Moro diz 'não ter medo de cara feia' de Lula e Bolsonaro

Possível candidato à Presidência pelo Podemos em 2022, ex-ministro diz que extremos não são positivos para o país e que a via alternativa deve ter novas premissas

por Vitória Silva qui, 25/11/2021 - 10:08
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Sérgio Moro atualmente é filiado ao Podemos Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ex-juiz da Lava Jato e agora pré-candidato à Presidência da República, Sergio Moro (Podemos), voltou a alfinetar os oponentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (sem partido) em nova entrevista nesta quinta-feira (25). Suposta opção da “terceira via”, o ex-bolsonarista, ao se referir à disputa entre os dois principais nomes, afirmou que “não tem medo de cara feia” e que possui relação amistosa com outros cotados à disputa. 

"Em relação aos extremos, aos políticos que habitam esses extremos, primeiro: a gente não tem medo de cara feia", disse o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, que completou: "Precisamos ter premissas básicas que os extremos não podem oferecer, e uma delas é que quem rouba dinheiro público tem que ir para a cadeia". 

Em busca de viabilizar sua candidatura, Sérgio Moro tem focado em se reunir com nomes da política que agreguem forças à possível campanha no ano que vem. Na entrevista, o pré-candidato do Podemos disse manter diálogo, no entanto, com possíveis outros candidatos, como os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio Grande do Sul (PSDB), Eduardo Leite; o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE); e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS). Nessa quarta-feira (24), Moro almoçou também com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo)

Moro também opinou sobre os possíveis apoios que sua campanha poderá receber. O partido Novo, que lançou o cientista político Felipe d’Avila como pré-candidato à presidência da República, é uma das siglas que podem se retirar da corrida ao Planalto para apoiar o ex-juiz. 

"Existem apoiadores desses extremos muitas vezes iludidos, porque foram enganados por mentiras, e, por outro lado, acabam se apegando a certas ilusões. […] O que nós vamos fazer é um projeto com base na verdade, com base nos fatos", finalizou Moro. 

 

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