Camargo diz que Fundação também representa "negro de bem"
O presidente da Fundação Cultural Palmares anunciava o edital para retirar o machado de Xangô da marca da instituição
Como anunciado pelo presidente da Fundação Cultural Palmares, Sergio Camargo, a marca da instituição vai ser alterada por fazer alusão ao machado de Xangô. Nesta quinta-feira (26), o gestor informou sobre o novo edital com a imagem de uma lâmpada – símbolo de boa ideia - saindo de uma cabeça branca.
Com inscrições abertas desde a terça (17), Camargo novamente adotou uma postura controversa para reforçar o concurso que vai remover o símbolo candomblecista da fundação destinada à preservação da cultura afro-brasileira.
Apesar da imagem de divulgação possuir as tradicionais cores do Brasil, o gestor optou em compartilhar a versão do material com a cabeça branca em seu perfil no Twitter.
Ele escreveu que público-alvo da instituição "não se restringe a povos de terreiro. Há também pequenos produtores de cultura, comunidades quilombolas, além do cidadão negro de bem".
O projeto vencedor será premiado com R$ 20.000 e o informe do edital destaca que o concurso segue a laicidade do Estado e busca por mais democracia.
Autodeclarado "antivitimista e inimigo do politicamente correto", o presidente da Fundação Palmares acrescentou em uma publicação seguinte que "a expressão afro-brasileiros não faz sentido", pois somos "apenas brasileiros"; e continuou: "Afrodescendente consegue ser pior ainda!".