Facebook detalha sistema que recebe nudes de usuários

Rede social deixou a internet em polvorosa após informar que iria receber imagens intimas de seus usuários de forma preventiva

por Nathália Guimarães sex, 10/11/2017 - 11:24
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo Facebook explicou nesta quinta-feira (9) com mais detalhes o seu novo teste contra a pornografia de vingança Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

O Facebook explicou nesta quinta-feira (9) com mais detalhes o seu novo teste contra a pornografia de vingança, após causar uma confusão em massa no início desta semana ao informar que iria começar a receber nudes de seus usuários como uma medida de segurança.

A rede social começou a experimentar na Austrália um sistema que permite enviar fotos nuas de forma preventiva, de modo que a empresa crie uma impressão digital para o arquivo para evitar que ele seja carregado por uma pessoa má intencionada no futuro.

"Não queremos que o Facebook seja um lugar onde as pessoas temem que suas imagens íntimas sejam compartilhadas sem o seu consentimento. Estamos constantemente trabalhando para evitar esse tipo de abuso e manter esse conteúdo fora de nossa comunidade. Nós recentemente anunciamos um teste que é um pouco diferente das coisas que tentamos no passado", informou a rede social.

Agora, o Facebook está esclarecendo como o sistema funciona através de uma postagem em seu blog oficial. Primeiro, um usuário tem que acessar um site específico e preencher um formulário informando que uma foto o preocupa. Depois, é preciso fazer o upload da imagem ou vídeo que ele teme que seja vazado no futuro por um hacker ou por alguém que o esteja ameaçando. Isso deverá ser feito pelo Messenger.

A partir daí, um membro do Facebook especialmente treinado analisa a imagem e depois cria uma impressão digital dela, ou seja, uma representação numérica para a foto que não pode ser lida por humanos. O registro depois é apagado dos arquivos do Facebook.

Se outra pessoa tentar publicar a mesma imagem posteriormente, seria impedido de concluir a publicação. "Muitas vítimas vivem com medo de ter suas imagens íntimas expostas, e este programa piloto permite que essas vítimas atuem preventivamente contra essa ameaça", informou a professora de direito da Universidade de Miami, Mary Anne Franks, citada pelo post oficial do Facebook.

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