Atestar domínio de idiomas é necessidade

Universidades e empresas estrangeiras cobram documentos de quem almeja atuar nessas instituições. DELE, DELF e TOELF são alguns exemplos de testes

por Nathan Santos dom, 12/05/2013 - 08:54

Em grupo de bate papo com amigos, na universidade ou no ambiente de trabalho, certamente você vai encontrar alguém que afirme dominar um ou mais idiomas, além da língua materna. Podemos até acreditar, mesmo sem exigir qualquer tipo de prova sobre essa habilidade. Mas, para algumas instituições ou organizações empresariais, o indivíduo não basta apenas dizer ou mostrar que domina uma língua estrangeira. É necessário também um documento que comprove esse domínio, e, por isso, são realizados os testes de proficiência, geralmente promovidos por órgãos educativos do país em estudo.

Os diplomas concedidos após os testes são exigidos, na maioria das vezes, por universidades e outras instituições de ensino localizadas no país da língua em questão, tanto para quem quer estudar ou lecionar. Também podem ser exigidos por grupos empresariais que almejam contratar profissionais que dominem idiomas. A maioria dos exames atesta diferentes níveis de conhecimento, porém, qualquer pessoa pode se submeter a esses certames.

Para atestar a proficiência no idioma espanhol, os Diplomas de Espanhol como Língua Estrangeira (DELE) são aplicados em todo o mundo desde o ano de 1998. A certificação tem reconhecimento internacional e é vinculada ao Ministério da Educação da Espanha.

No Recife, as provas são aplicadas pelo Instituto Cervantes, abrangendo diferentes níveis, desde o conhecimento inicial, até o mais avançado. Nos meses de maio e novembro de cada ano, são realizados os testes de todos os níveis: A1, A2, B1 (nível inicial), B2 (nível intermediário), C1 e C2 (nível superior). Já no mês de agosto, apenas há a realização dos exames para os níveis B1, B2 e C1.

“Qualquer pessoa pode fazer o teste. São vários os objetivos de quem quer ter o diploma. O público que procura o Instituto Cervantes para fazer as provas é, em sua maioria, formado por universitários e profissionais recém formados”, diz a coordenadora pedagógica do Instituto Cervantes na capital pernambucana, Cristina Corral. A própria instituição oferece cursos preparatórios para os candidatos à certificação, porém, o concorrente pode se preparar como quiser. Os preços para a participação nas provas variam de R$ 176 a R$ 341, a depender do nível pretendido. “Cerca de 70 pessoas fazem a prova por período. Em torno de 65% são aprovadas”, comenta Cristina.

As matrículas para provas deste mês de maio (dias 24 e 25) já foram encerradas. Para os exames de agosto, as inscrições iniciarão no dia 1º de julho e seguirão até 26 do mesmo mês. Já para as provas de novembro, as matrículas serão realizadas de 16 de setembro a 18 de outubro. As candidaturas deverão ser feitas no próprio Instituto Cervantes, localizado na Avenida Governador Agamenon Magalhães, 4535, no bairro do Derby, área central do Recife. Outros detalhes informativos sobre os DELE podem ser obtidos no site do Instituto Cervantes.

Francês também pode ser atestado

O Diploma de Estudos de Língua Francesa (DELF) é o primeiro documento outogardo pelo Ministério da Educação da França. Neste exame, é possível atestar um nível de domínio básico e intermediário, tanto no aspecto oral, como no escrito. Os níveis são DELF A1, A2, B1 e B2.

Além do DELF, outra certificação bastante famosa é o Diploma Aprofundado de Língua Francesa (DALF). Seu objetivo é atestar um domínimo aprofundado em francês, por meio de quatro conhecimentos específicos: Vida Cotidiana; Vida Cultural e Artística; Ciências Humanas e Sociais; e Ciências Econômicas e Jurídicas. O Diploma possui os níveis DALF C1 e C2.

“Na França, geralmente quem solicita os diplomas são as universidades. O estudante não pode só dizer que domina o francês. Ele precisa fazer o teste”, explica a coordenadora pedagógica da Aliança Francesa no Recife, Murielle Gonçalves. A instituição é responsável por aplicar os testes em Pernambuco.

Os exames são realizados nos meses de junho e novembro, e, em média, de 30 a 50 pessoas se submetem às provas. Ao todo, as provas têm 100 questões, abordando diversas habilidades, tais como escrita e oral. No momento, as inscrições para o exame de junho foram encerradas, e, entre os meses de agosto e setembro, serão iniciadas as candidaturas para os testes de novembro. As taxas de inscrições variam de R$ 120 a R$ 430, a depender do cargo pretendido.

Atestar o inglês é indispensável

O inglês, como idioma universal, também possui testes de proficiência. O Teste de Inglês como Língua Estrangeira (TOELF) é um deles. O exame não possui nível e qualquer pessoa pode fazer o teste.

O teste pode ser feito pela internet e possui 120 questões. As grandes universidades inglesas, americanas e canadenses, para aceitar os alunos oriundos de outros países, cobram em média 100 acertos. “O que vai diferenciar a pontuação do estudante é o curso que ele almeja entrar”, comenta o diretor pedagógico da Cultura Inglesa, unidade da Madalena, no Recife, Eduardo Santos.

Outras informações sobre o TOELF podem ser obtidas no site da Associação Brasil América, que promove o exame. Acompanhe abaixo com detalhes sobre testes de proficiência com Eduardo Santos:









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