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As autoridades de uma região do sul da Índia levantaram o alerta na quarta-feira (13) depois de confirmar o reaparecimento do vírus Nipah, que causou neste novo surto pelo menos duas mortes. Medidas estão sendo adotadas pelas autoridades para evitar a propagação da doença.

As autoridades fecharam algumas escolas em pelo menos sete aldeias no distrito de Kozhikode, no Estado de Kerala, que foram declaradas zonas de contenção, indicou a ministro da saúde do Estado, Veena George. Especialistas se espalharam para coletar amostras de fluidos de morcegos e árvores frutíferas na região onde o vírus Nipah é considerado bastante letal. Este é o quarto surto enfrentado pela região, desde 2018.

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"Estamos testando seres humanos e, ao mesmo tempo, especialistas estão coletando amostras de fluidos de áreas florestais que poderiam ser o foco da propagação", disse Veena.

Amostras de urina de morcego, excrementos de animais e frutas meio comidas foram coletadas em Maruthonkara, a aldeia onde viveu a primeira vítima, situada ao lado de uma floresta de 121 hectares que abriga várias espécies de morcegos.

Depois de convocar uma reunião de emergência na noite de quarta para analisar a situação, Veena garantiu que as autoridades estão aumentando a capacidade de resposta em Kozhikode, onde estão sendo instaladas unidades móveis para fortalecer a capacidade dos centros médicos e a realização dos estudos epidemiológicos.

Conforme o ministro-chefe de Kerala, Pinarayi Vijayan, o vírus foi detectado no distrito de Kozhikode. Nas últimas 48 horas, quase 800 pessoas foram testadas na área, com dois adultos e uma criança internados para observação após resultados positivos.

Os Estados vizinhos de Karnataka e Tamil Nadu encomendaram testes para visitantes de Kerala, com planos de isolar qualquer um com sintomas gripais.

Como é a transmissão

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), Nipah é vírus zoonótico. Os morcegos frugívoros, também conhecidos como 'raposas voadoras', são o hospedeiro natural do vírus, de acordo com a OMS. O vírus pode ser transmitido de animais para humanos - principalmente de morcegos ou porcos - ou por meio do contato entre humanos. Também pode ser transmitido pelo consumo de alimentos contaminados.

Os morcegos frugívoros, que se alimentam de frutas, da família Pteropodidae, costumam viver em tamareiras perto de mercados, e o vírus se espalhou de morcegos para humanos por meio de alimentos - como frutas e suco de tamareira - que foram contaminados por morcegos infectados.

Quando foi identificado

O vírus Nipah foi descoberto durante um surto entre criadores de porcos na Malásia em 1999. Acredita-se que os trabalhadores contraíram o vírus através de rebanhos infectados e suas secreções. Mais de 100 pessoas morreram e quase 300 foram infectadas.

Segundo dados da OMS, mais de 600 casos de infecções humanas pelo vírus Nipah foram relatados de 1998 a 2015.

Em 2018, a Índia enfrentou um surto que matou mais de 20 pessoas que contraíram o vírus Nipah. Em 2019, foram duas mortes. A ação rápida e o rastreamento generalizado de contatos impediram uma maior disseminação. Em 2021, fora registradas mais duas mortes pela doença.

Desde que foi detectado pela primeira vez, surtos também foram registrados em muitos países do sudeste asiático, incluindo Cingapura, Bangladesh e Índia. Em algumas partes da Ásia, novos casos do vírus Nipah foram registrados quase anualmente, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

Quais são os sintomas e tratamento

Não existe cura certa para o vírus Nipah e não existe uma vacina que possa ajudar a prevenir a infecção. De acordo com a OMS, o principal tratamento disponível são os cuidados de suporte - ou seja, controlar os sintomas e garantir que os infectados tenham o máximo de repouso e hidratação possível.

Os infectados apresentam inicialmente os seguintes sintomas:

Febre

Dificuldade respiratória

Dores de cabeça

Vômitos

Ainda segundo a OMS, em casos mais graves, podem ocorrer encefalite (inflamação no cérebro) e problemas respiratórios. Outros efeitos colaterais relatados incluem convulsões, que podem levar o paciente ao coma e alterações de personalidade.

Assim como acontece com o coronavírus, alguns que contraem o vírus permanecem assintomáticos.

O vírus Nipah é mais mortal do que o coronavírus?

A OMS estima que a taxa de mortalidade do vírus Nipah é alta - entre 40 e 75% - o que o torna muito mais mortal do que o da covid-19, que tem uma taxa de mortalidade entre 0,1% e 19%, dependendo do país.

No entanto, embora as chances de morrer do vírus Nipah uma vez infectado sejam altas, o Nipah é muito menos transmissível do que o coronavírus.

Cuidados preventivos

O contato físico próximo e desprotegido com pessoas infectadas pelo vírus Nipah deve ser evitado. As pessoas devem lavar as mãos regularmente após cuidar ou visitar pessoas doentes.

Entre as maneiras de prevenir infecções de animais para humanos estão: evitar alimentos contaminados por morcegos frugívoros, lavando e descascando as frutas que podem ser afetadas e evitar o contato desprotegido com morcegos ou porcos infectados.

Além disso, as pessoas que vivem em áreas onde ocorreram surtos devem lavar regularmente as mãos com água e sabão e evitar o contato com fluidos corporais ou sangue das pessoas infectadas.

O agente infeccioso está na lista da OMS de doenças e patógenos priorizados para pesquisa e desenvolvimento em contextos de emergência.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e as autoridades dos Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (18) que estão monitoram de perto uma nova variante do vírus da Covid-19, denominada BA.2.86, embora seu potencial impacto seja desconhecido no momento.

A OMS decidiu classificar a nova variante "na categoria de variantes sob vigilância devido ao grande número de mutações (mais de 30) do gene Spike que possui", afirmou a organização em seu boletim epidemiológico dedicado à pandemia de covid-19.

A proteína Spike é a que dá ao vírus sua aparência pontiaguda e possibilita que o SARS-CoV-2 consiga penetrar nas células hospedeiras.

Até o momento, a nova variante foi detectada nos Estados Unidos, em Israel e na Dinamarca.

Nos Estados Unidos, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) informaram que estão monitorando de perto a variante, em uma mensagem publicada na rede social X (ex-Twitter).

No momento, apenas quatro sequências da variante são conhecidas, sem conexões epidemiológicas associadas conhecidas, explicou a OMS.

"O impacto potencial das mutações BA.2.86 é desconhecido atualmente e está sendo avaliado minuciosamente", acrescentou a organização, que reiterou a importância de seguir com a vigilância, sequenciamento e notificação às autoridades competentes para permitir uma visão exata do conjunto da pandemia de covid-19.

A OMS está monitorando três variantes de interesse (XBB.1.5, XBB.1.16 e EG.5) e sete variantes estão sob vigilância (BA.2.75, BA.2.86, CH.1.1, XBB, XBB.1.9.1, XBB.1.9.2 e XBB.2.3).

Muitos países que estabeleceram dispositivos de vigilância específicos para a presença do vírus da covid-19 e suas variantes acabaram com os sistemas, por considerar que a ameaça diminuiu e que os gastos que representavam não eram justificados.

No início de maio, a OMS deixou de considerar a pandemia uma emergência de saúde mundial. Na semana passada, o diretor geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que "o vírus continua circulando em todos os países, continua matando e continua em mutação.

Um novo vírus no Windows ameaça o sistema financeiro da América Latina e pode ter sido criado no Brasil. Desenvolvido com códigos em português, o JanelaRAT é considerado extremamente complexo e vem roubando senhas de bancos desde junho.  

A empresa de cibersegurança Zscaler identificou que os códigos, metadados e outros elementos de programação do vírus estão em português. O vetor de disseminação ainda é desconhecido, mas as amostras em dados formato ZIP dão indícios de que ele começou a se propagar por phishing, através de e-mails.  

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O vírus possui semelhanças com o BX RAT, o trojan de acesso remoto que circula desde 2014. O JanelaRAT também usa scripts VBS e arquivos BAT para contaminar os sistemas. 

Seu maior risco é a capacidade de se esconder das ferramentas de segurança e só agir em momento oportuno. A cada cinco segundos, o víris verifica o tempo em que fez a última interação e interrompe suas atividades caso exceda 10 minutos. Assim, garante que suas ações apareçam em meio à utilização da máquina e que sua detecção fique mais difícil. 

Os especialistas em cibersegurança estão em alerta para o começo de uma nova cepa de malwares contra o sistema bancário, carteiras de criptomoeda e fintechs. Aos usuários, o único meio de se proteger é evitar clicar em links suspeitos e executar arquivos anexos de fontes desconhecidas. Outra prevenção é ativar e sempre atualizar os programas que ajudem a identicar ameaças. 

Há 40 anos, uma equipe do Instituto Pasteur, na França, descobriu o vírus causador da aids, o que marcou a primeira etapa do combate a uma epidemia que já deixou mais de 40 milhões de mortos.

O "isolamento" do novo vírus foi relatado em 20 de maio de 1983 em um artigo publicado na revista americana Science.

Os autores da descoberta - Françoise Barré-Sinoussi, Jean-Claude Chermann e Luc Montagnier - adotaram um tom cauteloso: o vírus "poderia estar envolvido em várias síndromes patológicas, incluindo a aids", escreveram os virologistas franceses.

A pesquisa sobre a aids estava apenas começando. A doença era nova e representava muitos mistérios.

- "Doença dos quatro H" -

Os primeiros alertas vieram dos Estados Unidos dois anos antes. No verão de 1981, doenças raras como pneumocistose e sarcoma de Kaposi foram relatadas entre jovens homossexuais americanos.

Os médicos se perguntavam por que as infecções "oportunistas" geralmente reservadas para pessoas em estado de saúde frágil apareciam em homens homossexuais jovens e saudáveis.

Especialistas americanos falavam de uma "epidemia entre homens homossexuais e usuários de drogas". A doença não tinha nome e estava se espalhando.

A população haitiana também foi afetada. O termo "doença dos três H" foi cunhado como referência a "homossexuais, usuários de heroína e haitianos".

Logo seria acrescentado um quarto "H": os hemofílicos, também afetados, o que mudou a referência para "doença dos quatro H".

O termo "aids" (síndrome da imunodeficiência adquirida) começou a ser utilizado em setembro de 1982.

- Hipótese do retrovírus -

A causa da aids permaneceu desconhecida. Alguns, como Roberto Gallo, um importante especialista americano em vírus causadores de câncer, procuravam por um "retrovírus".

Do outro lado do Atlântico, em Paris, o laboratório de oncologia viral dirigido por Luc Montagnier, do Instituto Pasteur, também iniciou a pesquisa.

No início de 1983, o infectologista parisiense Willy Rozenbaum coletou uma amostra de gânglios linfáticos de um paciente em estágio inicial de aids no Hospital Pitié-Salpêtrière.

Sua amostra chegou no dia 3 de janeiro às bancadas do laboratório do Instituto Pasteur. "Comecei a trabalhar", disse Montagnier, falecido em 2022, em seu livro "Sobre vírus e homens".

Com Françoise Barré-Sinoussi e Jean-Claude Chermann, ele detectou um novo retrovírus que foi batizado de LAV para Lymphadenopathy Associated Virus.

"Isolamos o vírus, mostramos que era um retrovírus, mas ainda não tínhamos certeza de que era a causa da aids", disse Barré-Sinoussi à AFP.

- "Ninguém acreditou" -

A publicação da descoberta em maio na revista Science foi recebida com ceticismo, principalmente por Gallo.

A equipe do Pasteur estava cada vez mais certa de que seu LAV era responsável pela aids. Montagnier apresentou dados nesse sentido em setembro de 1983 a alguns especialistas, incluindo Gallo.

"Durante um ano sabíamos que tínhamos o vírus certo (...) mas ninguém acreditou em nós e nossas publicações foram rejeitadas", lembrou Montaigner.

Na primavera de 1984, Gallo apresentou uma série de artigos anunciando a descoberta de um novo retrovírus, o HTLV-3, apresentado como uma "provável causa" da aids. Em 23 de abril, Margaret Heckler, secretária de Saúde dos Estados Unidos, oficializou o anúncio junto com Gallo.

Naquele mesmo dia, Gallo entrou com um pedido de patente nos Estados Unidos para um teste de aids com base em sua descoberta, que foi rapidamente concedido. Um pedido semelhante enviado anteriormente por Pasteur após a descoberta do LAV foi rejeitado.

No entanto, Gallo e Montaigner rapidamente concordaram que HTLV-3 e LAV eram provavelmente o mesmo organismo.

A prova disso apareceu em janeiro de 1985. O novo vírus foi finalmente batizado de HIV, vírus da imunodeficiência humana, em 1986.

A França e os Estados Unidos disputaram a paternidade da descoberta até 1987, data de um acordo bilateral segundo o qual Gallo e Montagnier foram chamados de "co-descobridores" do vírus da aids.

A disputa não era apenas uma questão de honra científica, mas sobretudo financeira, devido aos direitos autorais dos testes de detecção derivados das descobertas.

O verdadeiro epílogo viria em 2008, quando o Prêmio Nobel de Medicina foi concedido aos franceses Montagnier e Barré-Sinoussi "pela descoberta" do HIV.

O Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (20), confirma o predomínio de casos associados ao vírus sincicial respiratório (VSR) como principal causa de internações em crianças de até 2 anos de idade no Brasil, apesar de já ter sido identificada queda em algumas regiões.

 “Alguns estados já começam a dar indicativos de que esse avanço do (vírus) sincicial já está começando a perder fôlego”, destacou o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes. No Rio Grande do Sul, no Norte e no Nordeste, porém, o sinal ainda permanece de expansão. 

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A publicação se refere à semana epidemiológica 14, compreendendo o período de 2 a 8 de abril, e mostra que, em 16 dos 27 estados brasileiros, há sinal de crescimento do número semanal de novos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). “São internações associadas a infecções respiratórias.”

Covid-19

Entre os principais vírus que estão circulando atualmente no Brasil, Gomes destacou que, mesmo nos casos que estão tendo sinais de crescimento nas internações por infecções respiratórias, a covid-19 começa a dar indícios de redução no seu registro. Embora continue como principal causa de internação por problema respiratório na população adulta, o boletim percebe que a taxa de crescimento vem diminuindo.

O pesquisador chamou a atenção paras o fato de que, em contrapartida, os casos associados aos vírus influenza A e B continuam aumentando nas últimas semanas em diversos estados. “Isso faz com que a gente ainda mantenha o sinal de crescimento no número de novos casos em diversas faixas etárias, especialmente na população adulta, em vários estados do Brasil”.

A evolução dos casos associados ao vírus influenza A e B sinaliza a importância de a população se vacinar contra a gripe, manifestou. “Aproveita que a campanha de vacinação contra a gripe já iniciou, busque um posto de saúde, fique em dia com sua vacinação contra a gripe. Não esqueça de conferir se está em dia com a vacinação contra a covid-19 também porque isso tudo ajuda a diminuir, exatamente, essas internações”, recomendou.

Análise

A análise revela que nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência foi de 5,7% para influenza A, 5,5% para influenza B, 47,2% para vírus sincicial respiratório e 33,9% para Sars-CoV-2 (covid-19). Entre os óbitos, a presença dos mesmos vírus entre os positivos foi de 9,1% para influenza A, 9,1% para influenza B, 6,9% para vírus sincicial respiratório e 75% para Sars-CoV-2.

De acordo com o boletim, o crescimento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave é mais relevante em Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

Por outro lado, no Amapá, Maranhão, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins, os indícios de aumento estão concentrados principalmente nas crianças. Em Alagoas e Rio Grande do Norte, o sinal ainda é compatível com oscilação em período de baixa atividade, segundo a publicação.

Embora ainda se observe crescimento no agregado populacional, já há indícios de redução da taxa de aumento nas faixas etárias da população adulta e início de queda entre as crianças nos estados da Bahia, Amapá, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O coordenador do InfoGripe afirmou que, no entanto, verificam-se tendências distintas entre os vírus associados aos casos em adultos. Enquanto os casos associados à covid-19 sugerem desaceleração, para os vírus influenza A e B há indício de aumento recente em diversas unidades da Federação, disse Gomes.

Capitais

O boletim identifica que 10 das 27 cidades-sede do Executivo municipal têm crescimento de SRAG na tendência de longo prazo, relativa às últimas seis semanas, até a semana 1: Aracaju (SE), Campo Grande (MS), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Maceió (AL), Natal (RN), Palmas (TO), Salvador (BA), São Luís (MA) e Vitória (ES).

A avaliação por faixa etária nessas capitais sugere a existência de um cenário heterogêneo, com manutenção de crescimento significativo entre as crianças, em algumas das capitais, enquanto outras revelam evolução de casos na população adulta, em decorrência da covid-19 e, também, dos vírus influenza A e B. 

 

As autoridades sanitárias da Tanzânia confirmaram nesta terça-feira (21) um surto da doença do vírus de Marburg, um dos mais letais do mundo. No total, são pelo menos oito casos confirmados em cidades do noroeste e cinco mortes do país africano até o momento.

"Até agora, cinco dias depois de ter sido noticiado (o aparecimento de uma rara febre hemorrágica no nordeste da Tanzânia), oito pessoas foram infectadas, das quais cinco morreram e três ainda estão em tratamento", disse a ministra da Saúde da Tanzânia, Ummy Mwalimu.

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"Conseguimos controlar esta doença, que não continuou se alastrando a partir da zona afetada", acrescentou Ummy, que pediu calma à população. Os casos confirmados em laboratório foram detectados nas cidades de Bulinda e Butayaibega, ambas localizadas no distrito noroeste de Bukoba, fronteira com Uganda e perto das fronteiras de Ruanda e Burundi.

Tumaini Nagu, especialista em Medicina do governo da Tanzânia, disse à imprensa local que os pacientes com Marburg apresentaram febre, vômito, sangramento em várias partes do corpo e insuficiência renal. Também pediu aos tanzanianos que evitem tocar em possíveis pacientes e seus fluidos, bem como relatar às autoridades sanitárias sobre quaisquer casos prováveis.

Marburg é uma febre hemorrágica viral altamente infecciosa da mesma família da doença mais conhecida do vírus do ebola. Atualmente, há outro surto ativo na Guiné Equatorial, onde há pelo menos nove casos, incluindo um diagnóstico confirmado, quatro casos prováveis e quatro suspeitos, segundo dados recolhidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Anteriormente, a doença já foi detectada em Gana (três infecções confirmadas em 2022), Guiné (2021), Uganda (2017, 2014, 2012 e 2007), Angola (2004-2005), República Democrática do Congo (RDC) (1998 e 2000), Quênia (1990, 1987 e 1980) e África do Sul (1975).

Assim como o ebola, Marburg provoca hemorragias repentinas e pode causar a morte em poucos dias, com período de incubação de 2 a 21 dias e taxa de mortalidade de até 88%.

A doença, para a qual não existe vacina nem tratamento específico, foi detectada em 1967 na cidade alemã de Marburg - origem de seu nome - por técnicos de laboratório que foram infectados enquanto investigavam macacos trazidos de Uganda.

A partir desta terça-feira (21), a Prefeitura do Recife vai iniciar a vacinação contra a varíola causada pelo vírus mpox para os moradores da capital. Conforme definição do Ministério da Saúde (MS), nesta primeira fase da campanha receberão o imunizante as pessoas que vivem com HIV/aids e os profissionais de laboratórios que atuam em locais de exposição ao vírus. A capital pernambucana recebeu, nesta segunda-feira (20), 65 doses da vacina enviadas pelo MS.

A estratégia de vacinação tem como objetivo principal a proteção dos indivíduos com maior risco de evolução para as formas graves da doença, dentro do atual contexto de transmissão observado no Brasil. A vacina utilizada será a MVA-BN Jynneos Mpox, cujo uso foi aprovado de forma emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para bloquear a transmissão da doença. A imunização será realizada em duas doses, com 4 semanas (28 dias) de intervalo entre elas.

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Para facilitar a imunização dos públicos-alvo, os profissionais da Secretaria de Saúde do Recife vão realizar a busca ativa dos moradores da capital que atendem aos critérios elegíveis e realizam tratamentos nos dois Serviços de Atenção Especializada (SAE) do município, localizados nas Policlínicas Lessa de Andrade, na Madalena; e Gouveia de Barros, na Boa Vista. Essas pessoas serão informadas, por telefone e pelo site ou aplicativo Conecta Recife, sobre os detalhes da imunização e poderão agendar o dia e horário de sua preferência para receber a vacina.  

Conforme definição do Ministério da Saúde, nesta primeira fase serão contemplados com a vacinação pré-exposição ao vírus: homens, pessoas transexuais e travestis a partir de 18 anos que vivem com HIV/aids e têm status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses; profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3) e que tenham entre 18 e 49 anos. 

Já no grupo de pós-exposição ao vírus, poderão receber o imunizante os indivíduos entre 18 e 49 anos que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas com suspeita ou confirmação de mpox. 

Neste caso, a exposição precisa ser classificada como de alto (contato direto com a pele, mucosas ou materiais potencialmente infecciosos de pessoas com quadro suspeito ou confirmado da doença) ou médio risco (apenas contato próximo com uma pessoa com teste positivo para o vírus). Essas pessoas devem buscar o serviço em até 4 dias após a exposição. 

É importante destacar que aqueles que já foram diagnosticados com mpox ou apresentarem uma lesão suspeita no momento da vacinação não deverão receber a dose. 

Além disso, para a vacinação pré-exposição é recomendado um intervalo de 30 dias entre qualquer vacina previamente administrada. Já aqueles que estiverem em situação de pós-exposição, a recomendação é que a aplicação seja realizada independentemente da administração prévia de qualquer imunobiológico.

A capital pernambucana confirmou, entre 11 de julho de 2022 e 13 de março de 2023, 212 casos de mpox. Não houve registro de óbito. A doença, anteriormente chamada de monkeypox, é transmitida, principalmente, por meio de contato com sangue, suor, secreções respiratórias, feridas de pele ou mucosas de pessoas infectadas, além do toque em objetos e superfícies contaminadas.

Os sintomas de mpox, geralmente, começam a aparecer três semanas após a contaminação com o vírus. As feridas da doença podem se espalhar por todo o corpo (rosto, dentro da boca, braços, pernas, peito, genitais ou ânus). 

As lesões passam por diversos estágios, mas, na fase inicial, se assemelham a espinhas. Outros sintomas podem surgir, como forte dor de cabeça, caroço em região de pescoço e virilha, dores nas costas, dores musculares, falta de energia e calafrios. A doença tem período limitado e determinado, com duração, normalmente, de duas a quatro semanas. 

Confira abaixo quem pode tomar a vacina contra mpox:

Vacinação e pré-exposição

Homens, pessoas transexuais e travestis a partir de 18 anos vivendo com HIV/aids (PVHA) com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses. Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3) e que tenham entre 18 e 49 anos. 

acinação e pós-exposição

 Pessoas, entre 18 e 49 anos, que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco.7

 

Desde que a pandemia de covid-19 começou, em 11 de março de 2020, o sucesso de novas estratégias na contenção do coronavírus SARS-CoV-2 e as mutações que deram a ele maior capacidade de transmissão moldaram altos e baixos que criaram ondas, picos e momentos de relaxamento e tranquilidade.

Nestes três anos, o coronavírus descoberto em Wuhan, na China, já causou 759 milhões de casos de covid-19, que provocaram 6,8 milhões de mortes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Cerca de 65% da população mundial está vacinada com duas doses, e 30% receberam doses de reforço. Esses percentuais, porém, escondem desigualdades: enquanto Américas, Europa e Leste da Ásia estão perto dessa média ou acima dela, menos de 30% da população da África recebeu duas doses da vacinas.

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No Brasil, os óbitos se aproximam dos 700 mil, em um universo de 37 milhões de casos já diagnosticados. Apesar de a pandemia não causar mais o colapso de unidades de saúde, ela ainda faz vítimas: foram 330 na última semana epidemiológica, segundo dados do DataSUS, o que mostra que ainda é necessária atenção à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento da doença.

No que diz respeito à vacinação, o Brasil possui uma cobertura acima da média do mundo e das Américas, com 82% da população com o esquema primário completo e 58% com ao menos uma dose de reforço, segundo dados do painel Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A maior parte dessas doses aplicadas é de vacinas de terceira geração, com as tecnologias de vetor viral e RNA mensageiro, uma inovação posta em prática em massa pela primeira vez com a pandemia de covid-19 e acrescentada ao arsenal da ciência contra futuras ameaças de saúde pública.

Quais foram os marcos que moldaram a pandemia?

Ao contar a história da pandemia, o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo, destaca que há muitas formas de dividi-la, e um dos principais marcos temporais que se pode apontar é antes e depois da vacinação.

“Em 2020, a gente não tinha vacina, e, em 2021, a gente começou a vacinar muito lentamente no primeiro semestre. Foi o período em que a gente teve o maior número de mortes e a maior demanda por leitos hospitalares”, lembra. “A partir do segundo semestre 2021, quando a gente consegue avançar na vacinação, há uma mudança de característica da doença, que passa a ter uma gravidade muito menor do que foi durante esse primeiro período, com uma redução importante de mortalidade e no impacto sobre a rede hospitalar.”

O infectologista acrescenta que as mudanças do próprio vírus são outra variável que moldou essa história. A partir de 2021, as variantes do coronavírus, especialmente a Gamma e a Delta, trouxeram um grande aumento de casos no Brasil, que se tornou ainda mais expressivo em 2022, com a chegada da Ômicron. Além de o vírus se disseminar mais rápido, os testes se tornaram mais acessíveis, o que também ajudou a elevar o número de diagnósticos de covid-19, que antes estavam restritos a casos de maior gravidade.

“Uma terceira forma de dividir é que a gente teve, a partir do final de 2022 e início de 2023, a possibilidade de ter medicamentos incorporados ao SUS para que a gente possa tratar os casos com pior resposta à vacina”, diz Chebabo. “Apesar de a gente querer um tratamento precoce, rápido e específico para a doença, a gente demorou a achar. Precisou ter um desenvolvimento de novas drogas antivirais e anti-inflamatórias para que a gente pudesse ter a possibilidade de tratar precocemente a doença. Medicações que foram advogadas como salvadoras, como a cloroquina e a ivermectina, realmente não tinham nenhuma função.”

O conhecimento sobre o vírus, explica o pesquisador, foi outro ponto importante que reduziu a mortalidade da doença. Ainda no primeiro ano da pandemia, a descoberta de como manejar os casos de falta de oxigenação no sangue permitiu um tratamento clínico mais eficaz nas unidades de terapia intensiva (UTIs). A própria caracterização da covid-19 como doença respiratória mudou ao longo do tempo.

“A gente aprendeu o espectro todo da doença. Não é uma doença apenas com um quadro respiratório agudo, é uma doença com quadros muito mais amplos, com quadros cardiovasculares, com risco de trombose, e com a covid longa. Também tem impactos a médio e longo prazo”, explica ele, que cita mudanças neurológicas e também sequelas pulmonares como condições pós-covid que podem necessitar de tratamento especializado.

A chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Marilda Siqueira, destaca que a colaboração de cientistas de diferentes áreas se deu de forma acelerada durante a pandemia, e esse foi um fator fundamental ao longo da emergência sanitária. O laboratório chefiado pela virologista foi referência da OMS no continente americano e também participou do desenvolvimento de testes diagnósticos em tempo recorde.

“Assim que a OMS disse que se tratava de um coronavírus, um laboratório em Berlim disponibilizou o desenho de como seria o teste diagnóstico PCR. Então, Bio-Manguinhos contactou nosso laboratório e, em colaboração conosco, produziu em menos de um mês um kit diagnóstico. Com coordenação do Ministério da Saúde, fizemos um treinamento de todos os laboratórios centrais de Saúde Pública [Lacens], e, em 18 de março, os 27 estados brasileiros já estavam com um profissional treinado e com kit para diagnóstico de SARS-CoV-2. Poucos países conseguiram isso, que foi fruto de investimentos de décadas do Ministério da Saúde e Ciência e Tecnologia em Bio-Manguinhos”, conta ela.

Da mesma forma que os testes, a pesquisadora explica que as vacinas também foram fruto de investimentos e esforços cumulativos, o que desmonta a falácia de que foram produzidas “rápido demais”. “Isso aconteceu em um curto espaço de tempo porque já vínhamos com experiências e conhecimento científico acumulado de décadas. Imagina se a introdução do coronavírus tivesse sido há um século, como aconteceu com a gripe espanhola. Teria sido arrasador, porque as ferramentas não estavam naquele momento prontas como estavam neste momento, em 2020. O uso dessas ferramentas que a humanidade vem desenvolvendo foram pontos cruciais para diminuir o impacto da pandemia em um ano.”

Maior colapso sanitário e hospitalar

O virologista da Fiocruz Amazônia Felipe Naveca conta que, assim como a agilidade e articulação dos pesquisadores, a capacidade de transmissão do coronavírus foi crucial para determinar as diferentes fases da pandemia. Desde sua descoberta, no fim de 2019, o vírus impressionou pesquisadores com seu potencial de disseminação, chegando a todos os continentes em poucos meses. Conforme o número de infectados cresceu, aumentou também a pressão seletiva sobre o vírus, que sofreu mutações para escapar do sistema imunológico das pessoas já infectadas e continuar se multiplicando.

“As variantes que tiveram maior sucesso e suas linhagens, ou eram mais transmissíveis, ou escapavam mais do sistema imunológico, ou as duas coisas”, define Naveca, que liderou o grupo responsável pelo sequenciamento da variante Gamma, no Amazonas, causadora do pior momento da pandemia no Brasil.

Foi a variante Gamma que causou as infecções durante o colapso hospitalar no Amazonas em janeiro e se espalhou no país nos meses seguintes a ponto de lotar hospitais em todas as regiões ao mesmo tempo. Menos de 15% da população estava vacinada com a primeira dose naquele momento, e o Brasil chegou a ter mais de 3 mil mortes por dia entre março e abril de 2021, quando enfrentou o maior colapso sanitário e hospitalar de sua história, segundo o Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz.

Desde 2022, entretanto, as descendentes da variante Ômicron dominam o cenário epidemiológico. “Do vírus ancestral à Ômicron foi um salto muito grande. Inclusive, algumas teorias sugerem que esse vírus ficou evoluindo de uma maneira silenciosa em alguns países com menor vigilância. Pode ser que ela tenha circulado de maneira silenciosa no continente africano, e quando se detecta a Ômicron, ela já era muito diferente de todas as que a gente conhecia.”

O sucesso da variante Ômicron em escapar da imunidade faz dela um marco na pandemia, na visão do vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, que concorda que o outro grande marco é a proteção coletiva obtida com as vacinas, a partir de 2021.

“A gente tem três momentos na pandemia. Um momento sem vacina; um momento com vacina antes da Ômicron, em que a proteção era mais elevada, inclusive contra as formas leves da doença; e um momento pós-Ômicron, em que a perda da proteção contra as formas leves aconteceu, mas foi conservada a proteção contra as formas graves da doença. Hoje, os vacinados continuam muito bem protegidos dos desfechos mais graves, mas não conseguem estar protegidos contra a infecção.”

O que poderia ter sido diferente?

O Brasil é o segundo país do mundo que contabiliza mais vítimas da covid-19, apesar de ter a quinta maior população mundial. A mortalidade da doença, medida em óbitos por 100 mil habitantes pela Organização Mundial da Saúde, também atinge no país uma média desproporcional: quase quatro vezes maior que a média mundial.

Para o epidemiologista e professor da Universidade de Illinois Urbana-Champaign, nos Estados Unidos, Pedro Hallal, comparar a mortalidade no Brasil com a média mundial requer uma série de ponderações – e elas podem ser ainda mais desfavoráveis para o país. O cientista é coordenador-geral da pesquisa Epicovid-19, que busca medir a prevalência do coronavírus e avaliar a velocidade de expansão da covid-19 no país.

Hallal explica que a população brasileira é, em média, mais jovem que a mundial, o que faz com que haja um percentual menor de pessoas no grupo de risco da covid-19. Além disso, o Brasil é um país de renda média que tem um programa nacional de vacinação muito superior ao da maioria dos países, e um sistema de saúde público e universal com capacidade de realizar atendimentos de alta complexidade, como os casos graves de covid-19. Em relação às subnotificações de outros países que possam puxar a média mundial para baixo, o epidemiologista argumenta que a literatura já construída sobre a covid-19 mostra que as mortes são muito menos subnotificadas do que os casos.

“Eu acho justo, por conta de todas essas explicações, dizer que o Brasil tem, no mínimo, quatro vezes mais mortes do que deveria ter”, diz Hallal, que enviou um estudo com essa metodologia no formato de carta ao editor para a revista The Lancet, um dos mais importantes periódicos científicos do mundo, e também apresentou o mesmo levantamento na Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, no Senado Federal. “Não estou comparando se o Brasil fosse o exemplo do melhor enfrentamento. Se o Brasil tivesse sido apenas mediano, ele teria 184 mil mortes, e não 699 mil.”

O especialista destaca que os erros do Brasil no enfrentamento à covid-19 vieram desde o começo da pandemia. Os investimentos em testagem e rastreamento de contatos foram insuficientes, aponta. Além disso, o governo Jair Bolsonaro apostou em uma estratégia de imunidade de rebanho por infecção, na qual havia a expectativa de que um número grande de infectados bloquearia a circulação do vírus em algum momento. "Um erro gravíssimo de quem fez uma leitura equivocada desde o primeiro dia sobre o que que era essa pandemia”, classifica. Ele argumenta que houve uma confusão sobre como deveriam ser implementadas as políticas de distanciamento social, por parte do governo federal, estados e municípios.

“O Brasil nunca fez um lockdown. O Brasil fez fechamentos seletivos de longuíssima duração, que destruíram não só a saúde pública, porque não conseguiram impedir a circulação do vírus, como também destruíram a economia do país”, diz. “A ciência mostra que, nos momentos mais agudos, é útil fazer um lockdown extremamente rigoroso e curto. A maioria dos lugares do mundo usa três semanas como referência.”

O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo, é cauteloso em relação a comparações da mortalidade no Brasil com a média mundial, pelo risco de subnotificações ou confiabilidade dos dados de todos os países. Apesar disso, ele não tem dúvidas de que houve um excesso de mortalidade por covid-19 no Brasil.

“Certamente, a gente foi um dos países mais afetados. E a gente errou muito na pandemia, principalmente nos primeiros dois anos. O Ministério da Saúde não teve uma atuação coordenada, deixando a cargo de cada município e de cada estado a implementação de medidas, com uma politização e polarização infundadas que levaram a um número muito grande de casos e de óbitos relacionados à não implementação adequada a medidas de controle, principalmente as não farmacológicas [como distanciamento e máscaras], que eram as que gente tinha para oferecer no início”, avalia Chebabo. “Isso fragilizou muito o controle da doença no país, aumentando de forma acentuada o número de óbitos.”

Outro ponto que o infectologista destaca é que houve atraso no início da vacinação contra a covid-19 no momento em que a disseminação da variante Gamma causava a fase mais letal da pandemia, com até 3 mil mortes em um único dia.

“A vacinação contra a covid foi muito lenta e se arrastou durante quase todo o primeiro semestre de 2021, só ganhando força mesmo no segundo semestre”, afirma, lembrando que o país demorou a fechar a compra das vacinas de RNA mensageiro, exportadas pela Pfizer. “O Brasil tem capacidade de vacinar até 1,5 milhão de pessoas por dia, e vacinava 10 mil, 20 mil, ou 100 mil, no máximo. A gente talvez tivesse salvado mais vidas.”

Para o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, além da demora, houve falta de empenho em campanhas de estímulo à vacinação e até contrapropaganda por parte do governo à época. Ele considera que uma mortalidade por covid-19 acima dos países desenvolvidos já era esperada para o Brasil, porque isso também ocorre com outras doenças, mas acredita que fatores como os problemas na vacinação agravaram essa diferença.

“Essa poderia ter sido a grande bandeira do governo, que infelizmente trabalhou desfavoravelmente ao uso das vacinas. Atrasou, contraindicou, criou brigas políticas com produtores e questões xenófobas, só dificultando o processo.”

Kfouri destaca que, apesar disso, o Brasil alcançou uma alta cobertura nas duas primeiras doses, mas não conseguiu repetir o feito nas doses de reforço, que são consideradas indispensáveis para a proteção contra as cepas Ômicron. O médico avalia que a pandemia foi o ponto de partida do fortalecimento de movimentos antivacina no Brasil, e que as crianças foram as maiores afetadas.

“Pela primeira vez, a gente vê pais vacinados com até quatro doses que não vacinaram seus filhos. Em geral, a gente protege os filhos e depois pensa na nossa proteção. De uma maneira geral, isso impactou bastante na pediatria. Apesar de ser algo que é mais seletivo, contra as vacinas covid, acaba respingando nas outras vacinas”, afirma. “A pandemia trouxe à luz os grupos contrários à vacinação, que aproveitaram das vacinas contra a covid-19 para disseminar conceitos equivocados e a insegurança na vacinação. Os antivacinistas são muito poucos no Brasil e não prosperavam aqui porque não havia um campo fértil. A covid-19 criou essas condições.”

A empresa de cibersegurança Kaspersky anunciou que descobriu variações do vírus brasileiro Prilex, e que o malware (programa malicioso) agora é capaz de bloquear pagamentos por aproximação de cartão. Após uma mensagem de erro, o consumidor é obrigado a inserir o cartão na maquininha, o que possibilita que o malware roube dados e fraude transações.

O golpe bloqueia pagamentos que utilizam a tecnologia NFC, que teve crescimento durante a pandemia de covid-19 e possui um mecanismo de segurança que cria um número de cartão único para cada transação - ou seja, as informações, mesmo que capturadas por criminosos, não teriam utilidade. Quando há dispositivos infectados no ponto de venda, porém, a operação será bloqueada e uma falsa mensagem de erro irá aparecer: "Erro aproximacao insira o cartao (sic)".

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O objetivo é obrigar o consumidor a inserir o cartão na maquininha, momento em que o malware irá capturar os dados da transação, incluindo o número do cartão físico, tornando-o vulnerável a transações indevidas. Segundo a Kaspersky, o Prilex é o primeiro malware no mundo capaz de realizar fraudes com esse tipo de tecnologia de pagamento, mesmo que de forma indireta.

O malware ainda é capaz de filtrar cartões de crédito de acordo com o segmento, podendo, por exemplo, bloquear somente as operações de cartões "black", corporativo ou outras opções que costumam ter limites mais altos.

O Prilex é um grupo brasileiro especializado em fraudes financeiras. Sua atuação é rastreada desde 2014 na América Latina e já foi identificada também na Europa. Por enquanto, as novas versões do vírus foram detectadas somente no Brasil, mas poderão ser disseminadas para outros países, segundo a Kaspersky.

Como se proteger

Como as ferramentas do Prilex afetam computadores de pontos de venda, é preciso que os lojistas se atentem à segurança de suas operações. Computadores usados para sistemas de pagamento não devem ser utilizados para outros fins, e é necessário que o sistema tenha uma solução de segurança atualizada e robusta, de preferência soluções com várias camadas de proteção. Computadores com sistemas antigos também devem ter soluções de segurança otimizadas para suas versões.

Já os consumidores devem ficar atentos à falsa mensagem de erro: caso ela apareça, o usuário não deve recorrer ao cartão físico, mas a outras alternativas de pagamento, como dinheiro ou Pix. É importante acompanhar os valores emitidos na fatura do cartão e também nos aplicativos dos bancos. Se detectar algum gasto indevido, é preciso entrar em contato com a instituição financeira para tentar uma solução. Também é recomendável fazer boletim de ocorrência.

O serviço de mototáxi ficou ainda mais popular com a chegada dos aplicativos de transporte no mercado. Com apenas um capacete e dezenas de passageiros ao dia, uma viagem de poucos minutos pode causar um problema grave à saúde. 

Os usuários são unânimes quanto à praticidade do serviço, mas alguns começaram a se queixar do uso compartilhado do equipamento obrigatório de segurança. Umidade, mau cheiro e suor são as principais queixas de quem utiliza as plataformas.

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O biomédico especialista em Medicina Tropical Jailton Lobo explicou que o calor e a umidade dentro do capacete favorecem a disseminação de diversos tipos de microrganismos. Esse ambiente deixa os passageiros expostos à transmissão de piolhos ou até mesmo a doenças respiratórias graves, como a tuberculose.

"O usuário que tá com Covid, gripe ou qualquer vírus que cause infecção respiratória, e não tá fazendo uso de máscara, pode tá eliminando vírus que pode tá ali na viseira", apontou.

A lei diz que a viseira deve permanecer fechada ao longo do percurso, e essa condição também acaba facilitando a proliferação de fungos que podem causar micoses superficiais na pele e no couro cabeludo.

Boas práticas para controlar o risco de doenças

Para diminuir a transmissibilidade de parasitas, vírus e bactérias, o médico explica que é importante que o condutor mantenha uma higienização periódica. A limpeza vai depender do modelo de capacete. "O importante é se conscientizar que, pelo menos uma vez por semana, deve ser realizada a higienização desses capacetes, e sempre focar em evitar o acúmulo de umidade", observou.

Os modelos com forro removível podem ser lavados - até mesmo na máquina - e deixados para secar de forma completa para evitar a umidade. Nos modelos sem opção de remover o forro, a higienização também pode ser feita com água e sabão - em um pano úmido - e até mesmo álcool 70%.

Aos passageiros, o biomédico recomenda utilizar touca na cabeça e máscara como forma de prevenção. "O ideal é que cada indivíduo tivesse seu capacete para evitar o risco de contaminação, mas na prática isso não funciona. Então, o correto mesmo seria que as empresas de aplicativo forneçam toucas para proteger a cabeça dos usuários, como também, e de forma muito mais importante, máscaras para evitar o risco de alguma propagação de um microrganismo por via respiratória", orientou Lobo.

Mais 924 casos de Covid-19 foram confirmados em Pernambuco nesta sexta-feira (30). Conforme a Secretaria de Saúde (SES), o estado totaliza 1.122.936 casos confirmados da doença.

Seis novos diagnósticos foram de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e os outros 918 considerados leves. Em relação ao total de casos, 60.599 foram graves e 1.062.337 leves, informou a SES.

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Também foram confirmadas mais três mortes decorrentes do vírus, sendo uma mulher e dois homens. As vítimas de 66, 73 e 76 anos, moravam em Olinda, Recife e Santa Cruz do Capibaribe.

A pasta explicou que os novos óbitos ocorreram entre os dias 16/04/2021 e 28/12/2022. Com isso, o Estado acumula 22.579 vítimas fatais.

Anitta surpreendeu os fãs ao anunciar que recentemente foi diagnosticada com o vírus Epstein-Barr (EBV), que pode causar esclerose múltipla . Segundo o Metrópoles a cantora falou sobre o assunto durante o lançamento para a imprensa do documentário EU, produzido pela cantora e dirigido por Ludmila Dayer.

A produção, inclusive, fala sobre a luta de Ludmila contra a esclerose múltipla, desde sua descoberta até como foi para lidar com a situação.

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Anitta revelou que já estava com sintomas parecidos com os de Ludmila, e que com a ajuda da amiga fez os exames que identificaram o vírus.

- Quando chegaram os resultados, eu estava com o mesmo vírus que a Ludmila, em fase inicial. Hoje em dia não existe coincidência. Por sorte, por destino, eu consegui nem chegar no estágio que a Ludmila chegou (…) Ela foi uma benção na minha vida.

 Nesta quarta-feira (30), a ONG Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+) realiza um série de ações no Recife em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a AIDS, celebrado em todo 1º de dezembro. Com o tema “É possível viver com HIV e AIDS, mas com Preconceito Não!”, a campanha pretende chamar atenção da sociedade para a prevenção ao HIV e AIDS e para o preconceito enfrentado pelas pessoas que convivem com o vírus. 

Os trabalhos começam pela manhã, com diálogo sobre prevenção combinada, entre os personagens Lampião e Maria Bonita com os usuários da estação do Metrô de Recife. Às 14h, educadores promoverão testagem ao HIV, em frente à sede do GTP+, localizada na Avenida Manoel Borba, 545, no Bairro da Boa Vista, Centro do Recife.

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O dia termina com uma projeção no Centro do Recife, em defesa das pessoas convivendo com HIV e AIDS. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2021, o Brasil registrou, a cada hora, pelo menos cinco infecções por HIV.

Atualmente, o país vive uma marca de 960 mil pessoas acometidas pelo HIV. Para diz Wladimir Reis, coordenador geral do GTP+, o dado revela precariedade de políticas e ações de prevenção, diagnóstico e acesso ao tratamento do HIV e AIDS.  “As desigualdades que vivemos no país impacta na resposta ao HIV. Sem comida, sem dignidade, sem informação, a saúde fica em último lugar. É a população mais vulnerável que contraí o vírus. Por isso, precisamos de políticas com mais acesso ao tratamento, medidas de prevenção e diagnóstico para todo mundo”, afirma.

Serviço: Dia Mundial de Luta Contra a AIDS

8h- Lampião e Maria Bonita em tempos de AIDS, na Estação de Metrô do Recife.

14h- Testagem ao HIV, na sede do GTP+ (Rua Manoel Borba, 545, Boa Vista)

18h- Projeção em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a AIDS, na Conde da Boa Vista

Cientistas de um estudo coletivo na Europa reviveram vários vírus antigos que foram bloqueados profundamente no permafrost - camada do subsolo da crosta terrestre que está permanentemente congelada - da Sibéria, desde a Idade do Gelo. Embora a pesquisa pareça arriscada, a equipe acredita que é uma ameaça que vale a pena investigar, diante dos perigos crescentes do degelo do permafrost e das mudanças climáticas. 

Em um novo artigo, que ainda não foi revisado por pares, os pesquisadores explicam como identificaram e reviveram 13 vírus pertencentes a cinco classes diferentes de amostras coletadas no gelado extremo leste da Rússia. O texto foi publicado na plataforma pré-prints BioRxiv. Entre a coleta, eles conseguiram reviver um vírus de uma amostra de permafrost com cerca de 48.500 anos. 

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Eles também reviveram três novos vírus de uma amostra de 27 mil anos com fezes de mamute congelado e um pedaço de permafrost com uma grande quantidade de lã de mamute. Este trio foi chamado de mamute Pithovirus, mamute Pandoravirus e mamute Megavirus. 

Outros dois novos vírus foram isolados do conteúdo estomacal congelado de um lobo siberiano (Canis lupus), denominados Pacmanvirus lupus e Pandoravirus lupus. Esses tipos infectam amebas, bolhas unicelulares que vivem no solo e na água, mas experimentos indicaram que os vírus ainda têm potencial para serem patógenos infecciosos. A equipe introduziu os vírus em uma cultura de amebas vivas, mostrando que elas ainda eram capazes de invadir uma célula e se replicar. 

O projeto vem de uma equipe de pesquisadores da Universidade Aix-Marseille, na França, que ressuscitou um vírus de 30.000 anos encontrado no permafrost da Sibéria em 2014. Com o último grupo desses seres, incluindo um que data de 48.500 anos atrás, os pesquisadores possivelmente reviveram um mais mais antigo ainda. 

“48.500 anos é um recorde mundial”, disse Jean-Michel Claverie, um dos autores do artigo e professor de genômica e bioinformática na Escola de Medicina da Universidade Aix-Marseille, à New Scientist. 

No artigo, os pesquisadores explicam que mais trabalhos precisam se concentrar nos vírus que infectam eucariontes, observando que “poucos estudos foram publicados sobre esse assunto”. Eles explicam que o aumento das temperaturas devido às mudanças climáticas provavelmente despertará muitas ameaças microbianas, incluindo vírus patogênicos, do passado antigo. 

“Como infelizmente bem documentado por pandemias recentes (e em andamento), cada novo vírus, mesmo relacionado a famílias conhecidas, quase sempre requer o desenvolvimento de respostas médicas altamente específicas, como novos antivirais ou vacinas”, escrevem os autores do estudo. 

 

A Prefeitura de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, divulgou nesta terça-feira (11) que a cidade atingiu 84% da vacinação contra a Poliomielite na cidade, o que representa 16.289 de doses aplicadas em crianças de cinco anos.

Para ampliar ainda mais a cobertura vacinal, no próximo sábado (15) será realizado o Dia D da Criança Vacinada, das 9h às 16h, no Quiosque da Orla, em Bairro Novo, e no Espaço Caenga, localizado em Aguazinha.

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A secretária de Saúde, Luciana Lopes, afirma que em 30 dias de campanha, o município saiu de 30% para 84% de imunização. “O trabalho não pode parar. Continuamos intensificando as ações cotidianas e por isso estamos mais perto de atingir a meta que é de 95%”, afirmou a secretária. A Campanha Nacional de Imunização completou, até o momento, 60% do público alvo. 

A prefeitura destaca que o resultado faz parte do "esforço dos agentes de saúde e da população que reativou a consciência da importância da vacinação, um ato simples, mas que através dela previne doenças graves como a paralisia infantil". 

O Executivo municipal assevera ainda que os técnicos da atenção básica foram capacitados para estimular a vacinação das crianças, além da busca ativa que vai de porta em porta nas comunidades que são cobertas pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Brasil

Depois de décadas acreditando ter erradicado a Poliomielite no Brasil, na última quinta-feira (6), o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Pará (CIEVS/PA) confirmou a detecção do vírus em uma criança de três anos. O País vem registrando uma baixa procura de vacina após os discursos antivacina do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Pará (CIEVS/PA) confirmou, nesta quinta-feira (6), a detecção do vírus da poliomielite em uma criança de três anos. O Brasil considera ter errado a paralisia infantil há 33 anos, em 1989. O País vem registrando uma baixa procura de vacina após os discursos antivacina do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, havia feito um pronunciamento na quarta-feira (5), para alertar sobre o risco da reintrodução da doença no País. Atualmente, a cobertura vacinal está em torno de 60%. A meta é atingir 95% de cobertura vacinal contra o vírus em crianças menores de 5 anos, ou seja, faltam 14,3 mil crianças serem vacinadas.  

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Campanha

A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite iniciou no dia 8 de agosto e foi encerrada na última sexta-feira (30), após ser prorrogada por conta da baixa adesão. A orientação é que crianças de 1 a 4 anos recebam uma dose da vacina oral desde que já tenham recebido as três doses da vacina inativada poliomielite previstas no esquema básico.

Os Estados Unidos declararam, nesta quinta-feira (4), emergência de saúde pública pela varíola dos macacos. A medida permite ao governo destinar recursos, coletar dados e mobilizar profissionais adicionais para combater a doença.

"Estamos preparados para elevar a resposta a este vírus para outro patamar e instamos todos os americanos a levarem a sério a varíola dos macacos e a assumirem a responsabilidade de nos ajudar a enfrentar este vírus", disse o secretário de Saúde e Serviços Humanos, Xavier Becerra.

Com validade de 90 dias e possibilidade de renovação, a emergência foi declarada no dia em que 6.600 casos foram superados no país, cerca de um quarto deles no estado de Nova York. Especialistas acreditam em uma subnotificação porque, muitas vezes, os sintomas são brandos, como lesões simples.

Até agora, os Estados Unidos entregaram cerca de 600 mil doses da vacina comercializada como Jynneos na América do Norte (Imvanex na Europa), desenvolvida inicialmente contra a varíola humana. O número é baixo considerando que cerca de 1,6 milhão de pessoas estão no grupo de alto risco no país.

Cerca de 99% dos casos registrados nos Estados Unidos são de homens que têm relações sexuais com outros homens, informou o Departamento de Saúde na semana passada. Esta é a população prioritária para vacinação.

Diferentemente de surtos anteriores na África, o vírus agora é transmitido principalmente através da atividade sexual, mas os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) advertem que ele também pode ser transmitido dormindo na mesma cama, compartilhando roupas ou por contato próximo prolongado.

No mês passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também declarou a varíola dos macacos como emergência sanitária, uma classificação reservada para as doenças mais preocupantes.

Nesta quinta, a agência reguladora de medicamentos dos EUA, a FDA, afirmou que avalia uma autorização para que os profissionais de saúde apliquem cinco doses de vacina em uma única vez, modificando a forma em que é inoculada.

Os primeiros sintomas da varíola dos macacos são febre alta, inflamação dos gânglios linfáticos e pústulas na pele semelhantes às da varíola humana.

O município de Limoeiro, no Agreste pernambucano, notificou quatro casos suspeitos de contaminação pelo vírus Monkeypox (varíola dos macacos). A informação foi divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde, em nota (íntegra no fim da publicação) nessa quarta-feira (3). Os casos foram registrados na Penitenciária Doutor Ênio Pessoa Guerra, em pacientes do sexo masculino e sem histórico de viagem para países endêmicos. 

Segundo o comunicado, os presos receberam atendimento médico, realizaram coleta de material conforme os protocolos vigentes e foram orientados quanto à necessidade de manter isolamento, uma vez que a transmissão do vírus ocorre por contatos próximos com lesões, fluidos corporais (relações sexuais, independentemente de orientação sexual), gotículas respiratórias e materiais contaminados.

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O LeiaJá entrou em contato com a Secretaria de Ressocialização (Seres), para obter informações sobre possíveis processos de apuração interna. O órgão informou que as medidas sobre o caso seguirão definições da Secretaria Estadual de Saúde.

Também na quarta-feira (3), a Secretaria Municipal de Saúde de Araripina, no Sertão de Pernambuco, notificou o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos na cidade. No total, Pernambuco tem 18 notificações de possíveis casos de infecção por monkeypox, de acordo com o balanço do último dia 28 de julho. Eram 19, mas uma foi descartada. Um novo balanço deve ser divulgado nesta quinta-feira (4). 

Sete casos tiveram confirmação laboratorial para o vírus e os demais permaneciam sob investigação clínica. Os casos confirmados são de moradores do Recife (3), Jaboatão dos Guararapes (2), além de dois casos de outros estados, Rio de Janeiro (1) e São Paulo (1). As faixas etárias são: 20 a 29 (3), 30 a 39 (1) e 40 a 49 (3). Todos são do sexo masculino. 

Confira a nota da Prefeitura de Limoeiro sobre os novos casos 

A Prefeitura de Limoeiro, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informa que nesta quarta-feira, dia 3 de agosto de 2022, foram identificados os primeiros casos suspeitos de contaminação pelo vírus Monkeypox (Varíola dos Macacos) no Município de Limoeiro, especificamente na Penitenciária Doutor Ênio Pessoa Guerra, em pacientes do sexo masculino e sem histórico de viagem para países endêmicos. 

Imediatamente, a Secretaria de Saúde de Limoeiro adotou, junto à II Gerência Regional de Saúde – II GERES, todas as providências necessárias, realizando contato com a unidade notificadora e, na sequência, iniciando as investigações epidemiológicas e as notificações dos casos junto ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco – CIEVS/PE. 

Os pacientes já receberam atendimento médico, realizaram coleta de material conforme os protocolos vigentes e foram orientados quanto à necessidade de manter isolamento, uma vez que a transmissão do vírus ocorre por contatos próximos com lesões, fluidos corporais (relações sexuais, independentemente de orientação sexual), gotículas respiratórias e materiais contaminados. 

Neste momento, a adoção de medidas preventivas é fundamental, dentre as quais se destacam: manter distanciamento social; lavagem de mãos com água e sabão; uso de máscara cobrindo nariz e boca, e uso de preservativos. 

Por fim, registramos que novas informações serão repassadas conforme o andamento das investigações. 

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A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) atualizou, neste sábado (11), os dados referentes à pandemia de Covid-19. De acordo com o órgão, Pernambuco registrou 1.126 casos do vírus, sendo quatro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 1.122 leves.

Além disso, foram contabilizados quatro óbitos antigos, recuperados pelas unidades de saúde municipais. Essas mortes ocorreram entre os dias 12 de setembro de 2020 e 16 de maio deste ano.

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Com as atualizações, Pernambuco, totaliza 946.529 casos confirmados da doença, dentre os quais 58.660 são graves e 887.869 leves. Enquanto ao número de mortes, foram registrados 21.771 óbitos desde o início da pandemia. 

A Secretaria de Saúde confirmou, nessa quarta-feira (1º), o primeiro caso de zika em Pernambuco este ano. O registro é de uma mulher, de 20 anos, que mora em Timbaúba, município da Zona da Mata Norte do Estado, e que não está grávida, de acordo com o perfil divulgado pela pasta. De acordo com o boletim da SES, 1.222 casos da doença já foram notificados por 72 municípios, mas não há confirmação para os demais; 624 casos suspeitos foram descartados. 

Em comparação ao ano passado, quando houve 1.821 casos suspeitos no mesmo período, há uma redução de 32,9% na incidência dos quadros virais que apontam para a possibilidade do vírus zika. Além dos casos suspeitos de zika, neste ano, em Pernambuco, também já foram notificados 25.531 casos suspeitos de dengue e 15.996 de chicungunha.  

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Do total de casos registrados, 530 eram mulheres gestantes com suspeitas de arboviroses. Dessas, 271 realizaram coleta para análise laboratorial: 37 tiveram confirmação para dengue, 92 para chicungunha e 124 obtiveram resultado negativo para zika. 

LeiaJá também: ‘Saiba como diferenciar dengue, zika e chikungunya’ 

A doença 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença causada pelo vírus zika (ZIKV) é transmitida por mosquitos do gênero Aedes, causada pelo vírus zika (ZIKV) e tem como principais sintomas febre baixa, erupções cutâneas (principalmente exantema maculopapular), dor de cabeça, dor nas articulações, dor muscular, mal-estar geral e conjuntivite não purulenta que aparecem entre dois e sete dias após a picada do mosquito vetor. 

A doença teve um pico em Pernambuco em 2015, sendo a arbovirose mais relacionada à síndrome congênita associada à infecção pelo zika vírus na gestação. Essa condição pode causar microcefalia, problemas de visão, audição e alterações neuropsicomotoras em bebês expostos à infecção pelo vírus durante a gravidez. 

O ressurgimento da zika no estado não é incomum para este período. No fim de maio de 2021, chicungunha e zika tiveram aumento de casos em Pernambuco. Durante a época mais chuvosa do ano passado, quando as larvas do mosquito da dengue costumam se proliferar em locais de água parada, foram notificados 3.417 casos de chicungunha em 89 municípios do estado. Para zika, o número também preocupa: são 1.176 notificações da doença, totalizando um acréscimo de 61,8% comparado ao ano anterior. 

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