Ciro cobra respostas de Moro sobre privatizar Petrobras
Presidenciáveis travam embate político na mídia há semanas, mas debate segue apenas como sugestão
O pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), voltou a convidar o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos), também presidenciável, para um debate acerca dos temas mais latentes da política nacional e que devem ser demandas urgentes para quem assumir o Planalto no próximo ano. O convite foi feito através do Twitter oficial de Ciro, nesta quarta-feira (12).
Gomes diz ter um interesse maior em discutir a privatização da Petrobras, o que ele chama de um “crime” que nem a gestão bolsonarista cometeu. O pedetista e seu adversário têm trocado farpas através das redes sociais e da imprensa desde dezembro.
“Ainda não recebi nenhuma resposta de Moro. Mas um tema que gostaria de debater com ele é a sua intenção absurda de privatizar a Petrobras, crime que nem a dupla Guedes-Bolsonaro cometeu”, escreveu o entusiasta da “terceira via”.
E continuou: “Quero ver se Moro propõe tamanho absurdo por pura ignorância ou se faz parte da estratégia entreguista, de destruição do patrimônio nacional, que ele começou com a Lava Jato”, junto à hashtag “#DebateCiroeMoro”.
Ontem (11), Sergio Moro rebateu as provocações de Ciro Gomes. Em entrevista para a Rádio Metrópole, da Bahia, Moro disse estar disposto a debater com qualquer um. "Vem dizer que ser corajoso é ficar ofendendo as pessoas, falando palavrão? Isso é destempero, descontrole. Vem com essas bobagens porque sabe que perde no argumento. Debato com qualquer um", ressaltou.
Desempenho nas pesquisas
Na nova pesquisa da Quaest, divulgada nesta quarta-feira (12), Ciro aparece em quarto lugar, com 5% das intenções de voto e atrás de Sérgio Moro, que foi o terceiro lugar, com 9%. Se as eleições fossem hoje, o ex-presidente Luiz Inácio ‘Lula’ da Silva (PT) venceria no primeiro turno, com 45% dos votos. Jair Bolsonaro (PL) surge em seguida, com 23%. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), obteve 3%, e a senadora Simone Tebet (MDB), com 1%.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e Luiz Felipe D'Ávila (Novo) não pontuaram. Brancos e nulos são 8% e indecisos somam 4%. A margem de erro é de dois pontos percentuais.