Políticos antipetistas reconhecem vitória de Lula
Nomes como Janaina Paschoal, Nikolas Ferreira e Ricardo Salles defenderam o resultado das urnas
Lideranças a favor da reeleição de Jair Bolsonaro (PL) aceitaram a derrota do presidente e compartilham o clima de aceitação entre os eleitores mais inconformados com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por outro lado, parte da ala bolsonarista segue em silêncio ou tenta insuflar protestos extremistas.
O ex-ministro do Meio Ambiente e deputado federal eleito, Ricardo Salles, considerou que "é hora de serenidade" e avaliou que a vitória do petista mostra a necessidade de buscar caminhos de pacificação de um país dividido no meio.
Líder do movimento de juristas pelo impeachment de Dilma Roussef, a deputada estadual Janaina Paschoal pontuou sobre a importância de preservar a democracia e concordou com o discurso de Lula como eleito. "Eu peço a Deus que seu líder tenha aprendido com os erros próprios e de seu opositor", destacou.
O general Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo, cobrou união nacional e respeito ao resultado das eleições. "Que o novo governo seja para todos os brasileiros, com respeito às diferenças, sem conflitos, aperfeiçoamento das instituições, paz social, redução das desigualdades, apoio aos necessitados, honestidade, transparência e prestígio mundial", escreveu.
O próprio Sergio Moro, protagonista da Operação Lava Jato, ex-ministro da Justiça e senador eleito, concordou com a decisão dos eleitores e garantiu que será oposição ao próximo governo. "A democracia é assim. O resultado de uma eleição não pode superar o dever de responsabilidade que temos com o Brasil. Vamos trabalhar pela união dos que querem o bem do País".
O deputado bolsonarista mais votado do Brasil, Nikolas Ferreira, reforçou a oposição durante seu mandato. "Não espere de mim desistir do Brasil. Bolsonaro deixou vários soldados e eu sou apenas mais um", afirmou.
Flagrada na véspera da votação com uma arma apontada para pessoas nas ruas de São Paulo, a deputada Carla Zambelli não comentou sobre o resultado e compartilha vídeos de caminhoneiros fechando rodovias e supostas comemorações no sistema prisional. Nem integrante da Família Bolsonaro, o deputado Hélio Lopes e o ministro Augusto Heleno se pronunciaram.