorte ao novo ministro da educação, afinal de contas eu sou torcedor da educação”, afirmou Campos.
O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) também fez votos de sorte ao novo ministro, mas pontuou que deseja "sinceramente que ele retire o MEC das lutas ideológicas inúteis em que foi metido no último período, trabalhe orientado pela ciência e pela aprovação novo FUNDEB", publicou em suas redes sociais.