Recife: Câmara ignora protestos e adia votação do PL 05/19

Apesar da manhã de paralisações promovidas pelo Sindicato dos Rodoviários, Casa Legislativa decidiu adiar o projeto que pede a proibição da dupla função dos motoristas de ônibus, principal demanda da categoria

seg, 28/09/2020 - 12:15
Marília Parente/LeiaJá Imagens Outro protesto com a pauta da dupla função já havia sido realizado na segunda passada (21). Marília Parente/LeiaJá Imagens

Apesar da manhã de protestos organizados pelo Sindicato dos Rodoviários, nesta segunda-feira (28), a Câmara Municipal do Recife resolveu adiar a votação do Projeto de Lei 05/19, de autoria do vereador Ivan Moraes (Psol), que pede a proibição da dupla função dos motoristas de coletivos. Esta é a principal pauta da categoria, que interditou o cruzamento entre a Avenida Guararapes e a Rua do Sol, no bairro de Santo Antônio, além de motivar a paralisação de coletivos em vias importantes como a Avenida Cruz Cabugá, a Treze de Maio e a Rua do Príncipe, na área central da capital pernambucana.

O PL 05/19 estava na ordem do dia, mas teve sua votação adiada para daqui a seis dias úteis depois que o vereador Rodrigo Coutinho (Solidariedade) sugeriu uma emenda, apesar do quórum de 25 parlamentares na sessão, o que viabilizaria a votação do projeto. “Gostaria de apresentar uma emenda ao plenário, que já se encontra na sala da presidência, sobretudo porque a gente de uma forma geral faz muitas leis importantes para cidade. [...] Uma emenda sugerindo que essa discussão fosse ampliada para ouvirmos outras entidades, outras pessoas, outros especialistas e discutirmos a viabilidade e aplicabilidade desse projeto”, argumentou Coutinho.

A emenda foi assinada por mais 16 vereadores. São eles Antônio Neto, Benjamin da Saúde, Davi Muniz, Eduardo Chera, Eriberto Rafael, Felipe Francismar, Fred Ferreira, Hélio Guabiraba, Júnior Bocão, Marcos de Bria, Michelle Collins, Renato Antunes, Romerinho Jatobá e Samuel Salazar.

Para Ivan Moraes, a emenda é apenas uma forma de adiar a votação do PL. “O vereador Rodrigo Coutinho teve um ano e meio para aprimorar o projeto. Poderia ter apresentado essa emenda há duas semanas. Fica parecendo uma estratégia agora para não votar”, protestou.

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