Operação contra Carlos vira propaganda de loja de lingerie

Sacola da marca Duloren, de lingeries, foi vista em vídeo da casa de Carlos Bolsonaro após operação da PF

por Vitória Silva qua, 31/01/2024 - 13:52
Reprodução/X Sacola da marca Duloren surge em vídeo da casa de Carlos Bolsonaro Reprodução/X

A marca brasileira de roupas íntimas Duloren usou ao próprio favor a repercussão da operação da Polícia Federal (PF) contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e elaborou uma nova campanha nas redes sociais. Uma sacola da loja apareceu em um vídeo gravado pelo parlamentar no qual ele mostra a casa “revirada” após a presença de agentes da PF, que teriam realizado o cumprimento de um mandado de busca e apreensão horas antes, em endereços ligados ao legislador, no Rio de Janeiro. 

A operação foi o assunto mais buscado no Google e também um dos com maior alcance no X (antigo Twitter) na última segunda-feira (29). Em uma publicação feita em formato de carrossel no Instagram, a Duloren mostra, na primeira imagem, uma sacola da loja, filmada por Carlos Bolsonaro no quarto de um dos imóveis visitados pela polícia. Na segunda foto do post, a empresa deixa um recado para a PF: “Sabemos que era isso que vocês procuravam”. A frase é acompanhada da imagem de outra sacola da marca, repleta de calcinhas de renda, carro-chefe de vendas na empresa. 

Nos comentários, a estratégia de marketing da marca foi elogiada pelo bom humor e por aproveitar bem a polêmica envolvendo o filho 02 de Jair Bolsonaro (PL). “Aí sim, publi de milhões, marketing é tudo, e com os Bolsonaros não tem erro", disse uma internauta. “Que sacada! Amei o bom humor e a ousadia”, escreveu outra. 

A operação 

O vereador Carlos Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) na manhã da última segunda-feira (29). Ele é suspeito de receber materiais obtidos com a espionagem ilegal feita pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo de Jair Bolsonaro. O mandado foi cumprido em endereços ligados ao filho do ex-presidente, como a Câmara dos Vereadores do Rio. Há suspeita de que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Jair Renan também tenham sido beneficiados com relatórios produzidos pela Abin. 

Confira a publicação da Duloren

 

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