Empresa de smartphones chinesa encerra operações globais
Decisão ocorre após os EUA ordernarem que indústrias americanas deixem de exportar, por sete anos, componentes para a companhia
A empresa chinesa ZTE anunciou nesta quinta-feira (9) que está encerrando grande parte das suas atividades operacionais. A decisão ocorre após os EUA ordernarem que indústrias americanas deixem de exportar, por sete anos, componentes para a companhia, especializada em equipamentos de telecomunicações.
A ZTE, que ocupa o 4º lugar em vendas de smartphones nos EUA, diz que está em negociações com o governo de Washington para reverter ou modificar a decisão de proibir as exportações. A medida significa que empresas americanas como a Dolby e a Qualcomm não podem vender peças para a ZTE por até sete anos.
O governo dos EUA diz que a ZTE quebrou um acordo depois de se declarar culpada, no ano passado, por enviar equipamentos norte-americanos para o Irã e a Coreia do Norte. Parte do compromisso foi que a ZTE iria repreender e negar bônus aos funcionários que agiram ilegalmente. Mas a empresa não cumpriu com sua palavra.
Além de ter dado o bônus de gratificação a esses funcionários, a ZTE só demitiu quatro dos 35 trabalhadores que quebraram o acordo. A empresa também concordou na época que, caso descumprisse o compromisso, perderia seus privilégios de exportação por sete anos, que é o que está acontecendo agora.
"Em qualquer caso, a ZTE não desistirá de seus esforços para resolver a questão por meio da comunicação. Também estaremos determinados, se necessário, a adotar medidas judiciais para proteger os direitos e interesses legais de nossa empresa, de nossos funcionários e acionistas e cumprir obrigações e assumir responsabilidades com nossos clientes globais, usuários finais, parceiros e fornecedores", informou a companhia chinesa, em comunicado.