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Na última quarta-feira (29), os fãs de Blink-182 foram à loucura com a possibilidade da banda ter cancelado o show que vai fazer no Brasil em 2024. Contudo, o Lollapalooza confirmou que o trio segue firme e forte na programação.

Isso porque o norte-americano Travis Barker, o baterista do grupo, se envolveu em uma polêmica com Diego Miranda, integrante da banda brasileira Scracho, e ameaçou cancelar a apresentação do Blink-182 em São Paulo.

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Tudo começou quando o marido de Kourtney Kardashian publicou no Twitter a palavra Tomorrow, que significa amanhã em português, dando a entender que anunciaria alguma novidade. Diego, então, brincou que a tal novidade de Travis seria que ele ia cancelar o show no Brasil, já que os internautas adoram dizer que ele vive fazendo de tudo para não vir ao país.

Irritado, o baterista não gostou da brincadeira e respondeu: "F***-se, vou cancelar então".

Na mesma hora, os fãs ficaram alvoroçados, já que não seria a primeira vez que a banda cancela o show no Brasil - e vale lembrar que o trio nunca pisou em solo brasileiro antes. Porém, o festival confirmou que eles seguem na programação e vão subir ao palco em 22 de março de 2024.

A espera acabou. Como prometido, o Lollapalloza Brasil divulgou nas redes sociais os nomes que irão integrar a edição de 2024 em cada dia de festival. Nesta terça-feira (21), a organização deu o que falar ao anunciar a divisão da programação, que está recheada de atrações nacionais e internacionas.

O festival reunirá no line-up nomes como Sam Smith, Titãs, Luísa Sonza, SZA, Gilberto Gil, The Offspring, Jungle, Limp Bizkit, Paramore, Manu Gavassi, Tulipa Ruiz, Meduza, Phoenix, Thirty Seconds to Mars, BayanaSystem, Marcelo D2, Dove Cameron, Supla, entre outros.

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Depois que a grade foi compartilhada, diversas pessoas resolveram alfinetar. Muitos internautas não curtiram o que foi anunciado. "Distribuição bem mequetrefe. Blink na sexta é put*ria", disse uma pessoa, no Instagram. O 11º Lollapalooza Brasil será realizado nos dias 22, 23 e 24 de março, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Os ingressos vão de R$ 500 (meia entrada - primeiro lote) a R$ 2.250 (Lolla Lounge Day by Vivo).

Confira a programação completa:

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E as polêmicas em torno do cancelamento do show do Drake no Lollapalooza 2023 não param! Dessa vez, uma reportagem feita pela Folha de S. Paulo apurou que a justificativa para que o rapper não viesse ao Brasil foi falsa.

Publicada pelas redes oficiais do evento, o comunicado dizia que ele não poderia subir ao palco por falta de equipe técnica. No entanto, em condição de anonimato, fontes relataram ao veículo que boa parte da equipe não só estava presente como já tinha começado os trabalhos para o cantor se apresentar.

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Enquanto ele não chegava, a produção estaria a todo vapor com os técnicos preparando cenário, equipamentos de áudio, painéis de LED e toda a estrutura necessária no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, onde ocorreria a apresentação.

Ainda foi revelado que a administração do evento já tinha reservado todos os quartos da equipe, incluindo o do próprio músico, gastando mais de meio milhão de reais no Palácio Tangará, em São Paulo. E não parou por aí, outra parte dos trabalhadores estavam no Hotel Hilton e só ficaram sabendo sobre a quebra de contrato muito tempo depois.

Nos bastidores, profissionais ainda relatam que Drake teria feito diversos tipos de exigências para dar o ar de sua graça no evento.

Procurados para esclarecimento, as assessorias ainda não teriam se pronunciado sobre a situação. As redes sociais do músico também não consta nenhum tipo de posicionamento sobre a desistência.

As polêmicas envolvendo Drake pelo cancelamento de seu show no Lollapalooza não param. Segundo o jornal Metrópoles, o valor pago ao rapper, de quatro milhões de dólares, mais de 20 milhões de reais, ainda não foi devolvido para a equipe do festival.

O acordo internacional é diferente dos contratos nacionais, em que se paga metade do cachê antes da apresentação e o restante depois do evento. No caso das atrações gringas, os valores são passados integralmente para a equipe do artista antes do show.

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Motivos do cancelamento

Drake teria cancelado sua apresentação de última hora por considerar os fãs brasileiros desanimados. Mas uma novidade foi divulgada também pelo Metrópoles. De acordo com o jornal, o rapper comparou sua apresentação com outra que rolou antes da dele no Lollapalooza.

O canadense teria achado o público do Lolla mais entusiasmado com o showzaço de Billie Eilish, no primeiro dia do festival, dia 24 de março. Segundo o jornal, Drake comparou a reação dos brasileiros na apresentação da jovem de 21 anos e o que fez no país em setembro de 2019, no Rock In Rio.

Os shows de Drake não contam com muitos dançarinos ou pirotecnias, esperadas pelos fãs. Antes de cancelar sua participação no festival, o rapper se apresentou no Chile, na Argentina e na Colômbia, onde foi criticado por cantar apenas por 40 minutos.

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) protocolou um ofício na Câmara dos Deputados no qual denuncia e pede esclarecimentos sobre as condições dos trabalhadores terceirizados do Festival Lollapalooza. No documento feito pela deputada é solicitado que a Comissão de Valores Mobiliários e a Bolsa de Valores (B3) pressionem a Justiça por uma punição a essas empresas.

O Ministério do Trabalho notificou na última semana e no último sábado (25), as empresas Yellow Stripe e T4F por trabalho análogo a escravidão. No dia 22 de março, cinco trabalhadores informaram que foram obrigados a cumprir turno de 12 horas seguidas de trabalho e dormir no evento sob papelões.

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“Somei-me aos esforços do Ministério Público do Trabalho e da Superintendência Regional do Trabalho de SP contra o trabalho escravo no Lollapalooza”, comentou a parlamentar nas redes sociais. Erika justificou que “uma empresa que não considera o flagrante de trabalho escravo em seu maior evento um ‘fato relevante’ não demonstra Governança Corporativa que diz ter em sua listagem na Bolsa”.

Confira publicação da deputada:

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O prefeito do Recife, João Campos (PSB), comparou um dos palcos do festival Lollapalooza 2023 ao palco montado no Marco Zero da cidade durante o carnaval municipal, em fevereiro. O gestor fez uma brincadeira ao colocar fotos das estruturas lado a lado e disse que a do Recife "gerou mais", usando a gíria local que significa que algo foi agitado ou animado e, no caso da festa recifense, mais bonita.

Campos relembrou os comentários feitos por internautas, à época do carnaval do Recife, em que as pessoas perguntaram se o palco do Recife era da festa local ou do festival que acontece em São Paulo, elogiando a estrutura utilizada pela Prefeitura. Na foto utilizada, é possível ver o palco do Marco Zero aceso, iluminado e com algumas alegorias, enquanto a imagem do Lollapalooza apresenta um palco maior, porém mais simples.

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Lollapalooza 2023

Um dos maiores festivais do país, o Lollapalooza Brasil deste ano foi tão polêmico quanto os demais, a começar pelo valor dos ingressos: o mais barato custou R$ 550, meia-entrada. Os mais caros, como o Lolla Pass para clientes Vivo, ultrapassaram os R$ 4 mil. Alguns cancelamentos de última hora, como o da vocalista Willow Smith e o do rapper Drake, também não pegaram bem com o público.

Além disso, a organização do festival foi acusada de contratar trabalhadores escravizados. Em uma fiscalização feita nesta semana pelo Ministério do Trabalho e Emprego em São Paulo, cinco trabalhadores que prestavam serviços para o festival de música Lollapalooza foram resgatados.

Segundo o ministério, os resgatados prestavam serviços de logística de bebidas para o festival e estavam em regime de informalidade, dormindo no chão ou sobre pallets (estrados) de bebidas, sem energia elétrica, colchão e sem receber equipamentos de proteção individual (EPIs). 

Eles foram contratados como carregadores pela empresa Yellow Stripe, uma terceirizada contratada pela Time For Fun, que organiza o Lollapalooza no Brasil, e receberiam R$ 130 por dia de trabalho, mas acabaram sendo vítimas de jornadas que chegavam a 12 horas por dia. 

Drake causou a fúria dos brasileiros no último domingo, dia 26, por cancelar a sua apresentação no Lollapalooza 2023 horas antes de subir ao palco. No primeiro momento, a organização do festival informou que o cantor canadense teve um problema, contudo, horas antes, ele foi visto rindo à beça em uma boate em Miami, nos Estados Unidos. Agora, de acordo com o jornal Metrópoles, o motivo de sua desistência é muito mais complexa, pois o rapper não estaria animado com o público brasileiro.

Segundo fontes do veículo, Drake acredita que a galera sul-americana é apenas uma pequena parcela de seus rendimentos, sendo assim, se apresentar no Brasil não rende muito dinheiro a ele - em comparação com os shows que faz na Europa e nos Estados Unidos. Contudo, vale lembrar que o cachê do cantor foi o maior do Lollapalooza: quatro milhões de dólares, cerca de 21 milhões de reais.

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Além disso, o artista estaria cansado da pressão dos fãs brasileiros. Ele acredita que o público cria muita expectativa em torno de sua apresentações, esperando pirotecnias, enquanto nas performances em solos norte-americanos ele sobe ao palco sozinho e sem efeitos especiais.

E não parou por aí! Outro motivo que teria feito Drake não querer vir para o Brasil foi a falta de ânimo dos fãs. Ao que parece, ele ficou traumatizado com a reação desanimada dos fãs no Rock in Rio e ainda criticou as pessoas que cantam suas letras com o inglês errado.

Na web, os internautas não perdoaram a atitude do cantor e soltaram o verbo:

"Acho ele podre, não tem um respeito pelos fãs… não só os brasileiros, mas todos! Chegar no dia do evento e fazer isso? Que isso… nunca gostei."

"Todo mundo sabe que ele não gosta do Brasil, não sei por que inventam de chamar ele ainda."

O cancelamento do show de Drake no Lollapalooza Brasil deu bastante o que falar. Em um comunicado, o rapper alegou que a saída da programação no festival foi por conta de "circunstâncias imprevistas". Para substituir o artista, a organização do evento brasileiro acelerou.

No lugar de Drake, Skrillex foi convocado para agitar o público no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, na noite deste domingo (26). Sucesso no pop internacional, Skrillex já trabalhou com grandes astros da música como Kendrick Lamar, Kanye West, Justin Bieber, Ed Sheeran, Diplo e The Weeknd. Em 2011, o americano conquistou três Grammy Awards.

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Notícia triste para os fãs do cantor Drake. O cantor informou na manhã deste domingo (26), mesmo dia de sua apresentação, que não irá realizar o seu show no Lollapalooza. As informações são do Metrópoles.

O veículo não informou o motivo, mas há indícios de que sua passagem pelo Brasil seria novamente marcada por polêmicas. Vale pontuar que o cantor também cancelou o after party do Lolla, que aconteceria no Hangar do Campo de Marte, em São Paulo.

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Ainda, de acordo com o site, Drake possuía o maior cachê do festival. Eita, o que será que rolou?

O Lollapalooza ainda não se pronunciou sobre a decisão do cantor.

Ludmilla se apresentou no Lollapalooza neste sábado (25). Durante o show, ela brincou e pediu ao público: "faz o L". A cantora escolheu um look vermelho e branco para a apresentação, assim como suas dançarinas.

O pedido pelo gesto repercutiu nas redes sociais com duas interpretações, pois apesar do "L" ser a primeira letra do seu nome, a frase "faz o L" ganhou o país ao ser usada por apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

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Ludmilla, antes de entrar no palco, usou o Instagram para falar sobre o horário do show, na tarde deste sábado, e se mostrou apreensiva ao perguntar: "será que vai ter alguém no Lolla esta hora?". A funkeira, contudo, atraiu uma multidão com seu show.

A edição de 2023 do festival Lollapalooza começou na última sexta (24), no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (SP) e vai até o próximo domingo (27). Este ano, o evento promete grandes momentos com shows nacionais e internacionais de artistas como Lil Nas X, Twenty One Pilots, Tame Impala, Drake e Rosalía, entre outros.

Aqueles que não puderam ir conferir as atrações in loco podem curtir algumas apresentações em casa mesmo. Confira essa lista com cinco diferentes canais pelos quais você pode conferir os detalhes do festival. 

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Multishow

Transmissão para assinantes de TV a cabo e pelo Globoplay para não assinantes logados.

Canal Bis

Transmissão para assinantes de TV a cabo. 

Globoplay

Pelo aplicativo no computador ou smartphone.

G1

O portal faz uma cobertura do festival com transmissões das primeiras músicas dos shows nos palcos principais e das apresentações completas dos outros dois palcos. 

TV Globo

Compilados com os melhores momentos de cada dia no início das madrugadas. 

 

Maisa Silva mexeu com o imaginário dos seguidores. No Instagram, a atriz e apresentadora encantou os fãs ao postar fotos do lado de Billie Eilish. De acordo com a jovem, o encontro com a cantora estadunidense poderá ser visto em um conteúdo exclusivo para a internet.

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"Primos, minha entrevista com a Billie vai sair em breve aqui no meu perfil", escreveu Maisa. Billie Eilish é uma das atrações do primeiro dia de Lollapalooza. Nesta sexta-feira (24), a artista subirá ao palco do evento por volta das 21h15, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. O festival segue até o domingo (26), com shows de Lil Nas X, Ludmilla, Gilsons, Melanie Martinez, Pitty, Tove Lo, Drake e Rosalía.

O dia finalmente chegou! Depois de muito tempo de espera, Billie Eilish finalmente está em solo brasileiro. A cantora veio ao país do futebol e do samba para curtir um pouco o calor brasileiro e cantar muito no Lollapalooza. A dona do hit vai se apresentar na próxima sexta-feira, dia 24, e os fãs já estão super animados.

E a novidade sobre sua chegada não veio de qualquer portal ou paparazzi. Isso porque Billie usou os Stories para mostrar sua chegada no Brasil. O clique escolhido foi uma foto da paisagem repleta de prédios e construções.

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Junto do clique, Billie ainda colocou uma série de emojis comemorativos, a localização de São Paulo, e uma legenda que animou todos os seus seguidores. Além de comemorar sua chegada, a cantora ainda deixou bem claro que está muito feliz de finalmente estar no Brasil.

"Brasil, estou finalmente aqui! Foi um longo tempo!"

Alguns fãs já tiveram a sorte de encontrar a famosa pelas ruas de São Paulo e aproveitaram para registrar o momento. Além de tirarem fotos com Billie, ainda a presentaram com uma bandeira do Brasil.

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com artistas e publicou nas redes sociais, nessa terça-feira (29), um vídeo do grupo ao seu lado cantando "olê, olá, Lula" e fazendo a letra "L" com as mãos. Entre os presentes, estavam os cantores Ludmilla, Gaby Amarantos, Zeca Pagodinho e Martinho da Vila.

O encontro ocorreu poucos dias após o festival Lollapalooza, em São Paulo, ter os palcos tomados por uma onda de manifestações pró-Lula. O partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL, chegou a pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que proibisse o tom político nos shows, baseado na Lei Eleitoral, mas desistiu da ação.

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Fazendo referência ao Lollapalooza, o petista escreveu: "Com esse time já dá pra fazer um festival! Só falta o nome. Ideias?". O tom irônico da pergunta se deve ao modo como seus apoiadores passaram a chamar o evento nas redes: "Lulapalooza".

Com a proximidade do início da campanha, artistas já começaram a declarar apoio a seus pré-candidatos. Alcione, por exemplo, gravou um vídeo elogiando Ciro Gomes (PDT). O conteúdo foi compartilhado pela página "Todos com Ciro". Já Bolsonaro tem a preferência declarada de diversos sertanejos, como Gusttavo Lima e Teodoro e Sampaio.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou com seus apoiadores, nesta terça-feira (29), sobre o movimento feito por artistas e influenciadores brasileiros para que jovens de 16 a 18 anos tirem o título de eleitor. O movimento iniciou após a cantora Anitta fazer publicações em suas redes sociais explicando como tirar o documento pela internet.

"Essa campanha aí dos 16 anos para votar, você vê a garotada dizendo que vai votar em mim. Agora, não mostra a cara dizendo que vai votar no cara [Lula]", afirmou, no cercadinho do Palácio da Alvorada.

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Durante o Festival LollaPalooza, que aconteceu neste fim de semana, vários artistas incentivaram os jovens a votar contra o presidente. A ação fez parte da resposta da classe artística ao pedido do PL, partido do presidente, que entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para impedir as críticas a Bolsonaro durante as apresentações musicais.

A oposição viu a ação como censura e cantores como Marina Senna, Djonga, Lulu Santos, Emicida, Rael, Criolo, Mano Brown e Ice Blue fizeram manifestações de cunho político durante seus shows após a proibição. A banda Planet Hemp, que já foi presa por censura, fez um show incentivando os jovens a tirarem o título de eleitor. O cantor Marcelo D2 chegou a elogiar o ex-presidente Lula (PT) durante a apresentação.

Datafolha

O ex-presidente Lula é preferência na maioria dos jovens entre 16 e 24 anos, de acordo com a última pesquisa divulgada pelo Datafolha. No recorte por idade, Lula vence em todas as faixas etárias, mas tem maior vantagem entre os mais jovens (51%). A menor taxa é entre quem tem mais de 60 anos (39%).

O presidente Bolsonaro, por sua vez, tem 22% da preferência na faixa etária de 16 e 24 anos. O grupo que mais o apoia é o de quem tem mais de 45 anos (29%). Já Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro (Podemos) empatam na faixa mais jovem com 6%, e têm dois pontos percentuais de diferença em todas as outras, o que os mantêm em empate técnico pela margem de erro.

A tentativa de barrar a manifestação de artistas contra o Governo Bolsonaro no palco do Lollapalooza surtiu o efeito contrário. A análise de uma empresa de monitoramento das redes sociais apontou que o festival ganhou mais alcance após a ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), principalmente críticas à decisão apontada como censura. A informação é do jornal O Globo.

O estudo da empresa Arquimedes mostrou que a determinação do ministro do TSE, Raul Araújo - que acatou o pedido do PL de Jair Bolsonaro e fixou uma multa de R$ 50 mil para quem se manifestasse politicamente durante os shows - não foi bem recebida nas plataformas digitais, e nem no festival em São Paulo, já que os artistas passaram a criticar o Governo com mais intensidade.

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A empresa percebeu que 31,4% das publicações no Twitter sobre o Lollapalooza passaram a citar a decisão polemica do TSE. Dessa parcela, 84% condenou a proibição. Por outro lado, os 16% restantes, compostos por perfis bolsonaristas, comemoraram o ato de censura.

Um dos sócios da Arquimedes, Pedro Bruzzi, avaliou a repercussão relacionada ao TSE. A ordem foi suspensa após o PL retirar a denúncia contra o festival.

"A ação do Partido Liberal acabou por fomentar ainda mais os protestos contra o presidente nos shows e também trouxe mais atenção das redes. Para piorar, ainda houve o erro do CNPJ e do e-mail, o que inviabilizou a execução judicial. Bolsonaristas tentaram deslegitimar as manifestações, contudo se saíram mal e, sem a habitual coordenação, foram minoria ", pontuou ao jornal O Globo.

O PL retirou a ação contra o festival de música Lollapalooza no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A desistência já foi protocolada na Corte e atende a um pedido direto do presidente Jair Bolsonaro.

"O Partido Liberal - 22, já qualificado nos autos vem, respeitosamente, requerer a desistência da ação com consequente arquivamento do feito", diz a peça protocolada nesta segunda-feira (28) no TSE.

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Aliados dizem que Bolsonaro não foi consultado sobre a medida jurídica e, contrariado com a reação negativa nas redes sociais e até dentro do TSE, pediu ao partido que voltasse atrás.

O PL foi ao TSE após a cantora Pabllo Vittar exibir uma bandeira do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua apresentação no festival de música no último sábado. De acordo com o partido, o ato configura campanha eleitoral antecipada e, por isso, foi ilegal. No domingo, o ministro Raul Araújo, da Corte Eleitoral, acolheu o pedido do partido e proibiu o que chamou de propaganda política antecipada.

A liminar repercutiu mal dentro do TSE, como mostrou a reportagem, e também no meio político. Autoridades viram restrição descabida à liberdade de expressão e criticaram Araújo pela decisão monocrática.

A organizadora do Lollapalooza pediu reconsideração do despacho, que ainda precisaria ser referendado em plenário. O PT também acionou o TSE contra a medida.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve derrubar a decisão do ministro Raul Araújo, também membro da Corte, que proibiu manifestações políticas durante o festival Lollapalooza, encerrado no último domingo, 27. A percepção predominante entre os magistrados, segundo seus interlocutores, é de que a proibição pode manchar a credibilidade que a instituição tem se esforçado para alcançar junto ao eleitorado em um momento decisivo, na medida em que as eleições se aproximam.

Entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que atuam como efetivos no TSE, a avaliação foi unânime contra a decisão do colega de toga. Os magistrados passaram o final de semana tendo conversas sobre os rumos que a Corte deveria seguir para reverter o despacho de Araújo, que estaria isolado no posicionamento adotado contra os artistas do festival.

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Como mostrou o Estadão, os ministros viram cerceamento injustificado à liberdade de expressão na decisão. A percepção é de que a instituição, que vem sendo alvo de ataques recorrentes do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus apoiadores, agora estaria exposta a críticas de outros grupos por causa de uma questão jurídica delicada. Especialistas ouvidos pelo jornal avaliaram que a jurisprudência do tribunal apontaria para um sentido contrário do que decidiu o ministro.

Nesta terça-feira, 28, o presidente do TSE, Edson Fachin, manifestou que pretende levar o caso ao plenário da Corte em caráter de urgência. Para que o despacho seja revisto pelos demais ministros é necessário, porém, que Araújo libere o processo para julgamento, o que ainda não tem data para acontecer. A organizadora do Lollapalooza no Brasil, a Time 4 Fun (T4F), já recorreu da decisão - outra exigência para que os demais ministros possam julgar este tipo de ação.

No mês passado, ainda durante a presidência de Luís Roberto Barroso no TSE, Araújo foi designado ministro da propaganda eleitoral ao lado de Maria Cláudia Bucchianeri e Carlos Velloso Filho, todos substitutos na Corte. A função dos três é julgar reclamações ou representações que indiquem irregularidades nas campanhas de candidatos à Presidência.

O ministro decidiu com base em um pedido do partido de Bolsonaro - o PL - contra manifestações das artistas Pablo Vittar e a inglesa Marina. A cantora brasileira desfilou com uma bandeira com o rosto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o seu show no sábado, 26. Já a artista do Reino Unido disse aos seus fãs estar "cansada dessa energia" e convocou xingamentos contra Bolsonaro. Araújo determinou multa de R$ 50 mil para cada artista que descumprisse a decisão. No último dia do festival, porém, diversos grupos e cantores se manifestaram contra o que decidiu o TSE.

"A manifestação política em mais de um show, uma em absoluto desabono ao pré-candidato Jair Bolsonaro e outra em escancarada propaganda antecipada em favor de 'Lula', configuram propaganda eleitoral irregular - negativa e antecipada - além de promoverem verdadeiro showmício, sendo indiferente se o evento foi custeado pelo candidato ou se o mesmo esteve presente no ato", escreveu Araújo.

O ministro, porém, rejeitou um pedido do PT para retirar outdoors com mensagens de apoio ao presidente espalhados por Rio de Janeiro, Bahia, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Na ocasião, o magistrado entendeu que não foram apresentadas evidências suficientes para que o caso fosse configurado como propaganda eleitoral antecipada.

Supremo é instado a agir

O Partido Democrático Trabalhista (PDT) apresentou uma reclamação em caráter de urgência ao Supremo contra a decisão do ministro Araújo. Na ação encaminhada à Corte nesta terça-feira, 28, a legenda acusa o TSE de ter praticado "censura prévia".

"O ponto nevrálgico de insurgência é a proibição genérica, antecipada e indistinta para que artistas se manifestem politicamente, a favor ou contra algum projeto de poder, num cenário pré-eleitoral marcado, naturalmente, pelo enfrentamento e pela polarização", escreveu o partido. "Esse balizamento judicial antecipado do debate público é geneticamente autoritário", completou

O PDT argumenta que o Supremo pode ser considerado omisso caso não julgue este caso, pois deixará "acesa a lamparina do autoritarismo, constrangendo toda a classe artística, bem como o exercício da opinião pública em geral". De acordo com os advogados do partido, a decisão do TSE restringe o direito de expressão dos artistas e gera um "profundo estado de insegurança quanto a apresentações vindouras".

O partido argumenta que a decisão do ministro representou "flagrante lesão" ao conceito de liberdade de expressão fixado pelo próprio Supremo. O PDT cita julgamento recente sobre showmícios em que os ministros declararam constitucional a apresentação de artistas com a finalidade específica de assegurar recursos para a campanha eleitoral, garantindo o direito de expressão da classe.

"O que se tutela é a prerrogativa de liberdade de expressão de toda a comunidade artística no contexto político-eleitoral, direito titularizado, pois, por qualquer cidadão ou organização", defendeu o PDT. "Em outras palavras: ainda que existente qualquer "suspeita" de propaganda eleitoral irregular por artistas engajados, a censura nunca será o remédio legítimo a ser encampado pelo Poder Judiciário", destacou em outro trecho.

Em publicação no Twitter, a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) escreveu, nesta segunda-feira (28), sobre a decisão do ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que acolheu, no sábado (26), pedido do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e expediu decisão liminar - ou seja, provisória - proibindo manifestações políticas no festival Lollapalooza, realizado no fim de semana em São Paulo.

"Tiro no pé! Decisão antidemocrática e autoritária contra expressão política de artistas em ano eleitoral e em um dos maiores festivais do mundo só reforçou o coro: #ForaBolsonaro! O povo não aguenta mais!", escreveu a deputada.

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Mesmo após a decisão do ministro do TSE, vários artistas se manifestaram contra Bolsonaro no festival que ocorreu no Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital - entre eles, Marcelo D2, do Planet Hemp.

A decisão do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Raul Araújo, que acolheu pedido do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e expediu decisão liminar - ou seja, provisória - proibindo manifestações políticas no festival Lollapalooza, realizado no fim de semana em São Paulo, gerou críticas de artistas, políticos e especialistas em Direito Eleitoral. O ministro considerou que a atitude de alguns artistas em suas apresentações, como Pabllo Vittar e Marina, "caracteriza propaganda político-eleitoral", em que se rejeita candidato e enaltece outro.

A Lei Nº 9.504/1997, que estabelece normas para as eleições, dispõe sobre propaganda eleitoral em seu artigo 36º. Segundo o texto, "a menção à pretensa candidatura" e a "exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos" não configuram propaganda eleitoral antecipada, desde que não envolvam pedido explícito de voto (Art. 36-a).

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A legislação também permite "a divulgação de posicionamento pessoal sobre questões políticas, inclusive nas redes sociais".

O PL, que protocolou a representação no TSE, argumenta que atos ocorridos durante o festival ferem a Lei Eleitoral porque se assemelham a um showmício. A cantora Pabllo Vittar segurou uma bandeira estampada com o rosto de Luiz Inácio Lula da Silva, provável candidato do PT à Presidência; a banda Fresno exibiu um telão com a mensagem "Fora Bolsonaro"; Marcelo D2 cantou "olê, olê, olá, Lula" no palco.

Na representação, o partido alega que "o ato induz a concluir que o beneficiário (Lula) seria o mais apto (nas eleições), posto que conta com o apoio de artista renomado e gritos de apoio do público".

Eis o que diz a Lei Eleitoral, no parágrafo sétimo do artigo 39: "É proibida a realização de showmício e de evento assemelhado para promoção de candidatos, bem como a apresentação, remunerada ou não, de artistas com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral".

Ao falar sobre Bolsonaro, a cantora Marina - antes conhecida como Marina and the Diamonds - disse estar "cansada dessa energia" e que o público, descrito por ela como a "nova geração", será responsável por "mudar as coisas". Já a brasileira Marina Sena estimulou o público a tirar o título de eleitor para votar em outubro porque, segundo ela, "não dá mais": "Bora votar. É o único jeito mínimo de a gente conseguir mudar alguma coisa", disse ela.

Apuração do Estadão mostrou que a decisão do ministro Raul Araújo causou desconforto entre outros integrantes da Corte. O entendimento de parte dos ministros foi que houve cerceamento injustificado à liberdade de expressão, embora não haja consenso sobre o assunto. O advogado Arthur Rollo, membro da Comissão Direito Eleitoral da OAB-SP, disse ao Estadão que precedentes julgados pelo TSE indicam que propaganda eleitoral só ocorre se houver pedido direto de voto e não voto.

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