Bolsonaro diz sofrer 'perseguição implacável' de Moraes
Jair Bolsonaro voltou a antagonizar instituições eleitorais e ministros do STF, de quem acredita haver interesse na eleição de Lula este ano
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou sofrer uma “perseguição implacável” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em entrevista à Jovem Pan nesta segunda-feira (21), data que marca a celebração dos seus 67 anos de idade. Moraes também faz parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e tem cumprido um papel importante no combate à desinformação, que deverá ser intensificado neste ano, devido ao período eleitoral. Para o mandatário, as frequentes ações do ministro em desfavor do Governo deixam claras as intenções de prejudicá-lo.
“Sabemos da posição do Alexandre de Moraes. É claro, não é novidade. É uma perseguição implacável para cima de mim. Tivemos momentos difíceis no ano passado, quando o TSE julgou a possibilidade de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão por fake news”, alegou.
O chefe do Executivo chegou a alegar, também, que há interesse na eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por parte de alguns ministros, mas acredita que os opositores ao seu governo não são maioria. “Sabemos o que eles querem, o que alguns querem no Brasil, não são todos nem uma instituição. Querem eu [sic] fora de combate e obviamente o Lula eleito. Podem ter certeza: nós, dentro das quatro linhas, podemos fazer com que o processo caminhe dentro da normalidade no Brasil”, disse o presidente.
Na entrevista, Bolsonaro disse esperar que o TSE acolha sugestões dadas pelo ministro Walter Braga Netto (Defesa), pois, segundo ele, “freiam completamente” uma possível fraude. Com a atuação das Forças Armadas, o presidente acredita em uma eleição dentro da normalidade.
“O que eu tenho falado para meus ministros é que nós jogamos dentro das 4 linhas. Devemos fazer o possível e o impossível para que o outro lado venha para as 4 linhas. Se formos jogar futebol e o outro lado puder marcar gol de mão, você vai perder”, disse.
“E mais: nem foi tocado no voto impresso. Dá para fazer eleições limpas desde que acolhidas essas sugestões por parte das Forças Armadas. Não podemos disputar eleições sob o manto da desconfiança”, completou.