João compara palcos do Lollapalooza e Carnaval do Recife

Prefeito do Recife fez brincadeira nas redes sociais: 'o nosso gerou mais'

por Vitória Silva seg, 27/03/2023 - 13:46
Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens/Arquivo João Campos, do PSB Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens/Arquivo

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), comparou um dos palcos do festival Lollapalooza 2023 ao palco montado no Marco Zero da cidade durante o carnaval municipal, em fevereiro. O gestor fez uma brincadeira ao colocar fotos das estruturas lado a lado e disse que a do Recife "gerou mais", usando a gíria local que significa que algo foi agitado ou animado e, no caso da festa recifense, mais bonita.

Campos relembrou os comentários feitos por internautas, à época do carnaval do Recife, em que as pessoas perguntaram se o palco do Recife era da festa local ou do festival que acontece em São Paulo, elogiando a estrutura utilizada pela Prefeitura. Na foto utilizada, é possível ver o palco do Marco Zero aceso, iluminado e com algumas alegorias, enquanto a imagem do Lollapalooza apresenta um palco maior, porém mais simples.

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Lollapalooza 2023

Um dos maiores festivais do país, o Lollapalooza Brasil deste ano foi tão polêmico quanto os demais, a começar pelo valor dos ingressos: o mais barato custou R$ 550, meia-entrada. Os mais caros, como o Lolla Pass para clientes Vivo, ultrapassaram os R$ 4 mil. Alguns cancelamentos de última hora, como o da vocalista Willow Smith e o do rapper Drake, também não pegaram bem com o público.

Além disso, a organização do festival foi acusada de contratar trabalhadores escravizados. Em uma fiscalização feita nesta semana pelo Ministério do Trabalho e Emprego em São Paulo, cinco trabalhadores que prestavam serviços para o festival de música Lollapalooza foram resgatados.

Segundo o ministério, os resgatados prestavam serviços de logística de bebidas para o festival e estavam em regime de informalidade, dormindo no chão ou sobre pallets (estrados) de bebidas, sem energia elétrica, colchão e sem receber equipamentos de proteção individual (EPIs). 

Eles foram contratados como carregadores pela empresa Yellow Stripe, uma terceirizada contratada pela Time For Fun, que organiza o Lollapalooza no Brasil, e receberiam R$ 130 por dia de trabalho, mas acabaram sendo vítimas de jornadas que chegavam a 12 horas por dia. 

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