Caso Henry: Jairinho era considerado um 'bom parlamentar'

Presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Vereadores do RJ declarou que vereadores ficaram surpresos com as acusações contra Jairinho

por Jameson Ramos sex, 09/04/2021 - 17:02
Tania Rego/Agência Brasil Vereador foi preso juntamente com a sua esposa, mãe do pequeno, nesta quinta (8) Tania Rego/Agência Brasil

Nesta sexta-feira (9), o presidente do Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, Alexandre Isquierdo (DEM), afirmou que o vereador Dr. Jairinho (Solidariedade), investigado pela morte do pequeno Henry Borel, era um bom parlamentar.

Em entrevista à CNN, Isquierdo pontuou que Jairinho sempre se destacou no dia a dia da política do Rio de Janeiro e todos os parlamentares estão "muito chocados". 

"Muito atuante, não é atoa que ele foi líder do governo. Sempre se destacou como um bol político, um bom parlamentar", disse Alexandre. O vereador ainda salientou que Jairinho nunca demonstrou agressividade e que sempre foi uma pessoa carinhosa e extrovertida.

O enteado do vereador Jairinho, Henry Borel, morreu no dia 8 de março, com sinais de tortura. A Polícia do Rio de Janeiro acredita que o acusado agrediu periodicamente a criança. Conversas via WhatsApp entre a mãe do menino, Monique Medeiros da Costa Silva, e a babá Thayná de Oliveira Ferreira, provariam essa descoberta.

"Alguns pontos dessa conversa nos chamaram muita atenção. A babá fala que o Henry relatou a ela que o padrasto o pegou pelo braço, deu uma 'banda', uma rasteira, e o chutou. Ficou claro que houve lesão ali; fala que Henry estava mancando, que não deixou dar banho nele porque estava com dor na cabeça", apontou o delegado Antenor Lopes, diretor da Polícia Civil na capital.

Jairinho foi preso nesta última quinta-feira (8), sob acusação de matar o enteado. Ele será investigado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro e poderá ter o seu registro profissional cassado. 

Além disso, a Câmara Municipal do Rio anunciou por nota que o vereador teve o salário suspenso e ficará formalmente afastado do mandato a partir do trigésimo primeiro dia de afastamento, segundo o Regimento Interno da Casa.

A mãe do garoto, Monique Medeiros, também foi presa. Ambos são acusados de tentar atrapalhar as investigações e influenciar testemunhas.

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