Covid: Bolsonaro volta a questionar eficácia da vacina
O presidente afirmou, nesta quinta-feira, que não tomou o imunizante e quem quiser pode seguir seu exemplo
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender, nesta quinta-feira (21), o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19 e, mais uma vez, questionou as vacinas desenvolvidas para a imunização contra a doença. Em evento para inaugurar Projeto de Integração do Rio São Francisco na Paraíba, Bolsonaro não poupou indagações e disse que a Covid-19 é uma grande interrogação.
“Eu também fui acometido [pela Covid-19], tomei hidroxicloroquina, no dia seguinte estava bom. Será que é porque é barato? Ainda continua em interrogação o tratamento”, afirmou inicialmente.
Pouco depois, ele seguiu aproveitando para disparar contra os gestores estaduais e municipais que estão exigindo que a população apresente o comprovante vacinal para entrar em equipamentos públicos: “Temos governadores e prefeitos exigindo passaporte vacinal. O nosso ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mesmo vacinado com a segunda dose contraiu Covid. Outras pessoas da minha comitiva que estavam vacinadas com a segunda dose contraíram o vírus. É uma grande interrogação a Covid-19”.
Ainda em seu discurso na Paraíba, Bolsonaro lembrou que não tomou a vacina contra a Covid-19 e disse que quem quiser pode seguir seu exemplo, colocando em xeque as diversas campanhas de incentivo à imunização que acontecem pelo país.
“Ofertamos a todos do Brasil a oportunidade de todos se vacinarem. Isso não quer dizer que a vacina é obrigatória. Jamais defenderemos isso. Eu não tomei a vacina, quem quiser seguir meu exemplo que siga, quem não quiser que não siga, isso é liberdade”, cravou.
“Se eu quiser tomar lá na frente, eu tomo, Mas meu governo ofereceu vacina para toda a população, espero que ele seja eficiente”, emendou Bolsonaro.
Em périplo pelo Nordeste, ainda nesta quinta-feira o presidente cumpre agenda em Pernambuco para inaugurar mais um trecho da obra hídrica.