TikTok e WeChat serão proibidos nos EUA

Downloads dos aplicativos chineses serão bloqueados a partir deste domingo (20)

por Katarina Bandeira sex, 18/09/2020 - 13:52
Pixabay TikTok afirma que vai continuar desafiando a ordem executiva Pixabay

A novela protagonizada pelos Estados Unidos e o TikTok ganhou um novo capítulo. O Departamento de Comércio dos EUA emitiu uma nova ordem, nesta sexta-feira (18), que vai proibir que o aplicativo de vídeos possa ser baixado no país a partir deste domingo (20). A ByteDance, responsável pela ferramenta, estava tentando driblar o bloqueio de Trump nos últimos dias.

De acordo com o site The Verge, o pedido completo informava que qualquer transação feita com a empresa está sujeita à jurisdição dos Estados Unidos e "será proibida na medida permitida pela lei aplicável”. Desde o início do mês, o presidente norte-americano Trump tem tentado negociações para encerrar as atividades do TikTok ao menos que estas sejam vendidas a empresas estabelecidas nos EUA. A medida também engloba a plataforma de mensagens WeChat.

A Microsoft chegou a enviar uma oferta a empresa chinesa para adquirir a ferramenta, mas desistiu da licitação - após ser recusada pela ByteDance, deixando a Oracle e o Walmart como os principais candidatos a uma possível aquisição. O argumento de Trump é que o aplicativo chinês coleta dados dos cidadãos norte-americanos e os envia para o governo da China. 

De acordo com a Reuters que a proibição do governo impediria a Apple e o Google de oferecer qualquer um desses aplicativos em suas lojas digitais para usuários norte-americanos. Segundo a publicação o TikTok afirma que já se comprometeu "com níveis sem precedentes de transparência adicional e responsabilidade muito além do que outros aplicativos estão dispostos a fazer, incluindo auditorias de terceiros, verificação de segurança de código e supervisão do governo dos EUA da segurança de dados dos EUA”.

Porém, com a decisão o TikTok afirma que vai continuar desafiando a ordem executiva reforçando que ela foi promulgada sem o devido processo "e ameaça privar os americanos e as pequenas empresas de uma plataforma significativa tanto para voz quanto para meios de subsistência", disse em comunicado.

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