Túlio Gadêlha pede que Senado apure ameaça de Braga Netto
Reportagem do jornal 'O Estado de São Paulo' apontou que o ministro da Defesa declarou que as eleições de 2022 só ocorreriam caso o voto fosse impresso e auditável
O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE) encaminhou ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), um ofício pedindo a convocação da Comissão Representativa do Congresso Nacional, em caráter de urgência, para que sejam investigadas as supostas ameaças à democracia proferidas pelo ministro da Defesa, o general Braga Netto. Nesta quinta-feira (22), uma reportagem do jornal 'O Estado de São Paulo' apontou que o militar declarou que as eleições de 2022 só ocorreriam caso o voto fosse impresso e auditável.
Segundo o jornal, o ministro teria repassado a informação, no dia 8 de julho, ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). “Não podemos esperar acabar o recesso para que seja apurado este nítido ataque às instituições democráticas”, afirma Gadêlha.
A Comissão Representativa é composta por sete senadores e 16 deputados, eleitos pelas respectivas Casas Legislativas. A instituição tem a função de fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, bem como de convocar ministros de Estado, durante o recesso legislativo.
“Conforme a reportagem, o posicionamento do ministro ultrapassa qualquer nível de razoabilidade e constitui uma nítida ameaça às eleições e às instituições da República. E em consequência ao Estado Democrático de Direito”, Túlio Gadêlha. Para o parlamentar, as declarações de Braga Netto ocorrem em uma conjuntura de ataques à democracia brasileira, demandando esclarecimentos. “Cabe ao Congresso decidir sobre o voto impresso. Ameaçar a democracia é crime”, completa.