Tópicos | Trump

O ex-presidente Donald Trump foi condenado nesta sexta-feira, 26, a pagar mais US$ 83 milhões, o equivalente a cerca de R$ 410 milhões, a jornalista E. Jean Carroll que o acusou de estupro e, posteriormente, difamação. Ela afirma que o líder republicano prejudicou a sua imagem e reputação por chamá-la de mentirosa ao negar a agressão sexual.

Antes do veredito, Trump deixou o tribunal de forma abrupta enquanto a defesa da escritora se manifestava e não ouviu a argumentação final dos próprios advogados. Nas redes sociais, ele criticou o veredito: "absolutamente ridículo", escreveu.

##RECOMENDA##

Essa foi a segunda vez em menos de um ano que a Justiça decidiu sobre a alegação de Carroll de que Trump a estuprou em uma loja de departamentos na cidade de Nova York em 1996. No primeiro veredito, em maio, ele foi considerado responsável pelo abuso sexual e condenado a pagar US$ 5 milhões em indenização.

Agora, a ação foi motivada por declarações de Trump sobre Carroll enquanto ainda era presidente dos Estados Unidos. Donald Trump tem negado todas as acusações e afirma que seria vítima de uma "caça às bruxas".

"Discordo completamente de ambos os vereditos e irei recorrer a toda essa Caça às Bruxas dirigida por Biden focada em mim e no Partido Republicano. Nosso Sistema Legal está fora de controle e está sendo usado como uma Arma Política", escreveu o líder republicano na sua rede, a Truth Social, depois do veredito.

Apesar da série de problemas que acumula na Justiça, Trump está a caminho de mais uma nomeação para representar o partido Republicano na corrida à Casa Branca. Ele venceu as prévias em Iowa e New Hampshire. (COM ASSOCIATED PRESS)

O empresário de biotecnologia e pré-candidato republicano a Casa Branca nos EUA, Vivek Ramaswamy disse nesta segunda-feira (15) que está suspendendo sua campanha presidencial de 2024 e desistindo da disputa após um resultado decepcionante nos caucus de Iowa. Ramaswawy está pedindo um voto para Donald Trump, o vencedor das primárias republicanas no Estado.

"Vamos suspender esta campanha presidencial", disse Ramaswamy, que obteve cerca de 7% dos votos conforme os resultados provisórios. "Liguei para Donald Trump para lhe dizer que o parabenizo por sua vitória e que, de agora em diante, ele terá meu total apoio para a presidência", acrescentou. "Não há caminho para que eu seja o próximo presidente, pois não há coisas que não queremos que aconteçam neste país", afirmou.

##RECOMENDA##

Durante a campanha, ele criticou seus oponentes, mas elogiou Trump como "o melhor presidente do século XXI". Ele argumentou, porém, que os republicanos deveriam optar por "pernas novas" e "levar nossa agenda America First para o próximo nível".

A abordagem, incluindo seu apelo à "revolução", colocou Ramaswamy no meio dos candidatos que disputam para superar Trump - ou pelo menos se tornar uma alternativa viável.

O rico político outsider também modelou sua própria candidatura conforme a candidatura de Trump, fazendo campanha como um populista de fala rápida e que agarra as manchetes, que implacavelmente cutuca os oponentes.

Sua decisão de desistir, no entanto, torna-se a mais recente confirmação de que o ex-presidente, mesmo aos 77 anos e sob várias acusações criminais, ainda domina a política republicana e continua sendo o favorito esmagador para ganhar a indicação do Partido Republicano pela terceira vez consecutiva. (Com agências internacionais).

O ex-presidente Donald Trump venceu o primeiro teste para nomeação pelo partido Republicano na corrida à Casa Branca. A disputa interna entre os pré-candidatos começou nesta segunda-feira, 15, com o caucus de Iowa. Com cerca de 99% da apuração concluída, Trump tem 51% dos votos, o que lhe rendem 20 delegados para convenção nacional republicana. O segundo colocado é o governador da Flórida, Ron DeSantis, que ficou bastante distante de Trump na disputa, com 21% dos votos. A ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, ficou em terceiro lugar com 19%.

"É hora de nosso país se unir", disse Donald Trump em discurso depois da vitória que o consolidou como o líder conservador para a eleição presidencial de novembro.

##RECOMENDA##

"Acho que chegou a hora de todos, de nosso país se unir (...). Sejam republicanos, democratas, liberais ou conservadores", disse o ex-presidente, conhecido por suas invectivas, aos apoiadores reunidos em Des Moines, no estado do meio-oeste americano.

Em determinado ponto do discurso, Trump chegou a parabenizar DeSantis e Nikki por terem "se divertido juntos".

Com a vitória de Trump projetada, as atenções se voltaram para o segundo lugar. Esse foi considerado o primeiro teste de Ron DeSantis e Nikki Haley, que buscam se fortalecer antes da próxima prévia, a de New Hampshire, em 23 de janeiro.

A rápida projeção da vitória de Donald Trump foi criticada por funcionários da campanha do governador da Flórida. Nas redes sociais, Andrew Romeo, o diretor de comunicações de Ron DeSantis, falou em "interferência eleitoral". Os dados, no entanto, são comuns nos Estados Unidos, onde os resultados costumam ser declarados pela imprensa antes de oficializados. DeSantis ainda não comentou as alegações do funcionário.

Nas primárias republicanas também houve vários candidatos com baixa intenção de votos, dentre eles Vivek Ramaswamy, que após receber apenas 7,7% dos votos anunciou que está suspendendo sua candidatura presidencial.

Por ser a primeira disputa do país, Iowa costuma ter o poder de impactar o futuro das primárias à medida que impulsiona os vencedores. O Estado também tem outra particularidade: o formato da votação. Os eleitores se dividem em pequenos grupos para ouvir discursos de representantes de campanha, preencher cédulas e, se desejarem, assistir à contagem dos votos. É uma espécie de assembleia, diferente das primárias, que ocorrem em outros Estados, onde o eleitor só precisa comparecer às urnas e depositar o voto.

Dessa vez, o caucus foi marcado também pelas nevascas que atingem Iowa. Estradas ficaram cobertas por gelo e, em algumas regiões, a sensação térmica foi de -42ºC.

Entre tribunais e palanques

Essa foi a primeira vez que Trump enfrentou os eleitores desde a fracassada tentativa de se reeleger em 2020, quando foi derrotado pelo democrata Joe Biden. O ex-presidente lidera com folga nas pesquisas, mas enfrenta uma série de processos na justiça e deve se dividir entre os tribunais e campanha.

Nesta terça-feira, ele deve comparecer ao tribunal em Nova York, onde o júri discute se o ex-presidente deve pagar uma indenização adicional para jornalista E. Jean Carroll, que venceu no ano passado uma ação civil contra Trump por estupro e difamação. O líder republicano já foi condenado a multa de US$ 5 milhões.

Já os democratas de Iowa estão realizando caucus e votam pelo correio até março. No entanto, esse processo está praticamente definido, já que Biden aspira a um segundo mandato.

Biden, cuja campanha anunciou nesta segunda ter arrecadado mais de 97 milhões de dólares (472 milhões de reais) no quarto trimestre de 2023 e agora tem uma cifra recorde de 117 milhões de dólares (570 milhões de reais), não tem rivais de peso. O presidente disputa a candidatura com a escritora Marianne Williamson e o congressista Dean Phillips.

Nas redes sociais, Biden, que está tentando a reeleição, reconheceu a recente vitória de Trump, a quem disse ser "claramente o líder" entre os republicanos. "Parece que Donald Trump acabou de ganhar em Iowa. Ele é claramente o líder do outro lado neste momento", disse Biden no X, em uma mensagem de arrecadação de fundos. (Com agências internacionais)

A Suprema Corte de Michigan, nos Estados Unidos, rejeitou nesta quarta-feira (27) um recurso que pedia a desqualificação do ex-presidente Donald Trump para as primárias eleitorais nesse estado em 2024 por seu papel na invasão do Capitólio, há três anos.

Essa é a mais recente de uma série de contestações legais apresentadas em vários estados do país para impedir que Trump apareça nas cédulas de votação das primárias republicanas no ano que vem, devido a seus esforços para reverter sua derrota para o democrata Joe Biden em 2020 e aos distúrbios em Washington, D.C., em janeiro de 2021.

##RECOMENDA##

Esses recursos se baseiam na 14ª Emenda da Constituição americana, segundo a qual os funcionários que juram apoiar a Carta Magna podem ser impedidos de ocupar cargos futuros, se for comprovada a "participação em uma insurreição".

A mais alta corte de Michigan decidiu, em uma breve sentença, que "não estava convencida de que as questões apresentadas deveriam ser respondidas por esse tribunal".

Tribunais de instâncias inferiores desse estado rejeitaram o caso por motivos de procedimento no início do processo, que foi confirmado em recurso. Isto significa que nunca se abordou a questão sobre se Trump participou, ou não, da insurreição.

Até o momento grande favorito dos republicanos para 2024, Trump celebrou a decisão de Michigan e classificou as tentativas de tirá-lo da disputa como "uma manobra patética para fraudar a eleição".

A decisão desta quarta-feira se contrapõe ao anúncio recente da Suprema Corte do Colorado, que ordenou a exclusão de Trump das cédulas para as primárias, por seu papel nos tumultos protagonizados pelos seus apoiadores. Seus detratores afirmam que o ex-presidente incitou, com discursos feitos antes da invasão ao Congresso, que se impedisse a certificação de Biden como presidente.

A Justiça do Colorado congelou sua decisão até 4 de janeiro, em antecipação a um esperado recurso dos advogados de Trump à Suprema Corte dos EUA.

O processo de Michigan foi apresentado em setembro pelo Free Speech For People, um grupo de defesa da democracia que também entrou, sem sucesso, com ações contra Trump nos estados de Minnesota e Oregon.

Mais de 1.100 pessoas foram acusadas pelo ataque de 6 de janeiro à sede do Poder Legislativo americano, um ato que conseguiu atrasar por várias horas a certificação de Biden.

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, "exigiu" um pedido de desculpas da revista Forbes após ter sido excluído pela segunda vez em três anos da lista dos 400 americanos mais ricos. "Eu exijo formalmente um pedido de desculpas da falida revista Forbes", escreveu Trump na quarta-feira, 11, no Truth Social, rede social ele mesmo criou depois de ser expulso das plataformas devido ao ataque ao Capitólio em 6 de janeiro. As informações são de reportagem do jornal britânico The Guardian.

Trump sempre esteve na lista desde 1990, com exceção de 2021. Na semana passada, a lista divulgada pela Forbes afirmou que a fortuna líquida do ex-presidente diminuiu em US$ 600 milhões em relação ao ano passado. Na rede social, Trump criticou "escritores realmente burros designados para me atacar".

##RECOMENDA##

Ele também reclamou do editor sênior da revista, Dan Alexander, pelas "muitas matérias falsas e difamatórias [da Forbes] que escreveu sobre mim". Alexander também é autor do livro de 2020, Casa Branca Inc: Como Donald Trump Transformou a Presidência em um Negócio (em tradução livre para português).

Trump também disse na postagem que a Forbes "cooperou" com Letitia James, a procuradora-geral democrata do estado de Nova York que processou Trump, seus filhos adultos e seu negócio. Ele ainda a chamou de "racista e incompetente".

O post de Trump ainda cita uma desinformação de que a Forbes é "propriedade do governo comunista chinês, e a China fará qualquer coisa para impedir Maga", uma referência ao seu slogan de campanha, "Tornar a América grande novamente".

Um grupo de cidadãos anticorrupção apresentou, nesta quarta-feira (6), uma ação em Colorado para impedir que Donald Trump participe das eleições presidenciais de 2024, alegando que suas ações durante as eleições de 2020 o tornariam inelegível.

Este recurso marca o mais recente episódio de um debate jurídico desencadeado pela histórica acusação do ex-presidente republicano em 1º de agosto por seus supostos esforços ilegais para anular os resultados da votação, que seu oponente democrata Joe Biden venceu.

##RECOMENDA##

Para apoiar sua ação, o grupo Cidadãos pela Responsabilidade e Ética (Crew, sigla em inglês) invoca a 14ª emenda à Constituição, adotada em 1868, que exclui da responsabilidade pública qualquer pessoa que, tendo jurado defender a Constituição, participe de atos de "rebelião".

Este texto foi usado pelo menos oito vezes na história, segundo o Crew, mas apenas uma vez em mais de um século, em 2022.

Os peticionários argumentam que os esforços de Trump para reverter os resultados de 2020 "culminaram em 6 de janeiro de 2021" com sua participação em "uma rebelião violenta no Capitólio" e constituem uma violação de seu juramento quando assumiu o cargo quatro anos antes de "defender a Constituição".

Portanto, eles pedem às autoridades eleitorais do Colorado que retirem as cédulas com o nome de Donald Trump das primárias republicanas, nas quais ele é atualmente o grande favorito, bem como de qualquer eleição subsequente no estado.

Em outros estados, procedimentos semelhantes foram iniciados.

Trump, que enfrenta quatro acusações criminais, duas delas por suas ações durante as eleições de 2020 - uma a nível federal e outra no estado da Geórgia -, recentemente protestou em sua rede social Truth contra esses argumentos. "Eles não têm base legal", disse ele.

A juíza federal Tanya Chutkan marcou nesta segunda-feira (28) a data de 4 de março de 2024 para o julgamento de tentativa de subversão eleitoral de Donald Trump – colocando um dos maiores casos criminais da história americana no auge da temporada eleitoral.

A decisão estabelece o início do julgamento apenas um dia antes da "Superterça", quando mais de uma dúzia de estados vota nas primárias republicanas para escolher o candidato do partido para as eleições presidenciais de 2024.

Trump enfrenta acusações de conspiração para anular as eleições de 2020, nas quais foi derrotado pelo democrata Joe Biden.

O procurador especial Jack Smith queria iniciar o julgamento em 2 de janeiro de 2024, enquanto a defesa do ex-presidente propôs abril de 2026, em torno de 17 meses após as eleições.

"Definir uma data para o julgamento não depende das obrigações profissionais do acusado, então o senhor Trump terá de organizar as coisas para essa data", afirmou a juíza do Tribunal de Distrito dos EUA, Tanya Chutkan, depois de dizer à defesa que um atraso de dois anos é demais.

A data escolhida pode ser fundamental para as aspirações do republicano de voltar à Casa Branca.

Na sua rede social Truth Social, Trump exigiu que o caso fosse arquivado, chamou o procurador Smith de "transtornado" e acusou Biden de semear "divisão, raiva e ódio".

"Isso só vai piorar, porque esses lunáticos transtornados não conhecem limites. Algum dia, porém, a sanidade prevalecerá novamente", publicou Trump, enquanto Chutkan começava a ouvir argumentos das partes para marcar a data de julgamento no tribunal federal em Washington, D.C.

Trump se declarou inocente das acusações quando compareceu ao tribunal no início de agosto e não precisou comparecer à audiência desta segunda-feira.

O magnata de 77 anos enfrenta quatro acusações criminais este ano: duas de Smith, e uma, de procuradores estaduais em Nova York e na Geórgia.

Mas o caso perante Chutkan pode representar o maior perigo jurídico para Trump, especialmente se acabar sendo o primeiro do que se apresenta como uma agenda jurídica lotada.

"O presidente Trump não é uma pessoa comum. Ele é muito inteligente e conhece o assunto", disse sua advogada, Alina Habba, ao "Fox News Sunday", quando questionada sobre como seu cliente se prepararia para seus próximos julgamentos.

"Ele também conhece os fatos porque os viveu", acrescentou.

- Ataque ao Capitólio -

Trump será julgado em Nova York no final de março sob a acusação de pagar dinheiro para uma estrela pornô. Em maio, enfrentará um tribunal estadual da Flórida por supostamente ter levado documentos secretos do governo quando deixou a Casa Branca.

Trump e outros 18 réus também enfrentam acusações de crime organizado na Geórgia por seus esforços para anular o resultado das eleições de 2020 nesse estado do sul. O juiz da Geórgia ainda não definiu a data do julgamento.

O caso perante a juíza Chutkan acusa Trump de conspiração para enganar os Estados Unidos e conspiração para obstruir o processo oficial, a sessão do Congresso de 6 de janeiro de 2021 que foi atacada por uma multidão de apoiadores do ex-presidente.

Único réu neste processo, Trump também é acusado de tentar privar cidadãos americanos do direito ao voto, com falsas afirmações de que venceu as eleições de 2020.

Whit Ayres, um consultor político republicano, disse que, se Trump for absolvido no seu primeiro julgamento, isso praticamente garante-lhe a indicação presidencial do partido.

"Não conheço nenhuma maneira de impedir isso", disse ele.

"Mas, se ele for condenado por um crime grave, não sei como as pessoas reagiriam, porque nunca tivemos nada remotamente parecido", acrescentou.

"Imagino que uma acusação criminal, talvez associada a algum tempo de prisão, faria pelo menos algumas pessoas repensarem seu apoio", especulou.

Chutkan, de 61 anos, indicada pelo ex-presidente democrata Barack Obama, proferiu algumas das sentenças mais duras contra os invasores do Capitólio, e Trump acusou-a de ser "muito partidária" e "muito parcial".

A juíza também tem antecedentes jurídicos com Trump: decidiu contra ele em um caso de novembro de 2021, dizendo, em sua sentença, que "os presidentes não são reis".

A equipe de campanha de Donald Trump afirmou neste domingo (27) que arrecadou US$ 7,1 milhões (cerca de R$ 35 milhões, na cotação atual) desde que a foto de ficha policial do ex-presidente republicano acusado na Geórgia foi publicada na quinta-feira.

Acusado de tentar manipular os resultados das eleições presidenciais de 2020 neste estado do sul dos Estados Unidos, Trump foi fotografado para seu registro policial em uma prisão de Atlanta, uma situação inédita para um ex-presidente americano.

Na imagem, o favorito à nomeação republicana para a eleição de 2024 aparece com a cabeça ligeiramente inclinada para baixo e encarando a câmera com um semblante fechado.

Nas suas três acusações criminais anteriores, o magnata conseguiu escapar desta exigência do protocolo policial.

Desde sua publicação, a equipe de campanha do republicano aproveitou a visibilidade para se dirigir aos "patriotas" americanos, afirmando em um comunicado que "o Estado paralelo tenta fazer do presidente Trump o inimigo público número um por ousar desafiar a classe dirigente corrupta de Washington".

Em um comunicado à AFP no domingo, o porta-voz da campanha do empresário confirmou que "quase US$ 20 milhões (em torno de R$ 98 milhões) foram arrecadados nas últimas três semanas, coincidindo com a acusação em Washington e a fotografia de identificação judicial em Atlanta".

Foram "US$ 7,1 milhões desde quinta-feira" e "US$ 4,18 milhões (R$ 20,3 milhões) ontem (sábado)", configurando a maior arrecadação de fundos "em um dia em toda a campanha", escreveu Steven Cheung. A informação, entretanto, não pôde ser verificada de forma independente pela AFP.

Na plataforma X (antigo Twitter), Cheung pediu à mídia que "continue mostrando" a foto, adicionando também uma versão da imagem em maior resolução.

Camisetas, canecas, adesivos e outros itens foram produzidos e distribuídos por sua equipe horas após a divulgação da fotografia, possivelmente agora uma das mais famosas da história americana.

Embora ela não simbolize o fim das ambições políticas de muitos outros candidatos, Trump a utiliza para se mostrar como vítima de uma perseguição e de uma "caça às bruxas" orquestrada pelos democratas do presidente Joe Biden.

No entanto, membros do Partido Democrata também usaram a imagem para reafirmar que ninguém está acima da lei.

O próprio Biden brincou ao ser questionado por repórteres sobre o assunto na sexta-feira: "Eu a vi na televisão. Um garoto bonito", disse.

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump voltou a publicar uma mensagem no X (ex-Twitter), após ter abandonado a plataforma em janeiro de 2021. Ele divulgou a foto tirada nesta quinta-feira (24) em seu fichamento em uma prisão no condado de Fulton, quando pagou US$ 1 milhão de fiança para ficar livre, durante a investigação de manipulação nas últimas eleições presidenciais que ocorre na Geórgia.

Na mensagem, Trump coloca a imagem com a legenda "manipulação eleitoral", e acrescenta que é preciso "nunca se render". Há ainda o endereço do site de Trump.

##RECOMENDA##

Antes, o ex-presidente americano havia anunciado que não voltaria ao Twitter. Trump chegou a ter a conta banida, mas ela foi posteriormente reativada, mas em novembro de 2022 ele havia comentado que preferia continuar a usar a plataforma Truth Social, criada por seu próprio grupo de mídia.

[@#video#@]

O ex-presidente dos EUA Donald Trump disse, nessa terça-feira (18), que recebeu uma carta do Departamento de Justiça informando que ele é alvo da investigação sobre a tentativa de anular a eleição presidencial de 2020, que resultou no ataque de seus apoiadores ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.

A mensagem pede que ele compareça para prestar esclarecimentos à Justiça em até quatro dias - o que ele dificilmente fará, segundo aliados. A carta significa que os investigadores reuniram evidências suficientes que ligam Trump a um crime, um indício forte de que o indiciamento está próximo.

##RECOMENDA##

Trump recebeu a carta no domingo (16), mas só compartilhou detalhes ontem, incluindo uma foto do recibo da carta postada em suas redes sociais. Na legenda, ele chamou de "louco" o procurador especial, Jack Smith, que comanda as investigações.

A carta foi a segunda que Trump recebeu de Smith. A primeira, em junho, era relacionada ao inquérito sobre documentos secretos encontrados pelo FBI em sua mansão na Flórida. Dias depois que a carta se tornou pública, Trump foi indiciado com base na Lei de Espionagem.

O ex-presidente ainda enfrenta outros problemas legais. Além do caso dos documentos secretos e da tentativa de mudar o resultado da eleição de 2020, ele está apelando da condenação por abuso sexual e difamação da escritora E. Jean Caroll, aguarda julgamento por ter falsificado documentos ligados ao pagamento da atriz pornô Stormy Daniels e corre o risco de ser indiciado em uma investigação estadual sobre seu esforço para mudar o resultado da eleição na Geórgia.

Favorito

Embora esteja flertando com a cadeia, Trump ainda é favorito para vencer as primárias republicanas, que começam em janeiro - ele lidera todas as pesquisas e está à frente do presidente Joe Biden na maioria delas. Pela lei americana, não há obstáculos legais para concorrer à presidência sendo indiciado, condenado ou mesmo atrás das grades. Em 1920, o candidato socialista Eugene Debs recebeu quase 1 milhão de votos de dentro da cadeia.

O ex-presidente não detalhou o conteúdo da carta. Por isso, não se sabe quais seriam as acusações contra ele. A investigação de Smith examinou os esquemas usados por Trump para mudar o resultado da eleição de 2020, incluindo os eventos em torno da tentativa de golpe, em 6 de janeiro de 2021, quando seus apoiadores invadiram o Congresso.

O ex-presidente passou semanas após a eleição de 2020 insistindo que havia vencido e procurando maneiras de permanecer no poder, considerando se deveria usar o aparato do governo para apreender urnas. Por fim, ele encorajou uma multidão em um comício a marchar até o Capitólio durante a certificação da vitória de Biden.

"O louco Jack Smith, promotor de Joe Biden, enviou uma carta afirmando que sou um alvo da investigação do 6 de Janeiro, me dando apenas quatro dias para me apresentar à Justiça, o que quase sempre significa prisão e indiciamento", disse Trump em suas redes sociais. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (18) que recebeu uma carta da Procuradoria sugerindo que ele provavelmente será indiciado criminalmente pelos distúrbios durante o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, um novo obstáculo no caminho do favorito à indicação republicana para as eleições de 2024.

"O transtornado Jack Smith, procurador do Departamento de Justiça do (presidente dos Estados Unidos) Joe Biden, enviou uma carta (...) declarando que sou um ALVO da investigação do Grande Júri sobre o 6 de janeiro", afirmou Trump em sua rede social, a Truth Social.

Ao ser procurado pela AFP, o porta-voz do procurador especial Smith preferiu não comentar o caso.

Naquele dia, milhares de apoiadores de Trump invadiram o Capitólio para tentar impedir que a vitória eleitoral do democrata Joe Biden fosse certificada.

Desde então, mais de mil pessoas foram presas e cerca de 350 delas foram acusadas de agredir policiais ou de resistir à autoridade. Alguns membros de milícias de extrema direita foram condenados por sedição.

O ex-presidente, favorito entre os republicanos para ser o candidato do partido na eleição presidencial de 2024, disse que recebeu "um prazo muito curto de quatro dias" para comparecer diante de um grande júri, "o que quase sempre significa Prisão e Indiciamento".

De acordo com o Washington Post, uma carta informando a uma pessoa que está sendo investigada não implica que ela será acusada.

"Esta caça às bruxas tem tudo a ver com interferência eleitoral e um uso completo e total da aplicação da lei como arma política", disse Trump, de 77 anos.

Trump argumentou que tem o "direito de protestar" porque está "totalmente convencido" de que o processo eleitoral "foi fraudado e roubado".

O Departamento de Justiça "emitiu efetivamente uma terceira acusação e pedido de prisão do OPONENTE POLÍTICO NÚMERO UM de Joe Biden, que está dominando amplamente a corrida pela Presidência", afirmou Trump.

"Nada semelhante aconteceu antes em nosso país", acrescentou.

Uma comissão parlamentar, dissolvida no início deste ano pela nova maioria republicana na Câmara baixa, investigou se Trump desempenhou um papel nos atos violentos daquele dia.

O painel, formado principalmente por democratas, disse que o ex-presidente havia incentivado seus apoiadores antes do ataque e "falhou em seu dever como comandante-em-chefe" durante os atos violentos.

Em seu relatório final divulgado em dezembro de 2022, a comissão concluiu que Donald Trump não deveria ocupar cargos públicos novamente após incitar seus apoiadores à insurreição.

Seus membros também recomendaram que os tribunais federais instaurassem processos criminais contra ele, principalmente por incitação à insurreição.

Nesta terça-feira, Trump não especificou as possíveis acusações contra ele nesta investigação.

- Outros casos -

Trump já foi indiciado em uma investigação federal sobre documentos confidenciais, também liderada por Jack Smith. Ele é acusado de se recusar a devolver documentos confidenciais que supostamente guardou quando deixou a Casa Branca.

Em meados de junho, ele se declarou não culpado das acusações pelas quais será julgado. Uma audiência de julgamento está marcada para terça-feira.

Os promotores do caso querem que o julgamento comece em dezembro, enquanto os advogados de Trump pedem que seja realizado após as eleições presidenciais de novembro de 2024.

Nikki Haley, adversária de Trump na disputa pela indicação republicana, denunciou nesta terça na Fox News uma "nova distração" que, à margem das primárias, está focando a atenção nos problemas legais do ex-presidente.

O líder republicano na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, acusou Biden, que tentará se reeleger em 2024, de usar o judiciário americano para "atacar seu adversário número um".

O congressista democrata Adam Schiff classificou como "patéticas" as declarações de McCarthy e afirmou ser "vergonhoso proteger um ex-presidente corrupto".

O bilionário republicano também foi indiciado pela Procuradoria do Estado de Nova York por várias acusações de fraude contábil, devido a um pagamento feito antes da eleição presidencial de 2016 para silenciar uma atriz pornô.

Por fim, uma promotora da Geórgia anunciará, antes de setembro, o resultado de sua investigação sobre a pressão que Trump teria exercido para tentar mudar o resultado das eleições presidenciais de 2020 neste estado do sul do país.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, tentou restabelecer sua cambaleante candidatura à presidência dos Estados Unidos nesta terça-feira (18), em sua primeira grande entrevista para um veículo não conservador, um esforço ofuscado pelos litígios legais de Donald Trump, favorito nas primárias republicanas.

Minutos antes de DeSantis falar para a rede CNN, Trump anunciou que esperava ser indiciado pela terceira vez, agora como parte de uma investigação federal sobre seu papel nos esforços para reverter os resultados das eleições de 2020.

DeSantis, de 44 anos, planejava fazer barulho com o anúncio de uma política para erradicar o "wokeness" (caráter ultraprogressista) nas forças militares, mas, logo de início, foi perguntado sobre o ex-presidente e sua entrevista foi relegada à segunda metade do programa conforme os analistas se encarregavam das notícias sobre Trump.

"Espero que [Trump]não seja acusado. Não acredito que isto seja bom para o país. Mas, ao mesmo tempo, tenho que focar em olhar para frente e isso é o que vamos fazer", disse o governador.

DeSantis tem sido criticado por não ser suficientemente duro contra Trump, que lidera as pesquisas e ampliou a margem que os separa, que chegou a ser de 13 pontos em janeiro e agora é superior a 30.

Apesar de DeSantis ter lutado para se apresentar como uma alternativa ao ex-presidente, os analistas advertiram sobre sua falta de jeito ao lidar com o público nos atos de campanha, suas políticas de ultradireita e alguns passos em falso que foram dados em política externa.

Até agora, o governador da Flórida só havia dado entrevistas a meios identificados com a direita, por isso foi acusado de ter medo de enfrentar jornalistas fora do sua "zona de conforto".

Trump, de 77 anos, é réu em dois processos e enfrenta mais de 70 acusações penais, entre as quais estão fraude financeira pelo pagamento em sigilo pelo silêncio de uma atriz pornô e por se negar a entregar documentos secretos após deixar a Casa Branca.

Espera-se que os promotores do estado da Geórgia, no sul do país, decidam no mês que vem se o acusam pela tentativa de reverter os resultados desse estado nas eleições presidenciais de 2020.

Os Estados Unidos se reintegraram oficialmente, nesta sexta-feira (30), à Unesco, da qual saíram em 2018 sob a presidência Donald Trump, informou essa agência da ONU dedicada à educação, ciência e cultura.

O pedido de readmissão foi aprovado durante uma conferência geral extraordinária da organização por 132 votos. Houve ainda 15 abstenções e 10 votos contra, entre eles os de Irã, Síria, China e sobretudo Rússia, que multiplicou os procedimentos e emendas para atrasar a votação.

##RECOMENDA##

"A resolução foi adotada", proclamou o presidente da assembleia, o brasileiro Santiago Irazabal Mourão, seguido de uma salva de palmas.

Os Estados Unidos anunciaram, em outubro de 2017, sua saída da organização, denunciando seu "persistente viés anti-israelense". Sua saída, junto a de Israel, se tornou efetiva em dezembro de 2018.

O país suspendeu seu aporte financeiro à Unesco desde 2011, sob a presidência de Barack Obama, privando a entidade de 22% do seu orçamento.

Mas o governo de Joe Biden propôs em junho, em uma carta à diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, "um plano" de reintegração à organização, sediada em Paris.

- Dívida de 619 milhões de dólares -

A dívida americana contraída entre 2011 e 2018 com a Unesco se eleva a atualmente a 619 milhões de dólares (aproximadamente R$ 3 bilhões na cotação atual), um montante superior ao orçamento anual da organização, avaliado em 534 milhões de dólares (aproximadamente R$ 2,6 bilhões).

Washington informou em sua carta a Azoulay que pediu ao Congresso americano o pagamento de 150 milhões de dólares (aproximadamente R$ 730 milhões) para o exercício fiscal de 2024, uma contribuição que será mantida nos próximos anos "até a liquidação dos atrasos".

A reintegração americana se dá em um contexto de crescente rivalidade com a China, que deseja transformar a ordem multilateral internacional criada após a Segunda Guerra Mundial e da qual a Unesco faz parte.

A Unesco também foi palco de intensos debates desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.

Um diplomata russo expressou sua decepção pelo retorno dos EUA à entidade.

"Estaríamos dispostos a acolher favoravelmente a vontade de Washington", que "permitiria reforçar nossa organização", mas "consideramos que tentam nos arrastar para um mundo paralelo, que supera todas as descrições absurdas dos livros de Lewis Carroll", o autor de "Alice no país das maravilhas", declarou.

"Nesse espaço deformado, quem defende a democracia e a primazia do direito tenta nos arrastar para uma violação das regras e se apropriar de direitos privilegiados", acrescentou, avaliando que Washington deveria pagar toda sua dívida com a Unesco antes de ser readmitido.

O deputado do Partido Republicano dos Estados Unidos George Santos fez um acordo nesta sexta-feira (12) com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e confessou que cometeu fraude em um processo que responde desde 2008.

O agora político norte-americano, que é filho de brasileiros, era acusado de usar cheques roubados de um idoso que sua mãe cuidava em Niterói para comprar sapatos.

##RECOMENDA##

Ao todo, ele gastou mais de R$ 2,1 mil. Como parte do acordo, Santos pagará uma multa de R$ 24 mil.

A investigação contra o deputado havia sido paralisada porque a Justiça não conseguia notificá-lo, mas a ação foi retomada por conta de sua candidatura nos EUA. 

Além desse processo no Brasil, o republicano foi indiciado nesta semana em Nova York por 13 acusações, incluindo fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e declarações falsas.

Após ser eleito, a mídia nova iorquina - área que o elegeu - revelou uma série de mentiras contadas por Santos em todos os aspectos de sua vida. Entre as principais, estão informações falsas sobre formação universitária, locais de trabalho e mentiras sobre a história da família.

Da Ansa

Um julgamento civil por estupro contra o ex-presidente Donald Trump, acusado pela jornalista americana E. Jean Carroll de tê-la estuprado nos anos 1990, começou nesta terça-feira (25) com a seleção do juri em um tribunal nova-iorquino.

A escritora e ex-jornalista garante que Trump a estuprou nos provadores de uma loja de Nova York e depois a difamou quando ela o acusou publicamente anos mais tarde.

Trump, de 76 anos, enfrenta uma série de problemas legais que ameaçam suas aspirações de chegar novamente à Casa Branca nas eleições de 2024.

O julgamento civil, realizado após a queixa apresentada por Carroll contra Trump, começa poucas semanas depois da imputação penal do ex-presidente pela Procuradoria de Nova York por um suposto suborno de uma estrela pornô.

Carroll, ex-colunista da revista Elle, alega que foi estuprada por Trump no provador da luxuosa Bergdorf Goodman, em Nova York, na Quinta Avenida, em 1995 ou 1996.

Segundo a denunciante, de 79 anos, o estupro aconteceu logo depois que Trump lhe pediu opinião para comprar uma lingerie de presente.

Carroll, que compareceu nesta terça ao tribunal, descreveu os fatos pela primeira vez em um livro que teve um trecho publicado pela New York Magazine em 2019.

Trump respondeu, então, que não conhecia Carroll, que ela não era seu "tipo" e que estava "mentindo totalmente".

Carroll processou Trump por difamação em 2019, mas não pôde incluir a acusação de estupro porque já havia expirado o prazo para apresentá-la.

Porém, em 24 de novembro de 2022, uma nova lei entrou em vigor em Nova York, a "Adult Survivors Act", que permite, durante um ano, que vítimas de ataques sexuais apresentem ações na esfera civil.

Com base nesta lei, os advogados de Carroll apresentaram, então, uma nova ação na qual acusam Trump de "apalpá-la, tocá-la e estuprá-la".

Trump também é acusado de difamação por uma mensagem em sua rede social Truth Social em outubro, na qual nega as acusações de estupro e se refere à Carroll como uma "vigarista completa".

- "Dano psicológico" -

A ação civil pede indenizações por perdas e danos por "dor e sofrimento significativos, danos psicológicos e financeiros duradouros, perda da dignidade e autoestima e invasão de intimidade". Também pede que Trump se retrate de seus comentários.

Cerca de dez mulheres acusaram Trump de conduta sexual inapropriada. Ele sempre negou as acusações e nunca precisou responder por isso em um tribunal.

O caso Carroll não correrá na esfera penal, mas se Trump perder será, pela primeira vez, considerado legalmente responsável por uma acusação de agressão sexual.

O ex-presidente falou sob juramento no caso e não é esperado que preste depoimento como testemunha no julgamento, que pode durar de uma a duas semanas, já que os advogados de Carroll declararam que não tem a intenção de arrolá-lo.

Trump é o primeiro presidente americano, que já foi acusado criminalmente - no início de abril-, por 34 delitos pelo suposto pagamento oculto, em dinheiro, para comprar o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels, na reta final da campanha eleitoral de 2016, sobre uma suposta relação que mantiveram uma década antes, que o magnata sempre negou.

O magnata também é investigado por tentar reverter sua derrota nas eleições de 2020 no estado da Geórgia(sul), por uma suposta má gestão de documentos oficiais retirados da Casa Branca e por um possível envolvimento no ataque ao Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021.

O ex-presidente dos EUA Donald Trump quer participar à distância de um julgamento em Manhattan por acusações de ter estuprado uma mulher há quase 30 anos. Segundo Joseph Tacopina, advogado de Trump, ele quer poupar os nova-iorquinos de engarrafamentos, ruas bloqueadas e alta segurança que inevitavelmente o acompanhariam.

O julgamento ocorre por conta de uma ação movida por E. Jean Carroll, que acusou Trump de atacá-la no vestiário de uma loja de departamentos da Quinta Avenida, em Nova York, nos anos 90. O julgamento está marcado para começar no dia 25 no Tribunal Distrital dos EUA, em Manhattan.

##RECOMENDA##

O advogado destacou que Trump só poderia comparecer ao julgamento de forma presencial se os seus movimentos fossem coordenados todos os dias em que ele estivesse presente, com a utilização de uma equipe avançada do serviço secreto e o desenvolvimento de um plano tático.

Distúrbio

"Como parte desse plano", escreveu Tacopina em uma carta, "os andares do tribunal precisariam ser trancados, os elevadores fechados, os funcionários do tribunal seriam confinados em seus escritórios e o público restrito à área".

A carta pedia que a presença de Trump fosse dispensada "a menos que ele seja chamado por qualquer uma das partes para testemunhar" no julgamento.

A advogada de Carroll, Roberta Kaplan, respondeu em uma carta ao juiz, na quarta-feira, chamando o pedido de Trump de frívolo. "A noção de que o senhor Trump não apareceria em uma espécie de favor para a cidade de Nova York - e o júri deveria ser instruído quanto a isso - sobrecarrega a credulidade dos crédulos", escreveu Kaplan.

A advogada observou que alguns dos casos mais importantes do país, incluindo alguns envolvendo terrorismo, foram julgados no tribunal federal de Manhattan, que, segundo Kaplan, está "totalmente equipado para lidar com qualquer ônus logístico".

A advogada também acrescentou que Trump participou de diversos eventos nas últimas semanas, como uma luta de vale-tudo, e agendou um evento de campanha no Estado de New Hampshire em 27 de abril.

Trump enfrenta um escrutínio jurídico histórico para um ex-presidente no momento em que tenta emplacar sua candidatura às eleições de 2024. No dia 4, Trump se declarou inocente de 34 acusações criminais de falsificação de registros em conexão com uma investigação sobre pagamentos à ex-atriz pornô Stormy Daniels, com quem ele teria tido um caso. Isso fez dele o primeiro ex-presidente a ser indiciado por uma acusação criminal na história dos EUA. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Donald Trump apresentou, nesta quarta-feira (12), uma ação multimilionária contra seu ex-advogado, Michael Cohen. Ele é testemunha-chave no caso em que o ex-presidente foi acusado na semana passada pela justiça de Nova York.

A ação, apresentada em um tribunal federal na Flórida, acusa Cohen de ter violado o sigilo profissional e o acordo de confidencialidade que os unia, e pede 500 milhões de dólares (R$ 2,474 bilhões) por perdas e danos.

##RECOMENDA##

"O demandado não cumpriu seus deveres fiduciários para com o demandante, em virtude de sua relação advogado-cliente, ao revelar confidências" de Trump e "difundir falsidades" que "podem ser embaraçosas e prejudiciais" para o ex-presidente, diz a ação.

Cohen testemunhou diante do grande júri convocado pelo promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg. Trump é acusado de 34 crimes de falsificação relacionados a um pagamento de propina à atriz pornô Stormy Daniels antes das eleições de 2016.

O ex-advogado do magnata republicano assegura que tratou da entrega de 130.000 dólares (cerca de R$ 420 mil, em valores da época) em troca de seu silêncio. Daniels assegura ter tido um caso extraconjugal com Trump em 2006.

Trump, o primeiro ex-presidente na história dos Estados Unidos a ser processado penalmente, se declarou inocente das acusações em 4 de abril em um tribunal de Manhattan.

Na ação que apresentou nesta quarta, o ex-mandatário afirma que sua reputação sofreu "um grande dano" pelo não cumprimento do acordo de confidencialidade por parte de Cohen.

Trump pede um julgamento com júri e uma compensação que "espera superar substancialmente os 500 milhões de dólares", segundo a ação penal.

O multimilionário de 76 anos tem estado implicado em dezenas de processos nas últimas décadas e tem um longo histórico de ataques a seus oponentes nos tribunais.

Espera-se que Cohen, de 56 anos, seja uma testemunha estrela da acusação, se o processo penal contra Trump em Manhattan for a julgamento.

O ex-advogado foi condenado a três anos de prisão por vários delitos, entre eles o caso do pagamento a Daniels e uma acusação de evasão fiscal.

Trump, que quer voltar a disputar a Casa Branca em 2024, negou qualquer crime e assegura que é vítima de uma "caça às bruxas" política por parte do promotor do distrito de Manhattan, que é democrata, com a intenção de sabotar sua campanha presidencial.

A atriz pornô Stormy Daniels, que está no centro do caso que levou ao indiciamento de Donald Trump nos Estados Unidos, concedeu sua primeira entrevista desde que ele se apresentou à Justiça. Ela comemorou ter visto o ex-presidente virando réu e disse esperar que ele seja responsabilizado, mas não acredita que Trump mereça ser preso por seu caso especificamente.

"Não acho que os crimes dele contra mim sejam dignos de prisão", afirmou ela em entrevista publicada nesta quinta-feira, 6, pela Fox Nation. "Eu sinto que as outras coisas que ele fez, se ele for considerado culpado, absolutamente".

##RECOMENDA##

Daniels, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford, celebrou o que descreveu ter sido um "rei sendo destronado" ao assistir Trump entrar no tribunal de Manhattan na terça-feira. "Achei que ele iria se safar e não ser responsabilizado", disse. "Ele não é mais intocável, ninguém deveria ser intocável. Não importa qual seja a descrição do seu trabalho, se você é o presidente, você deve ser responsabilizado por suas ações".

Trump se declarou inocente das 34 acusações de falsificação de registros financeiros feitas contra ele e tornadas públicas depois que ele se entregou à Justiça na terça-feira. Segundo a promotoria de NY, o objetivo de Trump ao cometer essa fraude seria esconder ao menos três de seus casos extraconjugais do público, antes da eleição americana de 2016, por meio do suborno das pessoas envolvidas.

O caso começou com um pagamento clandestino de US$ 130 mil que o agente de Trump, Michael Cohen, fez à Stormy Daniels, nos últimos dias da campanha de 2016. Além da estrela pornô, também teriam recebido dinheiro de Trump: a ex-modelo da Playboy Karen McDougal e um porteiro da Trump Tower que dizia ter provas de que o republicano teve um filho fora do casamento.

Ao ver Trump entrar no tribunal, ela disse que teve uma "mistura de emoções", mas principalmente tristeza e choque. "Fui a faísca que deu a primeira explosão". Ela afirmou que concordaria em testemunhar contra Trump em um próximo julgamento e disse não ter ódio do ex-presidente "apenas pena".

Os advogados de Trump têm até agosto para apresentar contestações ao processo e outras fases ainda devem se arrastar por meses, coincidindo com a campanha eleitoral para 2024, em que Trump já se lançou como candidato. Trump diz que não há nada ilegal contra ele e que o caso é uma perseguição política.

A falsificação de registros contábeis pode ser considerada uma contravenção, que normalmente não resultaria em prisão. Mas se torna crime - resultando em até quatro anos de prisão - se houver a intenção de cometer ou ocultar um segundo delito. Segundo o promotor público de Manhattan Alvin Bragg, os falsos registros contábeis de Trump tinham a intenção de encobrir supostas violações das leis eleitorais estaduais e federais.

O comparecimento do ex-presidente ao tribunal na terça - algo sem precedentes na história americana - foi apenas um passo no que provavelmente será um longo processo legal. Nas próximas etapas, a defesa de Trump tentará convencer o juiz do caso, Juan Merchan, a arquivar a denúncia. Caso isso não ocorra, durante as audiências que antecedem o julgamento, Trump terá de se declarar perante a Corte se é culpado ou inocente. Se não houver acordo entre defesa e acusação, o caso vai a júri popular. Por ser réu primário e idoso, dificilmente Trump será condenado à pena máxima, já que há atenuantes, segundo juristas americanos.

O caso de Nova York, porém, é apenas uma das muitas preocupações legais que Trump enfrenta. Os promotores da Geórgia estão investigando as tentativas de Trump e seus aliados de anular sua derrota nas eleições de 2020 no Estado. Também há uma investigação federal que avalia se documentos secretos do governo foram submetidos a manipulação criminosa na mansão de Trump na Flórida. E por último, e talvez a mais grave, tentativas do ex-presidente e seus aliados revogar os resultados das eleições presidenciais no nível federal.

Um grande júri em um tribunal de Nova York votou para autorizar o indiciamento do ex-presidente americano Donald Trump, no caso que investiga o pagamento de suborno a atriz pornô Stormy Daniels para ocultar um caso que ela teve com o republicano antes de sua campanha a presidente em 2016. A decisão do júri foi obtida nesta quinta-feira, 30, pelo jornal The New York Times e confirmada por um dos advogados do ex-presidente à agência Associated Press.

A abertura de um processo criminal contra Trump, pré-candidato nas eleições de 2024, deve ter implicações políticas tanto no Partido Republicano, no qual ele é favorito nas primárias contra o governador da Flórida, Ron DeSantis. Há duas semanas, Trump tentou mobilizar seus seguidores ao anunciar que seria preso. Uma detenção, no entanto, ainda não está no horizonte.

##RECOMENDA##

A procuradoria do Estado de NY deve apresentar formalmente nos próximos dias as acusações contra o ex-presidente. Como o processo está sob segredo, ainda não estão claros por quais nem quantos crimes Trump responderá. Com isso, Trump se torna o primeiro ex-presidente da história dos Estados Unidos a responder formalmente por um crime.

Pela lei americana, que é inspirada no direito britânico, a procuradoria pode recorrer à votação de um grande júri para que um suspeito de um crime seja indiciado formalmente, em vez de a acusação ser autorizada por um magistrado, como ocorre no Brasil. No caso de Trump, a equipe do procurador Alvin Bragg optou por recorrer à decisão do grande júri sobre o indiciamento do ex-presidente no caso Stormy Daniels.(Com agências internacionais)

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump minimizou, durante um comício em Waco (Texas), no sábado, 25, às acusações da Justiça norte-americana contra ele pelo suposto pagamento de um suborno à atriz de filmes adultos Stormy Daniels. Em tom furioso, diante da multidão que se reuniu para vê-lo no Aeroporto Regional de Waco, Trump sugeriu que o Judiciário do país não tem nada que possa incriminá-lo. "Não tem nada [contra mim]", exclamou.

Trump assegurou sem provas que o gabinete do procurador distrital de Manhattan, Alvin Dragg, está prevaricando e agindo sob a direção do Departamento de "Injustiça" do país para tentar acusá-lo de algo que, em sua opinião, não constitui crime.

##RECOMENDA##

Afirmou ainda que o Departamento de Justiça enviou "agentes" ao escritório do procurador para garantir que "cuidem de Trump" e terminem o que "não conseguiram fazer" em Washington - o ex-presidente costuma atribuir este e outros processos abertos contra ele a uma conspiração dos democratas para que não concorra às eleições de 2024.

Investigação

A investigação da procuradoria de Nova York, que já dura quase cinco anos, se concentra no suposto pagamento de US$ 130 mil por parte da equipe de Trump a Daniels durante a campanha eleitoral de 2016, que o elevou à presidência, em troca do silêncio da atriz pornô sobre uma relação sexual que tiveram em 2006.

Durante o comício deste sábado, Trump não poupou Daniels, a quem chamou de "cara de cavalo", e garantiu que para ele a única mulher sempre foi "a grande primeira-dama", em referência à sua esposa, Melania Trump.

O caso está agora nas mãos de um grande júri, que deve decidir se indicia ou não o ex-presidente. Se Trump for indiciado, se tornará o primeiro ex-presidente dos EUA a enfrentar uma acusação criminal. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando