O Recife 'precisa de opções', diz Túlio sobre candidatura
Segundo o parlamentar, nos últimos anos a forma de fazer política na capital pernambucana 'é desarticulando palanques legítimos'
O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) confirmou, nesta quarta-feira (29), sua pré-candidatura à Prefeitura do Recife e ressaltou, em coletiva à imprensa, que já está conversando com partidos aliados para a formação de uma chapa. O candidato afirma que há um diálogo positivo com a Rede Sustentabilidade, o Cidadania e o Partido Verde (PV), que devem ser os nomes principais para a composição de uma aliança. “A gente acredita que são partidos que conseguem dialogar com nosso projeto de cidade”, afirmou.
Apesar de defender a candidatura de Marília Arraes (PT), como equilíbrio fundamental para a corrida eleitoral, Gadêlha acredita que o eleitor precisa experimentar o sabor de uma nova gestão partidária. “Nos últimos 20 anos o cidadão recifense provou de uma gestão do PT, provou de uma gestão do PSB e agora tem oportunidade de conhecer mais sobre uma gestão do PDT”, disse.
De acordo com o próprio parlamentar não há dúvidas sobre sua candidatura para o primeiro turno das eleições. Ela estaria assegurada pelo partido mesmo que as conversas sobre possíveis alianças não sigam adiante, porém, a intenção do deputado federal é formar uma frente firme de oposição a atual gestão. “A gente precisa de opções. Infelizmente, nos últimos anos, na cidade do Recife, o eleitor carece de opções porque a forma de fazer política é desarticulando palanques legítimos e por isso a gente vê com legitimidade a proposição do PDT em colocar uma candidatura para a cidade”, contou Túlio.
Bolsonarismo não é uma ameaça
Ao ser questionado se várias candidaturas de esquerda e centro-esquerda acontecendo ao mesmo tempo poderiam ser vistas como um enfraquecimento da ala no cenário político da capital pernambucana, o pré-candidato a prefeito afirma que não. “Aqui as forças bolsonarismo não apresentam nenhum tipo de ameaça. A gente tem um campo de direita que se afasta dessa polarização com o fascismo, que a gente tem num plano nacional”, disse. “As pessoas não estão mais colocando esperanças em pessoas, mas sim em projetos que estão sendo apresentados. E eu acho que esse é o futuro da política, a gente não defender pessoas, mas causas”, completou.
Gadelha não deu pistas sobre seu plano de governo, apenas ressaltou pontos críticos da capital como desigualdades sociais, trânsito, espera por transportes públicos e alagamentos. Porém, afirmou que, junto com vereadores e especialistas, pretende construir um mandato coletivo, incluindo a participação da sociedade civil. “Eu acho que a gente tem condições, sim, de construir um mandato coletivo, com a participação da sociedade civil, ouvindo todos os segmentos e assim apresentar o melhor projeto para a cidade do Recife”, concluiu.