Joias: Deltan defende Bolsonaro e ataca Lula e Dilma

O deputado federal diz que faltam comprovações para acusar Bolsonaro sobre o caso das luxuosas joias sauditas

sex, 10/03/2023 - 18:04
Tomaz Silva/Agência Brasil O deputado federal Deltan Dellagnol Tomaz Silva/Agência Brasil

O deputado federal Deltan Dellagnol (Podemos-PR) fez avaliações sobre o caso das luxuosas joias sauditas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Um fato que chama atenção na análise, é o de que o ex-procurador da Operação Lava Jato em Curitiba cita mais vezes os presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT), do que o ex-presidente, protagonista da acusação.

A análise foi publicada através do site Gazeta do Povo nesta sexta-feira (10). Com o título "As joias de Bolsonaro e a gritaria seletiva da esquerda", a publicação ao longo do texto, faz 14 menções ao atual presidente e 8 à ex-mandatária, que não são envolvidos no caso.

Bolsonaro é citado em nove trechos e Michelle Bolsonaro, outra protagonista da acusação, aparece apenas na legenda da imagem usada para ilustração da coluna. O texto é composto por várias afirmações sobre supostos desvios de patrimônio que teriam, segundo Dellagnol, sido cometidos pelos petistas. O aliado do ex-presidente também diz que faltam comprovações para acusar Bolsonaro, mesmo o ex-presidente tendo tentado usar de sua influência e do seu governo para tentar conseguir resgatar as joias.

“Em relação a Bolsonaro, o episódio das joias depende ainda de uma investigação para que os fatos restem completamente esclarecidos”, escreve o ex-procurador.

Dellagnol também utilizou a publicação para fazer críticas aos apoiadores do PT, pois para ele existe uma "seletividade" na esquerda ao repercutir de forma negativa a polêmica das joias de Bolsonaro e sua esposa.

“É, portanto, uma hipocrisia que petistas defensores e aliados de Lula fechem os olhos para os desvios comprovados praticados por Lula, para atacar fatos ainda não completamente esclarecidos que, na pior das hipóteses, são igualmente repreensíveis, relacionados a Bolsonaro", afirma o deputado federal.

Por: Guilherme Gusmão

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