Google cria tablet para ajudar médicos no combate ao ebola

Aparelho pode ser higienizado com cloro e é envolto em policarbonato

por Nathália Guimarães seg, 23/03/2015 - 10:33
Médecins Sans Frontières Resistência ao cloro permite que o aparelho seja higienizado ao entrar e sair de zonas de risco Médecins Sans Frontières

O Google criou um tablet com o sistema operacional Android para ajudar os médicos no combate contra o vírus ebola na África Ocidental. O aparelho pode ser higienizado com cloro e tem como objetivo transferir, de maneira mais eficiente, registros sobre pacientes infectados.

Antes, as informações sobre pacientes eram transferidas de maneira arcaica. Como as fichas médicas não podiam deixar as zonas de quarentena, devido ao alto risco de infecção, os médicos precisavam ditar os dados para profissionais que se encontravam foram das instalações.

A resistência ao cloro permite que o aparelho seja higienizado ao entrar e sair de zonas de risco. Além disso, o tablet é envolto em policarbonato, um polímero durável usado frequentemente por conta de suas propriedades de resistência a altas temperaturas e a impactos.

O tablet permite, ainda, que os médicos transfiram informações através de rede sem fio. A tecnologia pode até parecer básica, mas no meio de uma epidemia de ebola na África Ocidental, onde o acesso à internet e a outras infraestruturas é limitado, ela atua de forma inovadora.

O aparelho foi desenvolvido a pedido de Jay Achar, um dos integrantes da organização Médicos Sem Fronteiras. De acordo com o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), a epidemia do ebola já matou mais de 10 mil pessoas. 

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