Facebook ataca terrorismo online com tecnologia de ponta

Rede social anunciou que vai aprimorar seus esforços automatizados e humanos para identificar e excluir postagens de extremistas

por Nathália Guimarães sex, 16/06/2017 - 10:59
Reprodução Facebook foi criticado por não fazer o suficiente para combater propaganda e conteúdo extremista online Reprodução

Para combater a disseminação de conteúdos relacionados ao terrorismo online, o Facebook anunciou nesta quinta-feira (15) que vai aprimorar seus esforços automatizados e humanos para identificar e excluir postagens de extremistas, e desenvolverá sistemas de compartilhamento de dados em toda a sua família de mídias sociais e aplicativos de mensagens.

"Fazer do Facebook um lugar hostil para terroristas é realmente importante para nós", disse a chefe de gerenciamento de políticas globais do Facebook, Monika Bickert. A rede social anunciou no início deste ano que contrataria 3 mil pessoas para aumentar o número de funcionários que analisam postagens sinalizadas na plataforma, incluindo aquelas que tratam sobre bullying, discurso de ódio e terrorismo.

No total, 150 funcionários do Facebook atuam unicamente para combater o terrorismo na plataforma. Mas além de contratar mais pessoas para isso, a empresa também vai usar a inteligência artificial para eliminar o conteúdo extremista.

Através da correspondência de imagens, a tecnologia pode impedir que mídias sinalizadas anteriormente sejam postadas novamente, sem que um humano precise analizar o conteúdo. A empresa também está construindo um algoritmo que visa analisar o texto escrito para manter a linguagem relacionada ao terrorismo fora da plataforma.

Também serão desenvolvidos sistemas para bloquear contas de terroristas em toda a rede social principal e seus aplicativos irmãos, Instagram e WhatsApp. O Facebook recusou-se a dizer que tipos de dados de clientes serão compartilhados entre os serviços, mas disse que a tecnologia cruzada está sendo criada para fins de combate ao terrorismo.

Nos últimos anos, o Facebook foi criticado por não fazer o suficiente para combater propaganda e conteúdo extremista online. Após o ataque terrorista em Londres, este mês, a primeira-ministra britânica, Theresa May, condenou as empresas de internet por fornecer um espaço seguro para pessoas com ideologias violentas.

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