Raquel diz que não é conivente com exploração infantil
Candidata ao Governo de Pernambuco se posicionou em debate sobre polêmica que envolve o presidente Jair Bolsonaro sobre exploração sexual de venezuelanas
A candidata ao Governo de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) afirmou durante debate realizado nesta terça-feira (18), na sede da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), que é inadmissível qualquer fala que trate de exploração sexual infantil. “Eu jamais serei conivente com isso”, afirmou.
Apontada pela também candidata ao governo estadual, Marília Arraes (Solidariedade), como candidata do presidente Jair Bolsonaro (PL), Arraes perguntou porque a tucana não se manifestou sobre a fala do mandatário que disse ter “pintado um clima” com garotas venezuelanas de 14 e 15 anos.
Lyra, que já foi secretária da Criança e da Juventude durante o governo de Eduardo Campos, lembrou que na época criou um programa de combate à exploração infantil e que fortaleceu os conselhos tutelares do estado. Ela diz que, enquanto prefeita de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, investiu na assistência social criando espaço de acolhimento, criando trabalhos de conscientização dos conselhos.
“Enquanto o Brasil inteiro diminuiu o investimento na assistência social, eu ampliei porque política pública de verdade se faz com orçamento. É inadmissível qualquer fala que trate de exploração infantil e eu jamais serei conivente com isso”, assegurou.
No entanto, Raquel se manteve relutante em confirmar se está, ou não, contando com o apoio do presidente Bolsonaro em sua campanha, mesmo que de forma velada. Ela assevera que não vai dizer quem será o seu presidente escolhido para o voto.
“Não vou declarar voto e nem vou fazer campanha para presidente da República porque Pernambuco vive o pior momento de sua história e não é o presidente da República que vai resolver o teto da Restauração”, falou referindo-se aos problemas de infiltração do Hospital da Restauração, localizado no Centro do Recife.