PDT sonda retorno de Túlio Gadêlha ao partido, diz jornal
Possibilidade do parlamentar perder o mandato é principal preocupação da legenda no momento
O Partido Democrático Trabalhista (PDT), antiga sigla do deputado federal Túlio Gadêlha (Rede-PE), sinalizou interesse em ter o parlamentar de volta à própria bancada em 2024. Gadêlha foi eleito pela legenda em 2018 e permaneceu filiado até 2021, quando migrou para o Rede Sustentabilidade. No momento, a preocupação do PDT sobre o retorno do deputado seria a possibilidade de ele perder o mandato atual, de acordo com a Folha de São Paulo.
Túlio não foi o primeiro deputado a abandonar o PDT na legislatura da época. Em maio de 2021, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) ganhou na Justiça Eleitoral permissão para deixar o partido de Ciro Gomes sem perder o mandato, após alegar que recebeu tratamento desigual por um voto discordante sobre a reforma da Previdência. Gadêlha também deixou o partido por divergências, com destaque para o apoio pedetista à candidatura de João Campos (PSB) à Prefeitura do Recife em 2020.
Deputados federais não podem abandonar suas siglas sem apresentar justa causa à Justiça Eleitoral. Para permitir novos arranjos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza uma "janela partidária" em anos de eleição. Trata-se de um prazo de 30 dias para que parlamentares possam mudar de partido sem perder o mandato. Neste ano, a troca de legenda poderá acontecer de 7 de março a 5 de abril.
Ainda de acordo com a Folha, as conversas entre o deputado e o PDT ocorrem em meio a movimentações para as eleições municipais. Segundo interlocutores, Gadêlha cogita disputar a prefeitura, mas a federação PSOL-Rede deve lançar a deputada estadual Dani Portela (PSOL) ao pleito. A chegada de Túlio ao PDT pode colocá-lo de volta na disputa municipal, mesmo com a presença de Isabella de Roldão, vice de João Campos, que também é do partido.
No entanto, o PDT só tem chances de integrar a disputa na capital pernambucana caso mantenha a aliança com o PSB. No Ceará, Cid Gomes, irmão de Ciro Gomes, sonda deixar o PDT para se filiar ao PSB, o que provocaria um “racha” na equação e provavelmente respingaria na relação entre os partidos em Pernambuco.