Novo material pode ser o fim das telas de celular rachadas

Material feito a partir de um polímero leve pode consertar as rachaduras quando pressionado manualmente

por Nathália Guimarães qua, 20/12/2017 - 11:27
Reprodução Novo vidro pode ser usado em telas de telefone e outros dispositivos frágeis Reprodução

Pesquisadores japoneses afirmam que desenvolveram um novo tipo de vidro que pode se regenerar após ser rachado ou quebrado. O material feito a partir de um polímero leve pode consertar as rupturas quando pressionado manualmente sem a necessidade de receber calor.

A pesquisa, publicada na revista Science, de pesquisadores da Universidade de Tóquio, promete um vidro que pode ser usado em telas de telefone e outros dispositivos frágeis, o que eles dizem ser um desafio importante para uma sociedade sustentável.

Embora a borracha e os plásticos que se regeneram já tenham sido desenvolvidos, os pesquisadores disseram que o novo material é o primeiro do tipo que pode fazer isso quando exposto à temperatura ambiente. Na maioria dos casos, o aquecimento a altas temperaturas, na ordem dos 120º celcius, é necessário.

O novo vidro de polímero, porém, pode ser prontamente reparado apenas pela compressão das superfícies danificadas. Segundo o jornal britânico The Guardian, as propriedades deste novo material foram descobertas por acidente pelo estudante de pós-graduação Yu Yanagisawa.

O aluno estava preparando o material para usar como cola e percebeu que os pedaços dele se juntavam quase que instantaneamente depois de sua superfície ser cortada. Para isso, bastava que o vidro fosse apertado com a mão, de maneira a juntar as partes quebradas, por 30 segundos em temperatura ambiente.

Outros testes descobriram que o material recuperou sua rigidez original após algumas horas. Yanagisawa disse à emissora NHK que ele não acreditou nos resultados no início e repetiu suas experiências várias vezes para confirmar a descoberta.

"Espero que o vidro reparável se torne um novo material amigável ao meio ambiente que evite a necessidade de ser jogado fora, se for quebrado", disse. Os fabricantes de telefones inteligentes já utilizaram materiais que se regeneram em dispositivos antes. O smartphone LG G Flex 2 foi vendido em 2015 com um revestimento que era capaz de apagar riscos e arranhões caso fosse pressionado, embora não conseguisse reparar danos mais pesados.

LeiaJá também

--> Sensor de digitais sumirá da tela dos smartphones em 2018

COMENTÁRIOS dos leitores