Bolsonaro fala em criar 'secretaria dos prefeitos'
Candidato à reeleição, Bolsonaro recebeu no Palácio da Alvorada nesta quarta, 19, um grupo de prefeitos que foram a Brasília participar de uma mobilização da CNM a favor do piso da enfermagem
O presidente Jair Bolsonaro (PL) falou nesta quarta-feira, 19, em criar uma secretaria para atender as demandas de prefeitos. A pasta de segundo escalão, de acordo com o chefe do Executivo, estaria vinculada à Secretaria de Governo (Segov). Candidato à reeleição, Bolsonaro recebeu no Palácio da Alvorada nesta quarta, 19, um grupo de prefeitos que foram a Brasília participar de uma mobilização da Confederação Nacional de Municípios (CNM) a favor do piso da enfermagem.
De acordo com o ministro da Secretaria de Governo, Célio Faria Júnior, 350 prefeitos e representantes de federações municipais de todas as regiões do País compareceram ao encontro, no qual entregaram ao chefe do Executivo uma carta com reivindicações da pauta municipalista. Uma das demandas é que a União não possa criar despesas para os municípios sem que haja fonte de custeio. A mesma carta deve ser entregue ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"O prefeito na ponta da linha é o que tem maior contato com o eleitor. E, detalhe: no nosso governo, ao longo de dois anos, os prefeitos passaram a ter uma popularidade muito grande. Por quê? Nós fizemos mais transferências de recursos para eles. Então, na ponta da linha, eles estão atendendo aos reclamos do município, não atrasam pagamento, nem folha de 13º há dois anos", afirmou Bolsonaro.
Na entrevista, o candidato à reeleição disse que, no passado, os presidentes da República não recebiam os prefeitos que iam a Brasília "pedir favores". "Quanto menos procurarem a gente, é sinal de que eles estão vivendo melhor. Essa política ajuda todos nós. Tanto que resolvemos criar agora uma secretaria dos prefeitos, para os prefeitos terem um local onde carreiam os seus interesses", emendou o presidente.
Bolsonaro também defendeu duas Propostas de Emenda à Constituição (PEC) que tramitam no Congresso e têm relação com a pauta municipalista. Uma delas aumenta em 1 ponto porcentual os repasses para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Outra atende a demanda de condicionar a criação de despesas para os municípios à disponibilidade de recursos.