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Na tarde desta quinta-feira (13), o Santa Cruz em suas redes sociais, anunciou a volta do lateral direito Toty. O jogador deve assinar com o mais querido até o fim do Campeonato Pernambucano de 2024, por empréstimo junto ao Brusque. 

O atleta de 32 anos, passou pelo Tricolor em 2020, quando fez 41 partidas e marcou 5 gols. Toty chega a pedido do treinador Itamar Schülle e deve ser um dos jogadores experientes que formará a espinha dorsal do Santa Cruz para a próxima temporada. 

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O Supremo Tribunal Federal (STF) já tem data para retomar o julgamento dos réus do ataque aos Três Poderes de 8 de Janeiro. A pedido do relator Alexandre de Moraes, a presidente da corte, Rosa Weber, definiu a inclusão da ação contra o réu Moacir José dos Santos no plenário virtual da Corte, a ser votada online entre os dias 26 de setembro e 2 de outubro.

Como mostrado pelo Estadão, o plenário virtual é visto como uma alternativa promissora para não dar palanque aos advogados dos réus que nos primeiros julgamentos roubaram a cena, com hostilidades à Corte. Na modalidade online, as sustentações orais são gravadas e enviadas em arquivo de áudio.

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A ação que busca determinar a participação de Moacir Santos nos atos antidemocráticos estava prevista para ser analisada ainda na semana passada, junto com os julgamentos de outros três réus, que foram condenados em punição inédita por golpe de Estado na última quinta-feira (19). No entanto, não foi chamada a julgamento.

O processo, então, será em sessão virtual e os advogados e procuradores devem apresentar suas sustentações orais até o fim do dia na próxima segunda-feira (25).

Santos responde pelos mesmos cinco crimes que levaram à condenação dos outros três réus desta primeira leva: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.

Aécio Pereira e Matheus Lima foram condenados à pena máxima de 17 anos de prisão, e Thiago Mathar recebeu a sanção de 14 anos, pois, de acordo com o voto do relator, Alexandre de Moraes, "ele não postou e não ficou incentivando que outros adentrassem". Os três ainda foram condenados a pagar 100 dias-multa, cada um no valor de 1/3 do salário mínimo, e uma indenização de danos morais coletivos no valor de R$ 30 milhões, que deve ser quitada de forma solidária entre todos os que forem condenados nos processos.

O 4º réu dos atos antidemocráticos

Entre o final de setembro e o início de outubro, o STF vai julgar Moacir José dos Santos, um homem de 52 anos, da cidade de Cascavel (PR). Ele foi preso em flagrante, durante invasão do Palácio do Planalto, e, de acordo com a Procuradoria Geral da República (PGR), deixou material genético no local, o que comprovaria sua presença nos atos. Entre os quatro réus da primeira leva de julgamentos, Santos é o único que responde em liberdade

O líder norte-coreano Kim Jong-un está voltando para casa neste domingo, 17, vindo da Rússia, encerrando uma viagem de seis dias que gerou preocupações globais sobre acordos de transferência de armas entre dois países que possuem impasses com o Ocidente.

O trem blindado de Kim partiu ao som da canção da marcha patriótica russa "Despedida da Eslava" no final de uma cerimônia em uma estação ferroviária em Artyom, uma cidade no extremo leste da Rússia, a cerca de 200 quilômetros da fronteira com a Coreia do Norte, segundo a agência de notícias estatal russa RIA.

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Altos funcionários, incluindo o ministro de Recursos Naturais da Rússia, Alexander Kozlov, e o governador regional de Primorye, Oleg Kozhemyako, estiveram presentes na cerimônia, que contou com uma banda militar russa tocando hinos nacionais norte-coreanos e russos.

Desde que entrou na Rússia na terça-feira passada, na sua primeira viagem ao exterior em mais de quatro anos, Kim encontrou-se com o presidente Vladimir Putin e visitou locais militares e tecnológicos importantes, destacando o aprofundamento da cooperação de defesa dos países frente aos confrontos cada vez mais intensos com o Ocidente.

Autoridades dos EUA e da Coreia do Sul disseram que a Coreia do Norte poderia fornecer munições extremamente necessárias para a guerra de Moscou contra a Ucrânia em troca de sofisticada tecnologia de armas russas que promoveria as ambições nucleares de Kim. Fonte: Associated Press

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso autorizou, na quinta-feira (14), o retorno de Luanna Rezende (União Brasil), irmã do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), ao cargo de prefeita de Vitorino Freire (MA).

Luanna havia sido afastada por decisão do próprio Barroso, em 1º de setembro, no âmbito da Operação Benesse da Polícia Federal, que investiga fraudes em licitação, lavagem de dinheiro e desvio de emendas parlamentares.

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A investigação foi baseada em uma série de reportagens do Estadão, que revelou o uso do orçamento secreto por Juscelino Filho para asfaltar uma estrada que corta as fazendas da família dele em Vitorino Freire.

"A medida de afastamento cautelar da função pública cumpriu o seu propósito e não mais se justifica à luz do princípio da proporcionalidade. Autorizado o retorno da investigada ao exercício do mandato no executivo municipal", escreveu Barroso, em decisão obtida pelo jornal O Estado de S. Paulo. O caso tramita sob sigilo.

Barroso destacou que após o afastamento de Luanna, a Prefeitura de Vitorino Freire exonerou uma servidora investigada e suspendeu a execução de pagamentos a empresas envolvidas no esquema, como a Construservice, a Pentágono Comércio e Engenharia, a Arco Construções e Incorporações e a Topázio Comércio e Serviços.

Juscelino Filho também é investigado pela Polícia Federal, mas Barroso protegeu o ministro de Lula e o poupou de mandados de busca e apreensão. Foi o único pedido negado pelo magistrado.

O Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça que Anna Carolina Jatobá, condenada a 26 anos pela morte da enteada Isabella Nardoni, volte a cumprir a pena em reclusão. Conforme a Promotoria, Anna tem "comportamento impulsivo e agressividade", não demonstrando "arrependimento pelo que fez".

Mesmo condenada, a madrasta sempre negou o crime. Conforme a denúncia, Isabella, de 5 anos, foi jogada de uma janela do Edifício London, em São Paulo. Anna está em liberdade desde o dia 20 de junho, após passar 15 anos na Penitenciária Feminina de Tremembé, no interior de São Paulo.

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Atualmente mora em um apartamento da família do sogro, na capital, mas é obrigada a cumprir as exigências do regime, como se recolher em seu endereço à noite e informar qualquer alteração relevante em sua rotina. Ela já estava no semiaberto, com direito a saídas temporárias, desde 2017.

No recurso, o representante do Ministério Público invoca a necessidade de "toda prudência" para colocar uma pessoa "periculosa" de volta ao convívio social. O texto cita que "tratando-se de delito grave, no caso, demonstrada maior periculosidade da executada (condenada), além da ausência de arrependimento e de comportamento impulsivo e agressivo, reclama-se maior rigor judicial no critério a ser considerado como subjetivo para o mérito à promoção prisional".

O governo Talibã do Afeganistão celebra nesta terça-feira (15) o segundo aniversário de seu retorno ao poder com um desfile militar na cidade em que o movimento extremista foi criado, Kandahar.

"A conquista de Cabul demonstrou mais uma vez que ninguém pode controlar a orgulhosa nação do Afeganistão e garantir sua permanência no país", afirma um comunicado divulgado pelo regime Talibã.

"Não se permitirá que nenhum invasor ameace a independência e a liberdade do Afeganistão", acrescenta a nota.

Bandeiras do Emirado Islâmico de Afeganistão, o nome atribuído oficialmente ao país por seus novos governantes, foram hasteadas nos postos de controle da capital Cabul, que caiu em 15 de agosto de 2021, quando o governo apoiado pelos Estados Unidos entrou em colapso e seus líderes fugiram para o exílio.

Desde então, as autoridades talibãs adotaram uma interpretação rigorosa do islã, em particular no que diz respeito às mulheres, uma situação que a ONU denominou de "apartheid de gênero".

O desfile previsto para Kandahar, de onde o líder talibã Hibatullah Akhundzada comanda o país, terá a participação de muitos veículos militares e armas deixadas para trás pelas tropas internacionais em sua retirada caótica.

Também está programado um desfile de tropas talibãs nas ruas de Herat (oeste), além de um evento de celebração organizado pelo Ministério da Educação em uma escola de Cabul.

Dois anos após a tomada de poder, nenhum país reconheceu o governo Talibã, com debates abertos na comunidade internacional sobre um eventual estabelecimento de relações com as novas autoridades.

As restrições aos direitos das mulheres - praticamente banidas dos espaços públicos, do mercado de trabalho e da educação - são um grande obstáculo nas negociações sobre o reconhecimento e a ajuda internacional para um país imerso em uma grave crise humanitária e econômica.

Um painel de especialistas da ONU questionou na segunda-feira as promessas dos líderes talibãs de que o país teria um governo mais flexível que em sua primeira etapa no poder, entre 1996 e 2001.

"Os fatos demonstram a existência de um sistema acelerado, sistemático, que envolve segregação, marginalização e perseguição", afirmaram os especialistas em um comunicado.

- "Recuperar a liberdade" -

Antes do aniversário de dois anos de retorno do Talibã, afegãs expressaram o medo e desespero com a perda de direitos, com pequenas manifestações em que muitas mulheres compareceram com os rostos cobertos.

Os afegãos também estão preocupados com a crise econômica e humanitária que afeta o país desde o retorno do Talibã ao poder, uma consequência da redução das ajudas e das sanções impostas ao regime.

O agricultor Rahatullah Azizi declarou à AFP que costumava ganhar a vida apenas com suas plantações, mas que agora tem "apenas o suficiente para comer".

Ele reconhece, com alívio, que a segurança melhorou e que atualmente consegue viajar à noite sem medo.

Mesmo assim, persistem a ameaça do grupo Estado Islâmico, rival do Talibã que permanece ativo no país, e as tensões com o Paquistão com o aumento dos ataques nas áreas de fronteira.

Enquanto alguns afegãos celebram o fim de duas décadas de conflito e o retorno do Talibã ao poder, outros consideram a data um aniversário nefasto.

"Todas as meninas em mulheres do Afeganistão querem recuperar a liberdade", disse Hamasah Bawar, uma jovem afastada dos estudos devido às políticas do governo.

O Sport oficializou, nesta terça-feira (25), o retorno do atacante Diego Souza. O jogador, que volta para sua terceira passagem no clube pernambucano, já realizou os exames médicos e assinou contrato até o fim de 2023.

No anúncio feito pelo Sport, o Leão trouxe um vídeo com algumas declarações de amor do atleta para o clube e declarações de torcedores para o atleta. 

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Diego, no entanto, não deve estrear de imediato. Ele não entra em campo desde março deste ano, quando jogou pelo Grêmio contra o Ypiranga, pelo Campeonato Gaúcho. Por conta disso sua estreia vai depender do seu condicionamento físico.

No geral, Diego Souza defendeu o Sport em 173 jogos, com 57 gols e 38 assistências. Das vezes em que balançou as redes, 37 delas foram na disputa da Série A do Brasileirão, onde se tornou o maior goleador da história do Clube na elite – na edição de 2016, inclusive, ele foi o artilheiro do torneio, algo inédito para o Leão e apenas a terceira vez de uma equipe nordestina no retrospecto do certame.

Nesta quinta-feira (20) a bicampeã olímpica Jaqueline compartilhou em suas redes sociais o seu retorno para as quadras, após dois anos afastada do vôlei. A jogadora é o novo reforço do Campinas, time paulista, criado recentemente.

Jaqueline vai disputar o Campeonato Paulista e a Superliga C, com a nova equipe. O time está determinado a chegar à primeira divisão rapidamente.

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A atleta foi revelada no Sport Club do Recife, com apenas 13 anos. Logo em seguida, ela se mudou para São Paulo, para se destacar ainda mais no vôlei, e com apenas 17 anos a pernambucana já foi convocada para a Seleção Brasileira.

Jaqueline carrega em sua bagagem muita experiência, foi duas vezes campeã olímpica, quatro vezes campeã Sul-Americana, quatro vezes campeã do Campeonato Paulista e ganhou duas vezes o Campeonato Carioca.

Vivo, TIM e Claro têm investido pesadamente na expansão da cobertura do 5G - e a estratégia tem dado o retorno esperado, segundo as companhias. As vendas de celulares compatíveis com a nova tecnologia são predominantes nos canais de vendas. E, uma vez que os clientes acessam o 5G, passam a utilizar novos serviços e ficam mais tempo navegando, o que leva a um maior consumo de dados.

O presidente da unidade de consumo e empresas da Claro, Paulo Cesar Teixeira, relata que, em média, os clientes da operadora conectados ao 5G consomem 2,5 vezes mais dados do que os usuários de 4G, o que estimula a migração para planos com mais franquia e, consequentemente, maior valor.

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"Esse cliente passa a fazer outras coisas que não fazia, como ver mais vídeos no YouTube ou séries inteiras no streaming, porque a transmissão tem mais qualidade. E com isso, ele passa mais tempo na internet, o que leva ao aumento do tráfego", diz.

A Claro detém 38,4% do total de clientes 5G no Brasil, ficando um pouco atrás da Vivo (39,2%) e à frente da TIM (22,4%), de acordo com levantamento da consultoria Teleco feito a partir de dados de maio da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Na avaliação de Teixeira, o 5G está gerando um retorno conforme o esperado pela companhia.

"Essa demanda maior por dados leva a uma receita maior. É uma dinâmica que está saudável. Estamos no caminho certo".

Na Claro, 80% dos celulares vendidos são 5G. Para estimular a massificação da nova tecnologia, a tele deixará de vender aparelhos 4G a partir deste trimestre. Além disso, a companhia está cobrando das fabricantes a oferta de celulares 5G abaixo de R$ 1 mil. Hoje, os dispositivos saem a partir de R$ 1.300 nas lojas da Claro, valor que ainda deixa de fora as pessoas de menor renda.

"A grande briga com os fabricantes é para chegarem aparelhos de baixo custo. E já temos compromisso de alguns deles para recebermos isso ainda neste ano", diz Teixeira. "Queremos democratizar a experiência, e para isso, precisamos ter o aparelho no preço correspondente."

Por sua vez, o diretor de receitas da TIM, Fábio Avellar, conta que a atração de clientes para o 5G está acima das expectativas do plano industrial. "Em termos de clientes, o número está acima das expectativas. Tivemos um crescimento nas migrações para planos de maior valor que foi bem importante e que pode ser um proxy para um crescimento de 'Arpu' (receita média por usuário). Nossa expectativa é ter 'Arpu' maior à medida em que a base for aderindo à rede 5G".

A TIM foi a operadora que mais instalou antenas 5G até aqui. Segundo a Anatel, há um total de 12.579 estações rádio base (Erbs) já licenciadas no país, sendo 5.681 da TIM (45,1%), 3.573 da Claro (28,4%) e 3.325 da Vivo (26,4%). Avellar explica que o objetivo é oferecer uma experiência diferenciada aos clientes, minimizando as zonas sem cobertura em cada nova cidade. A TIM é a única operadora presente com 5G em todos os bairros das cidades de São Paulo, Rio, Brasília, Curitiba, Recife e Salvador.

"Esse investimento está se pagando. Claro que não teve payback ainda, porque é um investimento de longo prazo, mas está totalmente dentro do esperado", relata Avellar.

Na TIM, 85% dos aparelhos vendidos já são 5G, e os preços partem de R$ 1.149. Não há intenção de suspender a oferta de celulares 4G, porque ainda há demanda por parte do público que não quer gastar muito, explica Avellar. Para este semestre, a companhia pretende remodelar seus planos e anunciar novidades, agregando parcerias para oferta de novos serviços, como na área de saúde.

O vice-presidente de negócios da Vivo, Alex Salgado, diz que a operadora também está satisfeita com os resultados obtidos até aqui com os investimentos no 5G. "Sim, está dentro do nosso planejamento. A rentabilização está avançando como esperado, com viés de longo prazo".

Adesão

 

A Vivo já oferece 5G em 109 cidades. Nesse quesito, está à frente da Claro, com 99, e da TIM, com 70. Em geral, os clientes da Vivo que aderiram à nova tecnologia têm ampliado o consumo de dados na ordem de 20%. "Os conteúdos, em geral, têm mais velocidade e melhor tempo de resposta. O vídeo roda com mais qualidade. E o usuário gosta e consome mais", afirma.

Salgado observa que há casos de usuários optando por conectar o computador pessoal à internet 5G do seu celular, porque a velocidade de navegação já supera a da banda larga.

Cerca de 22% da base de clientes pós-pagos da Vivo já têm aparelhos 5G. Nas lojas da tele, 85% das vendas de celulares já são da nova geração de internet, e os preços partem de R$ 1.400. A expectativa é que os preços caiam com a chegada de novos modelos de aparelhos. Além disso, o recuo da cotação do dólar também deve ajudar.

Em relação aos planos de internet, a Vivo seguirá a estratégia de oferecer parcerias com aplicativos de streaming e outros serviços variados, como finanças e saúde. Há também expectativa de chegada de novas funcionalidades, tal qual ocorreu com o 4G, que abriu caminho para o banco digital, mapas de trânsito, streaming de música e vídeo, entre outros.

"As tecnologias sempre chegam antes das aplicações. foi assim no 3G e no 4G. A massificação das aplicações que temos hoje veio só alguns anos depois que a tecnologia estava difundida. Estamos seguros que essas novidades vão surgir nos próximos anos", conclui Salgado.

Depois de três anos sem casos, o Estado de São Paulo já registrou duas mortes por febre amarela desde janeiro. São quatro casos confirmados e, em dois, os pacientes se recuperaram, segundo a Secretaria de Saúde do Estado. Em todo o Brasil, foram cinco casos e três mortes por febre amarela até agora. Os registros deste ano já superam todas as notificações de 2022, quando houve quatro casos e dois óbitos.

A doença é transmitida pela picada de mosquitos. Grave e muitas vezes letal, a febre amarela pode ser prevenida pela vacinação. A pasta estadual recomendou que todos municípios intensifiquem a vacinação para evitar o avanço da doença. Segundo a secretaria, as duas vítimas não haviam sido imunizadas. O Estado não registrava casos desde o início de 2020, quando um caso, com provável infecção em Santa Catarina, foi confirmado.

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O surto ocorre na região de São Carlos, no centro-leste do Estado, e atinge quatro municípios paulistas, dois deles na divisa com Minas. O óbito mais recente aconteceu em 30 de abril e vitimou um homem de 44 anos, morador de São João da Boa Vista. O caso só foi confirmado na última sexta-feira, 26, após exames. Embora residente na Vila Valentin, na área urbana, ele esteve na zona rural antes de apresentar sintomas.

A prefeitura informou ter feito mutirões para vacinar toda a zona rural. Além disso, o Departamento de Saúde de São João da Boa Vista realiza há uma semana a nebulização contra os mosquitos transmissores da febre amarela em bairros periféricos da área urbana. A cidade não tinha casos de havia sete anos.

Outro óbito foi registrado em São Sebastião da Grama, em fevereiro, mas só foi confirmado na semana passada. Na quinta-feira, 25, a prefeitura usou sua página no Facebook para comunicar a ocorrência. "A Gerência de Saúde alerta toda população que houve um óbito causado por febre amarela. A única maneira de prevenção é com a vacina", postou, pedindo aos não vacinados para se dirigirem ao Centro de Saúde.

A vítima era moradora de Monte Santo de Minas, na divisa com São Paulo, mas foi internada e morreu na cidade paulista. Em fevereiro, outro paciente pegou a doença em São Sebastião da Grama, mas se recuperou. Ele era morador de Mococa, cidade vizinha.

Em 29 de março, depois de encontrar um macaco-prego morto com o vírus da doença na zona rural, a prefeitura de Mococa realizou mutirão de vacinação em 31 propriedades rurais, entre sítios e fazendas.

O primeiro caso paulista de febre amarela deste ano aconteceu em janeiro, em Vargem Grande do Sul, na divisa com Minas. O paciente, de 73 anos, foi internado em estado grave, mas se recuperou. A prefeitura mobilizou equipes e vacinou 113 moradores da zona rural, vizinhos da vítima. No lado mineiro, a Secretaria de Saúde registrou a morte, em março, de um trabalhador rural de 41 anos, morador de Monte Santo de Minas. O paciente havia se deslocado para o interior de São Paulo antes de apresentar os sintomas.

Vacina pode ser tomada gratuitamente

A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo informou que, desde o primeiro caso confirmado em janeiro, a pasta, junto com os municípios, reforçou a vacinação nas regiões, realizando investigação epidemiológica e ambiental dos locais prováveis de infecção, além da investigação da presença dos insetos e coleta de material biológico de material de macacos para exames. Todos os municípios do Estado foram alertados para detectar precocemente casos suspeitos.

A vacina contra a febre amarela faz parte do calendário de imunização e as doses estão disponíveis, gratuitamente, em todos os postos de saúde do Estado. A 1ª dose deve ser aplicada aos 9 meses de idade e a segunda aos 4 anos. A partir dos 5 anos, para aqueles que não estão com a vacina em dia, é recomendada dose única.

Ainda segundo a pasta, a cobertura vacinal foi de 82% no Estado nos três primeiros meses deste ano. Em 2022, o índice ficou em 64,4%. Para quem mora no interior, a imunização é imprescindível, diz a secretaria. "A vacina da febre amarela tem um período de 10 dias para criar anticorpos. Desta forma, para quem frequenta zona de mata, acampamentos, trilhas e cachoeiras é de suma importância a imunização o quanto antes", disse, em nota.

No Estado de São Paulo, desde que a doença reemergiu em 2016 e avançou pelo interior, todo o Estado é considerado área de risco, com recomendação de vacina. Naquele ano, foram 648 casos e 230 óbitos.

Conforme o Ministério da Saúde, a vacinação contra a febre amarela está indicada para todo território nacional no calendário de rotina dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). O público-alvo do imunizante é todo cidadão residente no Brasil ou estrangeiro em visita, com idades entre 9 meses e 59 anos. A indicação é de ao menos uma dose de vacina após os cinco anos de idade - crianças que receberam a dose aos 9 meses devem receber um reforço aos 4 anos de idade.

A cobertura vacinal este ano no País está em 48,7%, ante 60,6% no ano anterior. Ainda segundo o ministério, o Programa de Vigilância da Febre Amarela Silvestre atua com diferentes áreas para impedir a transmissão urbana e detectar oportunamente a circulação viral para orientar as medidas de controle. Desde 2019, houve 31 óbitos no País pela doença.

Tire suas dúvidas

1. Como é transmitida? Pela picada de mosquitos portadores do vírus de febre amarela. Em regiões de campo e floresta, o principal mosquito transmissor é o Haemagogus. O vírus também pode ser transmitido pelo Aedes aegypti, na forma urbana da doença. Casos de transmissão urbana, no entanto, não são registrados no País desde 1942.

2. A febre amarela é transmitida de pessoa para pessoa?

Não.

3. Qual é o papel dos macacos na transmissão?

Primatas podem se contaminar com o vírus, exercendo também o papel de hospedeiros. Se picados, os animais transmitem o vírus para o mosquito, aumentando, assim, as chances de propagação da doença.

4. Quais sintomas provocados pela febre amarela?

A febre amarela é classificada como doença infecciosa grave. Provoca calafrios, dor de cabeça, dores nas costas e no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Os primeiros sintomas aparecem entre 3 a 6 dias depois da infecção.

5. Qual é a evolução da doença?

Para maior parte dos pacientes, os sintomas perdem a intensidade a partir do 3º ou 4º dia da infecção. Em alguns casos, porém, a doença entra em sua fase considerada tóxica.

6. O que ocorre nos casos graves?

Cerca de 10% dos pacientes desenvolvem a forma grave da doença. Ela geralmente ocorre após um período breve de melhora dos primeiros sintomas. A febre reaparece, há hemorragias, insuficiência hepática, insuficiência renal. Um dos sintomas é a coloração amarelada da pele e do branco dos olhos. Também não é incomum pacientes apresentarem vômito com sangue, sintoma da hemorragia. Cerca de 50% dos pacientes que desenvolvem a forma grave morrem num período entre 10 e 14 dias.

7. Qual é o tratamento? Não há tratamento específico.

A medida mais eficaz é a vacinação, para evitar a contaminação da doença.

8. Posso me vacinar a qualquer hora?

Sim, a imunização é oferecida na rede pública de saúde e pode ser procurada a qualquer momento do ano.

9. Quais são as reações possíveis à vacina?

Os efeitos colaterais graves são raros. Mas 5% da população pode desenvolver sintomas como febre, dor de cabeça e dor muscular de 5 a 10 dias. É infrequente a ocorrência de reações no local da aplicação.

10. A vacina deve ser tomada por toda a população?

A vacina é contraindicada para crianças menores de seis meses, pessoas imunossuprimidas e com reação alérgica a ovo. Idosos acima dos 60 anos, gestantes, pessoas portadoras do vírus HIV ou com doenças hematológicas devem consultar um médico antes de se vacinar.

11. Já sou vacinado. Preciso repetir a dose?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, estudos mostram que uma só aplicação é capaz de dar imunidade por toda a vida. O Brasil era o único país a adotar ainda o esquema vacinal em duas doses. Em caso de dose fracionada, uma nova vacina deve ser tomada após nove anos.

12. Quem tomou a vacina em dose integral há mais de dez anos deve tomar de novo?

Desde 2017, o Ministério da Saúde adota a resolução da OMS: apenas uma dose é suficiente para proteger durante a vida toda. Sobre a possibilidade de contaminação mesmo tendo tomado a vacina, o Ministério da Saúde diz que "algumas pessoas podem não desenvolver anticorpos suficientes para proteger contra a doença, essa é uma situação rara, mas pode acontecer, por isso destacamos que a imunidade é entre 95% a 99%, ou seja, essa variação de 5% significa que não vai proteger entre 1% a 5% da população mesmo sendo vacinada." Apesar da polêmica em torno do número de doses, do ponto de vista burocrático e internacional, os viajantes precisam ter tomado apenas uma dose integral na vida para obter o certificado.

13. Quando o viajante deve tomar a vacina contra a febre amarela?

A vacina é essencial para quem viaja a áreas endêmicas dentro do País. Segundo o Ministério da Saúde, hoje são: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. Algumas delas, porém, apresentam mais riscos do que outras. E também para alguns países que exigem o certificado internacional de vacinação - Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) - como forma de se protegerem da disseminação da doença.

A decisão do Tribunal Federal Regional da 4ª Região que afastou o juiz Eduardo Appio da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba colocou a condução da Lava Jato, temporariamente, nas mãos da juíza Gabriela Hardt, que já atuou Operação. A magistrada é substituta do ‘juízo da Lava Jato’ e já despachou ao lado dos dois antecessores de Appio: Luiz Antônio Bonat, alçado a desembargador da Corte Regional; e Sérgio Moro, ex-ministro da Justiça e atual senador.

A magistrada inclusive já proferiu o primeiro despacho na Lava Jato após reassumir a Operação. Na manhã desta terça-feira, 23, determinou que o Ministério Público Federal se manifeste no bojo do processo em que Appio instou a Polícia Federal a apurar a escuta ilegal encontrada na cela do doleiro Alberto Youssef à época em que ele esteve preso na carceragem da corporação em Curitiba.

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Se, desde fevereiro, os processos remanescentes da Lava Jato eram conduzidos por um juiz declaradamente crítico aos métodos da antiga força-tarefa, agora as ações passam para uma magistrada que proferiu despachos no auge da Operação e mantém bom relacionamento com Moro, desde o tempo em que ele era titular da 13ª Vara.

Gabriela chegou a sentenciar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenando o petista 12 anos e onze meses de prisão no processo do sítio de Atibaia. Posteriormente, a condenação foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal, ao reconhecer a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro para analisar processos envolvendo o presidente.

Em uma decisão recente, ligada ao ex-juiz da Lava Jato, Gabriela mandou prender núcleo do PCC que planejava o sequestro de Moro. A juíza acolheu pedido da Polícia Federal e autorizou a Operação Sequaz - deflagrada no dia 22 de março pela Polícia Federal.

À época, Gabriela Hardt estava cobrindo férias da juíza Sandra Regina Soares, titular da 9ª Vara Federal de Curitiba. O fato de a Operação ter sido deflagrada por ordem de Gabriela chegou a ser mencionado inclusive pelo presidente Lula, que teve a juíza como um de seus algozes na Lava Jato.

Os processos da Lava Jato, no entanto, podem ficar pouco tempo nas mãos de Gabriela e eventualmente serem analisados por outro magistrado. Isso porque Hardt atualmente participa de um concurso de remoção: seu objetivo primeiro é atuar em outros juízos, fora de Curitiba. O concurso ainda está em trâmite, ou seja, também não há definição sobre a futura atuação da magistrada.

A investigação do TRF-4 sobre Appio não tem data para terminar. Ao determinar o afastamento cautelar do magistrado, o TRF-4 deu 15 dias para que ele apresente defesa prévia sobre as suspeitas que recaem sobre ele - de suposta ligação com 'ameaça' narrada pelo advogado João Malucelli, filho do desembargador Marcelo Malucelli, do TRF-4.

A brasileira Fernanda Santos de Oliveira, de 44 anos, que estava desaparecida desde o último dia 6, em Paris, na França, foi encontrada pela polícia francesa, na manhã desta segunda-feira, 22. Ela foi vista entrando em seu apartamento e os vizinhos acionaram a polícia. De acordo com sua irmã, Maria Aparecida Santos Oliveira, que mora no Brasil, Fernanda estava debilitada e foi levada para um hospital francês, onde foi medicada e ficou em observação.

Segundo a irmã, que falou com Fernanda quando ela dava entrada no hospital, a brasileira passaria por exames, já que estava desidratada e com a saúde fragilizada por ter ficado vários dias sem se alimentar. "Falamos rapidamente porque ela estava indo para o atendimento e não foi possível saber exatamente o que aconteceu. O mais importante é que ela está bem. Já avisei o filho dela e os netinhos também estão sabendo. Agora, é esperar o que será decidido sobre o futuro dela", disse.

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Fernanda saiu do apartamento, no dia 6, levando apenas o passaporte, uma bolsa de mão e um patinete elétrico. Quando deixou de fazer contato, a irmã pediu ajuda ao governo brasileiro e o Consulado-Geral do Brasil em Paris mobilizou as autoridades locais.

A polícia francesa esteve no apartamento e verificou que Fernanda não tinha levado outros documentos, nem o telefone celular. Os policiais também foram ao restaurante onde ela trabalhava e receberam a informação de que ela estava faltando ao trabalho.

Grupos de apoio a imigrantes se mobilizaram nas buscas pela brasileira. O grupo Amis du Brésil (Amigos do Brasil) usou as redes sociais na tentativa de localizar Fernanda. Nesta segunda, a página do grupo no Facebook informava que a brasileira tinha sido encontrada "sã e salva".

A Associação Mulheres na Resistência, de Paris, presidida por uma brasileira, realizou mutirões de busca e distribuiu cartazes com foto da brasileira em pontos estratégicos da capital francesa. Houve também buscas em hospitais e institutos de medicina legal.

De acordo com Nelma Barreto, coordenadora da associação, as buscas começaram no dia 11 de maio, depois que a irmã da brasileira entrou em contato com a entidade.

Segundo ela, as causas do desaparecimento podem estar relacionadas à situação irregular da brasileira no país. A polícia francesa deve apurar se Fernanda teria sofrido assédio sexual ou outro tipo de ameaça que, devido à situação de clandestinidade, ela não viu formas de denunciar à polícia.

No último dia 17, a polícia francesa informou em comunicado que a brasileira foi vista nos dias 8 e 9 de maio na cidade de Melun, no departamento de Sena e Marne, a 40 km de Paris. Foram organizadas buscas na cidade, sem sucesso. A polícia apurou que Fernanda havia sofrido um surto em seu local de trabalho alguns dias antes de sumir e chegou a ser atendida pelo serviço médico dos bombeiros.

Para a irmã, que mora em Botucatu, interior de São Paulo, o mais importante é que ela está viva. "Agora, com calma, vamos saber o que aconteceu e ajudá-la a resolver a situação. Graças a Deus, está viva e voltou sozinha para casa. Se ela quiser voltar ao Brasil, ficaremos todos felizes. Mas se for da vontade dela continuar na França, vamos ver se isso é possível e ajudar. Ela sempre estava disposta para o trabalho. Além do restaurante, fazia bicos em limpeza. É uma mulher forte, vai sair desta."

Fernanda deixou o Brasil em abril de 2022 com uma prima, com destino à França. As duas viajaram juntas pela Europa e a prima embarcou para os Estados Unidos. Sem visto para o país norte-americano, Fernanda decidiu permanecer na França.

Ela é técnica de enfermagem e tem curso de radiologia, mas só conseguiu emprego no restaurante, em Boulogne-Billancourt, no subúrbio de Paris. Antes de desaparecer, ela falava diariamente com a irmã de Botucatu, que estranhou quando os contatos cessaram e pediu ajuda.

A reportagem entrou em contato com o Itamaraty, que acompanha a situação da brasileira, e ainda aguarda retorno.

A mãe do bebê de dois anos de Santa Catarina que ficou desaparecido por mais de uma semana disse ter entregue a criança a um casal no estacionamento de um supermercado em São José, na região metropolitana de Florianópolis. "Espero que um dia ele me perdoe", disse a jovem, de 22 anos, em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo.

A criança foi encontrada na última semana no banco traseiro de um carro na região do Tatuapé, na zona leste de São Paulo, e deve voltar para a cidade da mãe nesta segunda-feira (15).

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A mãe do bebê, que preferiu não ser identificada em reportagem do Fantástico, afirmou que conheceu Marcelo Valezi em 2020, em um grupo de apoio a mães de uma rede social. "Ele contou a história dele, que ele era tentante junto com a mulher dele", disse ela, que já estava grávida na época. "Isso foi gerando uma confiança."

Segundo a jovem, o homem disse que se ela colocasse uma criança no mundo para sofrer, isso geraria efeitos negativos a ela. "Ele foi usando tudo que podia", disse. Ela se tornou mãe solo meses depois. O bebê nasceu em abril de 2021.

No ano passado, a mãe da criança retomou contato com Marcelo. De acordo com as investigações, ele não demonstrou interesse em ficar com a criança, mas indicou uma conhecida: Roberta Porfirio. "Disseram que poderiam, ali naquele momento, dar uma vida boa para ele, (dar) o que eu não poderia dar", disse a jovem.

Marcelo passou a combinar um encontro dela com Roberta no dia 30 de abril. Inicialmente, a entrega seria na praça de alimentação de um shopping em São José, mas a mulher se atrasou. A esposa de Marcelo então fez um Pix no valor de R$ 100 para ajudar no transporte da jovem para outro local e na compra de um lanche. A mãe do bebê diz que foi o único dinheiro que recebeu.

O encontro inicial ocorreu na rua. Um carro, com as mesmas características do que foi abordado dias depois no Tatuapé, buscou mãe e filho. Nele, estariam Roberta e o marido, segundo a reportagem. Era a primeira vez que a mãe da criança encontrava com o casal. Em seguida, ela diz que o carro parou no estacionamento de um supermercado. Lá, foi convencida a tomar a decisão de entregar a criança.

"Eu teria que tomar uma decisão ali mesmo. Então, por pressão, e por manipulação, que eu já estava ali naquele local, no carro deles, acabei cedendo", disse. "Tive um surto e resolvi entregar a criança a eles, mas sem pensar que poderia ser uma quadrilha de tráfico ou algo do tipo."

Para não voltar para casa, ela pediu para passar noite em hotel. Roberta, então, pagou a diária em dinheiro. No feriado de 1º de maio, a jovem voltou para casa, enquanto Roberta e o marido ainda passaram com a criança em uma praia de Balneário Camboriú.

"Foi ali naquele momento que comecei o arrependimento e a cair a minha ficha do que eu realmente tinha feito", disse ela, que sofre de ansiedade e depressão.

A jovem enfrentou problemas de saúde e foi socorrida na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital, onde chegou a ficar em coma.

"Hoje estou fazendo tratamento e passando pela psicóloga, (espero) dar mais amor e carinho do que eu já dava", disse a mãe do bebê. "Espero que um dia ele me perdoe e veja isso tudo como um momento que eu passei, de problema."

As duas brasileiras que ficaram presas durante 38 dias em Frankfurt, na Alemanha, depois de terem as malas trocadas no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), já estão em Goiânia, onde moram a personal trainer Kátyna Baía, de 44 anos, e a veterinária Jeanne Paolini, de 40, desembarcaram por volta das 9h30 desta sexta-feira, 14, em uma área reservada do Aeroporto Internacional Santa Genoveva e foram direto para casa.

Durante uma escala em São Paulo, elas falaram sobre a prisão em um vídeo gravado da delegacia da Polícia Federal. "Nós fomos presas de forma muito injusta, mal recebidas, maltratadas pela polícia alemã, injustiçadas, pagando já por 38 dias por um crime que não nos pertence", disse Kátyna.

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Jeanne agradeceu o esforço feito para libertá-las: "Nós gostaríamos de fazer um agradecimento aqui a todos os envolvidos, que trabalharam juntos para mandar todas as provas pra polícia alemã, ao governo alemão. Nós sabemos que o envio desses vídeos foi fundamental para a nossa liberdade. Sem eles, provavelmente, nós iríamos pagar por um crime que nós não cometemos."

Elas deixaram o presídio feminino de Frankfurt na terça-feira, 11, depois que o Ministério da Justiça do Brasil encaminhou as provas que inocentaram as duas brasileiras, que tiveram as etiquetas de identificação das malas colocadas em duas malas com 40 quilos de cocaína no dia 4 de março. Se condenadas pelo crime de tráfico de drogas, elas poderiam pegar cerca de 15 anos de prisão, comentou Kátyna.

Segundo Lorena Baía, irmã de Kátyna, o casal pretende entrar com ação de reparação de dano, mas não informou se contra a empresa aérea ou contra o terminal de Guarulhos. "A prioridade era soltar as meninas. Os advogados, agora, estão avaliando toda a situação para ingressar com a ação indenizatória", afirmou ao Estadão.

Relembre o caso

A polícia alemã apreendeu no início de março duas malas com 20kg de cocaína cada, etiquetadas com os nomes da veterinária Jeanne, de 40 anos, e da personal trainer Kátyna, de 44, e elas foram presas.

A base para a liberação foram as imagens que mostram as bagagens sendo trocadas durante uma escala no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Segundo a Polícia Federal, um dia antes do embarque das duas brasileiras, outra goiana teve a etiqueta da mala trocada por bagagem com drogas ao viajar para Paris, na França, mas não foi presa.

Vídeos obtidos pelo Fantástico, da TV Globo, mostram como dois funcionários do aeroporto identificam as duas malas de Kátyna e Jeanne, uma rosa e uma preta, separam e, discretamente, retiram a etiqueta delas em uma área de segurança e de acesso restrito que é monitorada por várias câmeras.

Em outro vídeo, duas mulheres chegam ao aeroporto com duas malas de cores diferentes por volta das 20h30. Seriam as malas que continham os 40 quilos de cocaína, segundo a polícia. As duas vão a um guichê de companhia aérea após um sinal da única funcionária no local, deixam as malas e saem em seguida do aeroporto, sem embarcar para qualquer destino. As duas malas são levadas para o mesmo veículo onde estão as malas de Kátyna e Jeanne e a troca é feita.

A Operação Iraúna da PF já prendeu sete pessoas por envolvimento no caso.

Drama na prisão

Lorena contou no começo da semana o drama vivido pelas goianas na Alemanha. "Elas foram detidas no aeroporto separadamente, algemadas pelos pés e mãos, escoltadas por vários policiais e a única palavra que entendiam era cocaína", disse a irmã de Kátyna. Segundo Lorena, elas tentaram argumentar que aquelas não eram suas malas, pois tinham cores e pesos diferentes, mas os policiais só repetiam a palavra "cocaína".

As duas, contou a irmã, tiveram as mãos raspadas para coleta de DNA, sem que tivessem dado autorização para isso. A bagagem de mão foi retida e elas ficaram sem os medicamentos e agasalhos. As duas foram levadas para celas separadas. Nesse local, que era frio e tinha as paredes escritas com fezes, elas ficaram três dias, nos quais lhes foram oferecidos apenas pão e água.

Depois, elas foram transferidas para o presídio feminino de Frankfurt, onde permaneceram separadas e, segundo Lorena, convivendo com mulheres condenadas por diversos crimes em celas frias e desconfortáveis.

A Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste da capital paulista, voltou às suas atividades nesta segunda-feira (10) após duas semanas fechada, desde que um estudante de 13 anos assassinou uma professora e deixou outras quatro pessoas feridas. Os portões, que foram abertos às 7 horas, receberam alunos de três turmas, seus responsáveis e funcionários para um dia de atividades voltadas para a saúde mental e pedagógica.

O clima era de tristeza de silêncio, mas alguns pais, como Maria da Ajuda Livramento, cozinheira e mãe de um dos alunos que presenciou o crime, demonstraram acreditar na importância da volta à rotina escolar para superar o acontecimento traumático. "A gente vai torcer para que não aconteçam mais esses crimes em escolas, para que tenhamos mais paz e mais amor", disse Maria. "Vim para dar um abraço nas professoras e nos alunos."

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O filho de Maria, um garoto de 13 anos, era colega de turma do menino que cometeu os crimes e havia ajudado a apartar uma briga envolvendo-o uma semana antes do atentado. Ele machucou a perna no dia 27 de março ao tentar fugir da escola, mas não foi atingido. "Eu já estava tensa naquele dia e fiquei sabendo do ocorrido pela TV. Foi um susto", conta a mãe.

Paula de Brito, farmacêutica e mãe de um aluno de 11 anos, afirma que o acompanhamento psicológico é essencial para todos. "Meu filho não presenciou o crime, apenas escutou os gritos e a correria, então, ficou assustado, mas não tanto quanto os que presenciaram. Mesmo assim, nessas duas semanas a gente conversou bastante e ele tem feito acompanhamento psicológico", disse.

Um aluna do oitavo ano, de 13 anos, disse que é "chocante" retornar ao local. Ela conta que não estava na escola no dia do crime, mas chegou a passar mal quando soube do ocorrido e precisou ir até um hospital. "Para mim, está sendo muito ruim (voltar para a escola), porque sei que eu vou entrar na sala e não vou ver mais a professora Beth", disse.

'Medo de tudo'

Duas das professoras que sobreviveram ao ataque, Ana Célia da Rosa e Rita de Cássia Reis, também estavam no local e relataram a emoção e a dificuldade em voltar para as salas de aula. "Ainda não penso em voltar. Preciso ainda de tratamento, preciso de um tempo em casa, absorver bem o que aconteceu, entender que foi um caso isolado e que os alunos não são assim, porque você fica com medo de tudo", disse Rita.

"É emocionante, meu coração está disparado. Se eu falar que não está, estou mentindo. A nossa turminha é uma turminha bem equilibrada, são alunos que dá gosto de trabalhar", disse Ana Célia.

Apoio psicológico e na segurança

As secretarias estaduais de Educação, Saúde, Justiça e Cidadania e Segurança Pública do Estado, com apoio da prefeitura e da ONG Instituto Superação, criaram uma série de ações para que as voltas às aulas na E. E. Thomazia Montoro sejam seguras e acolhedoras. Durante pelo menos um mês, a unidade escolar contará com reforço da Ronda Escolar e apoio do Gabinete Integrado de Segurança e do Programa Escola Mais Segura.

Nesta segunda, o cronograma é totalmente voltado para atividades de apoio aos cerca de 90 alunos da três turmas selecionadas e seus responsáveis. Já na terça-feira, 11, as aulas voltarão para todas as turmas atendidas pela escola, mesclando com atividades.

"Eles terão o apoio das equipes multiprofissionais de saúde e das atividades pedagógicas que serão desdobradas em oficinas de arte e grafitagem para repaginação da escola com todos os estudantes", disse a dirigente de ensino da Diretoria Centro Oeste, Jane Rúbia Adami da Silva. Serão feitas rodas de conversas, oficinas de consciência corporal, jogos colaborativos, entre outras atividades.

Revitalização

Antes da reabertura, a escola passou por uma reforma. Ao todo, foram investidos R$ 200 mil em manutenção, pintura e pequenos reparos por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE Paulista).

A revitalização contou com um projeto arquitetônico que levou mais cores às dependências da escola e serão feitas ainda intervenções artísticas na fachada. Os estudantes devem participar da grafitagem, que será liderada pelo artista plástico Pagu, com a ação #EscolaÉParaBrilhar.

"No refeitório também teremos a revitalização do espaço pelas mãos do artista plástico, Carlos Matuck. Outro apoio solidário foi o recebimento de mais de 300 cartas em apoio aos alunos, professores e funcionários", informou a Secretaria de Educação do Estado.

Relembre o caso

O ataque com faca provocado por um adolescente de 13 anos dentro da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, na zona oeste da capital paulista, no dia 27 de março, deixou uma professora morta e três educadoras e um aluno feridos. Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, que ensinava Ciência, morreu na sala de aula após ser golpeada pelas costas. Um segundo aluno precisou de atendimento por ficar em estado de choque.

O agressor do 8º ano do ensino fundamental foi apreendido e levado para uma delegacia. Segundo informações apuradas pelo Estadão na escola, o alvo principal do autor do ataque era um estudante com quem teria brigado na semana passada, mas esse colega não estava no local no dia do crime.

Imagens de câmera de segurança instalada em sala de aula mostraram o momento em que o adolescente foi imobilizado e desarmado por duas professoras: Cinthia da Silva Barbosa, professora de Educação Física, aplicou um golpe chamado mata-leão e Sandra Pereira tirou a faca das mãos do aluno, enquanto uma terceira era atacada.

O adolescente já havia sido denunciado à Polícia Civil em fevereiro deste ano por "apresentar comportamento suspeito nas redes sociais" e postar "vídeos comprometedores" nos quais aparece "portando arma de fogo" e "simulando ataques violentos".

Um boletim de ocorrência foi registrado no dia 28 de fevereiro na delegacia eletrônica narrando a denúncia. O documento ao qual o Estadão teve acesso ainda diz que o adolescente "encaminhou mensagens e fotos de armas aos demais alunos por WhatsApp" e "alguns pais estão se sentindo acuados e amedrontados com tais mensagens e fotos".

O boletim ainda descreve que os responsáveis pelo adolescente foram "convocados e orientados pela Direção da Unidade Escolar", localizada em Taboão da Serra, "para que as providências cabíveis fossem tomadas".

Após participar do BBB 23, Cara de Sapato já sabe quando vai voltar a lutar profissionalmente. Em entrevista para o Combate, o lutador garantiu que pretende voltar ao octógono ainda em 2023 e tem o Youtuber Jake Paul como adversário preferido para este retorno.

"Acho que seria ótimo enfrentar o Jake Paul. Ele ainda não fez nenhuma luta de MMA e eu como campeão de 2021 seria excelente. Não sei se ele está à disposição, mas seria espetacular. Adoraria lutar com ele", disse Cara de Sapato.

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Apesar de já ter um adversário definido, vai levar algum tempo para que Cara de Sapato volte a lutar. Durante sua participação no BBB, o lutador falou algumas vezes que precisava se recuperar de uma cirurgia muito séria no joelho antes de retornar ao ritmo de combate. Por conta disso, o brasileiro sabe que a volta vai levar alguns bons meses.

"A cirurgia foi bem agressiva. Eu lesionei o menisco, ligamentos, então eu preciso me dedicar bastante para chegar a 100%. Eu não quero fazer nada meia boca. Lutar a temporada regular não é uma opção. A recuperação está triste. Eu já tinha passado por uma cirurgia no joelho, então já não vinha conseguindo treinar forte. Agora está sendo muito bom. Suar de novo, sentir a energia da galera está sendo massa para me preparar para mesmo lutar o quanto antes. Estou morrendo de saudade de lutar", disse Cara de Sapato.

"Ainda não tem nada certo. Eu falei com meu empresário e ele já disse que eu vou estar apto a lutar mais ou menos no final do ano. De repente em um dos dois últimos eventos ali do PFL, que ainda não sei quando é exatamente. Agora é só ver questão de acordo da luta que tá na mão do empresário", explicou o lutador.

BBB 23

Cara de Sapato foi expulso da atual edição do BBB23 no dia 16 de março, na quinta-feira, antes da prova do líder daquela semana. Além dele, MC Guimê também foi eliminado, ambos foram acusados de assédio e importunação sexual pelas investidas na mexicana Dania Mendez, participante da La Casa de Los Famosos convidada para fazer intercâmbio com o programa brasileiro. Key Alves foi a escolhida do BBB23 para conhecer a versão mexicana do reality show.

Na festa do líder de MC Guimê, no dia anterior à expulsão, Cara de Sapato tentou, algumas vezes, beijar Dania Mendez. Nas redes sociais, usuários apontaram que a modelo não estava à vontade quando o lutador a beijou e tentou se desvencilhar. Após a saída de MC Guimê e Cara de Sapato, ambos foram intimados a prestar depoimento na Delegacia da Mulher de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. O cantor prestou depoimento em 20 de março, enquanto o atleta depôs no dia 22.

Após ficar fora do grupo durante todo o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Brasil voltou a integrar a União de Nações Sul-Americanas (Unasul). O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, publicou um decreto em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), na quinta-feira (6) estabelecendo o retorno do País ao fórum multilateral a partir de 6 de maio.

O grupo foi criado em 2008, no segundo governo do atual presidente. Em 2010, o grupo chegou a contar com todos os 12 países do continente, mas foi desidratado ao longo da última década após a saída de partidos de esquerda do comando de diversas nações na região.

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Além do retorno do Brasil sob Lula, a Argentina do peronista Alberto Fernandez também já anunciou que irá voltar a integrar a Unasul.

Atualmente, o bloco conta apenas com Bolívia, Guiana, Suriname e Venezuela. O Peru se encontra suspenso desde a última crise política do país.

Em nota, o Palácio do Planalto destacou que o objetivo da Unasul é "fomentar a integração entre os países sul-americanos, em um modelo que busca integrar as duas uniões aduaneiras do continente, o Mercosul (Mercado Comum do Sul) e a CAN (Comunidade Andina), mas indo além da esfera econômica, para atingir outras áreas de interesse, como social, cultural, científico-tecnológica e política".

O empresário Thiago Brennand, acusado dos crimes de ameaça, estupro, lesão corporal e cárcere privado em oito ações penais no Estado de São Paulo, divulgou um novo vídeo no Youtube na última terça-feira (4), no qual nega as acusações - "obviamente não estuprei ninguém" - e diz que irá voltar ao Brasil. Ele também fez um pedido de desculpas ao procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo, e às advogadas Gabriela Manssur e Dora Cavalcanti.

O advogado Eduardo Cesar Leite, que defende o empresário, afirma que ele "não está fazendo exigências" e voltará ao Brasil assim que forem finalizados os trâmites imigratórios.

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O vídeo foi divulgado na mesma semana em que Brennand fez um pedido à Justiça para que as ordens de prisão fossem revogadas. "Vão me prender injustamente", lamentou no vídeo da terça.

Desde o começo de setembro do ano passado Brennand está em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes. Sua ida para o exterior motivou a expedição da sua primeira ordem prisional, assinada pela juíza Érika Mascarenhas, da 6ª Vara Criminal de São Paulo.

De acordo com o Tribunal de Justiça, atualmente, cinco ordens de prisão pairam sobre o empresário.

"Tenho desculpas a pedir, ao próprio procurador Mário Sarrubo. Ele sendo autoridade, eu deveria ter deixado a parte pessoal de lado. A Gabriela (Manssur) também", disse o acusado. Ele estendeu os pedidos de desculpa à advogada Dora Cavalcanti. "Tenho que pedir desculpas também aos advogados. Eu fiquei muito chateado com a Dora e a maneira como ela me tratava."

Em outubro do ano passado, já em Abu Dhabi, o empresário divulgou outro vídeo no YouTube dirigindo impropérios aos três. Na época, Brennand afirmou ser vítima de uma perseguição praticada por um conluio entre a ex-promotora de Justiça Gabriela Manssur - a quem se referiu como "uma maloqueira que usa Loubotin" -, a Rede Globo e o procurador-geral de Justiça Mário Sarrubbo.

"É um dos maiores vagabundos que já conheci na vida", afirmou Thiago Brennand sobre o chefe do Ministério Público paulista.

Nessa mesma ocasião, ele disse que estava preparando uma representação na OAB contra a advogada Dora Cavalcanti, por ela ter supostamente cobrado R$ 4 milhões para patrocinar seus processos.

No vídeo publicado esta semana, ele se justificou: "Fiquei chateado."

Perto do final do vídeo, Brennand traz a figura de Jair Bolsonaro (PL), a quem elogiou em outras oportunidades. "Encontrei com uma pessoa da família do ex-presidente e falei que estou extenuado. Minha vontade agora é voltar para o Brasil."

A família também foi um dos assuntos do vídeo. "Me dou super bem com o meu filho, me dou super bem com o meu pai. Sei que nossa relação está meio desgastada. Sempre aparece gente para pisar."

O caso do empresário ganhou repercussão depois que ele foi flagrado por câmeras de segurança agredindo a modelo Helena Gomes dentro de uma academia em São Paulo. Depois desse caso, outras mulheres decidiram denunciá-lo.

Stephanie Cohen, modelo e estudante, afirma que foi estuprada por Brennand. Uma outra mulher, que não revelou sua identidade, acusa o empresário de tatuar suas iniciais nela à força.

Além dos casos de violência de gênero, Brennand responde a duas ações criminais por causa de episódios que protagonizou dentro do condomínio em que residia, em Porto Feliz. Ele teria agredido um garçom do restaurante Fasano e o caseiro do empreendimento.

Há um outro processo por corrupção de menores, envolvendo supostos episódios com seu filho.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO DO EMPRESÁRIO THIAGO BRENNAND

A reportagem entrou em contato com o advogado Eduardo Cesar Leite, que representa o empresário no Thiago Brennand. Ele enviou a seguinte nota ao Estadão:

Nota de esclarecimento

Que fique claro que nosso cliente não está 'fazendo exigências', como noticiaram alguns veículos. Em verdade, ele está imbuído do propósito de respeitar e cumprir as determinações da Justiça, para responder com serenidade às acusações e demonstrar a sua inocência!

No tocante às prisões preventivas, se for entendido pela manutenção dos decretos preventivos, ainda que, ao nosso ver, desnecessários e injustos, isso não afetará o seu propósito de retornar ao Brasil e cumprir todo o rito legal.

A data exata do retorno está dependendo dos trâmites imigratórios.

O cenário político esperado esta quinta-feira (30) era o da polarização de narrativas. De um lado, retornou ao Brasil do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após uma temporada de três meses nos Estados Unidos; e do outro, a tentativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ofuscar o rival ao fazer a primeira aparição pública após diagnóstico de pneumonia. Levantamento da empresa Quaest mostra qual lado da polarização política alcançou melhor resultado.

De acordo com o levantamento, com a divulgação do arcabouço fiscal, o governo obteve 10 mil mais menções que a volta de Bolsonaro, que alcançou aproximadamente 483 mil citações. Os dados também mostram que a maior parte delas (44%) foram negativas, um total de 213 mil. O algoritmo de classificação da Quaest mostrou ainda que o ex-chefe do Executivo teve 40% das mensagens positivas.

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Além de ter alcançado um número menor de menções que o governo Lula, a chegada de Bolsonaro no País também atingiu um patamar menor do que outros episódios de grande repercussão envolvendo o ex-presidente. Segundo o levantamento, no dia 7 de setembro de 2022, ele mobilizou quase 680 mil menções, sendo 45% delas positivas. Na sua ida aos Estados Unidos, as citações chegaram a 520 mil, com 40% positivas. A pesquisa então conclui que Bolsonaro tem perdido protagonismo nas redes sociais ao mesmo tempo em que a comparação entre os eventos mostra um cenário de perda de volume de publicações sobre o ex-presidente.

O retorno de Bolsonaro

O ex-presidente retornou ao País com um discurso de líder da oposição, embora tenha contado com uma recepção aquém das expectativas no aeroporto de Brasília. Pouco tempo após desembarcar, ele criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao afirmar que os petistas "não vão fazer o que bem querem com o destino da nossa Nação".

Lula escalou o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), para comentar o retorno do ex-presidente. Segundo Padilha, a recepção montada por apoiadores de Bolsonaro "flopou", termo comumente utilizado nas redes sociais para se referir a eventos frustrantes ou que não atingiram as expectativas.

A outra - e principal - cartada do governo foi usar o mesmo dia de retorno do ex-presidente para apresentar a proposta do governo de nova âncora fiscal para substituir o teto de gastos, que desde 2017 atrela o crescimento das despesas à inflação. A expectativa dessa nova medida era aguarda com grande expectativa pelo mercado.

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), foi o porta-voz do governo Lula para comentar o retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao País após três meses morando nos Estados Unidos. Segundo Padilha, a recepção montada por apoiadores de Bolsonaro "flopou", termo comumente utilizado nas redes sociais para se referir a eventos frustrantes ou que não atingiram as expectativas.

Padilha ainda chamou Bolsonaro de "líder com pé de barro" que "fugiu do País". O ministro foi escalado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para comentar o retorno do principal adversário político do governo. As declarações foram feitas em coletiva de imprensa no Senado logo após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), apresentar a proposta do governo de nova âncora fiscal para substituir o teto de gastos.

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O chefe da articulação política de Lula disse que quaisquer tentativas de criar conflitos entre a situação e a oposição entorno do marco fiscal vão "flopar", assim como a recepção de Bolsonaro.

"Esse tema do marco fiscal não é um debate entre governo e oposição. Quem quiser tentar criar um ambiente de conflito que existia no País no governo anterior vai se dar mal, não vai ter sucesso, vai flopar, como flopou a recepção do aeroporto hoje do ex-presidente que voltou ao País depois de ter fugido do País. Flopou, flopou!

Ainda segundo o Padilha, Bolsonaro "fez uma semana inteira de mobilização do País", mas "flopou a recepção no aeroporto". O ministro repetiu o termo "flopar" diversas vezes na conversa com jornalistas.

Padilha ironizou o resultado da mobilização a favor de Bolsonaro ao comentar que havia especulações de que o ex-presidente pudesse desfilar em carro aberto. Como mostrou o Estadão, aproximadamente 600 apoiadores compareceram ao Aeroporto de Brasília para recepcionar Bolsonaro, que foi impedido pela Polícia Federal (PF) de sair pelo saguão de desembarque, onde os apoiadores o esperavam.

O ex-presidente foi o primeiro a deixar o voo comercial vindo de Orlando e foi retirado do aeroporto pela PF por uma saída especial, onde nem parlamentares de oposição ao governo Lula puderam acessar.

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