No Recife, primeira-dama ironiza Lula e fala em "missão"

Michelle Bolsonaro relativizou as mortes da Covid-19 no Brasil

por Alice Albuquerque sab, 15/10/2022 - 16:43
João Velozo/LeiaJá Imagens A primeira-dama Michelle Bolsonaro João Velozo/LeiaJá Imagens

Em seu discurso durante o encontro “Mulheres com Bolsonaro”, realizado na quadra do Colégio Agnes, no Recife, neste sábado (15), a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, defendeu o presidente Jair Bolsonaro (PL), lembrou da facada e relativizou as atrocidades feitas e ditas por ele como, por exemplo, as mortes pela ausência da vacina da Covid-19 e imitar uma pessoa com falta de oxigênio. A primeira-dama também usou a mesma retórica que tem usado em todas as agendas de campanha que tem feito pelo país ao alfinetar o ex-presidente Lula: “Não conseguiu levar água, vai dar picanha?”, ironizou. 

Outro ponto que Michelle tem destacado, em tom emotivo, é lembrar da facada que Bolsonaro levou na campanha para as eleições de 2018. A primeira-dama afirmou que foi uma experiência “com Deus e entendemos a missão que ele nos confiou”. “Fácil não é estar no poder. Temos a nossa honra e a nossa família dia e noite atacadas por aqueles que torcem para que o Brasil dê errado. Até parece que se der errado para a gente, não vai dar errado para eles”. 

Na tentativa de atrair votos para a reeleição do atual presidente, Michelle relativizou as mortes que poderiam ter sido evitadas durante a pandemia da Covid-19 com a compra antecipada das vacinas. “Como o presidente fala: se não roubar, tem dinheiro para fazer. Nós passamos por uma pandemia, mas o Brasil só cresceu. Mortes aconteceram em todo o mundo. Mas as pessoas não são patriotas, não ajudam a reconhecer a nação. Estão com raiva, com sangue nos olhos querendo voltar para se vingar”, disse. 

“Aquele que não conseguiu levar água, vai dar picanha? Brincadeira, né?”, ironizou a primeira-dama sobre o ex-presidente Lula (PT) ter dito que quer voltar à Presidência para que o povo pobre volte a comer picanha no fim de semana. “Tiveram 16 anos para avançar nas políticas públicas. Tiveram 16 anos para fazer pelas pessoas com deficiência, pelas pessoas com doenças raras e não fizeram nada, porque esse tema para eles era caro, diferente do governo Bolsonaro. E enquanto eu estiver aqui, eu vou trabalhar por eles”, exaltou. 

*Com informações de Jameson Ramos

COMENTÁRIOS dos leitores