Congresso divide opiniões após ataque de Bolsonaro ao STF
O novo atrito entre o presidente e a Côrte foi por conta do pedido de abertura da CPI para investigar a atuação do Governo Federal na pandemia
Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atacar e sugerir o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, parlamentares dividiram opiniões na manhã desta sexta-feira (9). O novo atrito entre o Planalto e o Judiciário é resultado da CPI referente a atuação do Governo Federal na pandemia.
Bolsonaro disse que o ministro não tem coragem e moral, e considerou que o pedido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi tomado de forma monocrática, fruto de uma 'jogadinha casada' com a bancada de esquerda do Senado. Barroso solicitou a investigação para apurar eventuais omissões do Governo Bolsonaro no combate à pandemia.
Após a repercussão das criticas ao STF, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB), defendeu que a CPI é inoportuna pelo atual momento da pandemia. Ele reforçou apoio ao posicionamento do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), que tentou evitar a instalação.
Em oposição, o deputado Roberto Freire (Cidadania) aponta que o presidente não deve ficar irritado pois a CPI é um direito constitucional. Para Marcelo Freixo (PSOL), a postura expôs o desespero do Planalto com a investigação.