Faça intercâmbio sem sair de 'casa'

Conheça oportunidades para interagir com estrangeiros em terras brasileiras

por Roberta Patu qua, 02/07/2014 - 16:00
Reprodução/Rotarynorbrex Pessoas de várias nacionalidades podem ficar nas casas brasileiras Reprodução/Rotarynorbrex

Se você não tempo e comodidade para fazer um intercâmbio, ainda há uma solução. Estudantes e profissionais podem optar por alternativas divergentes das tradicionais, como fazer um intercâmbio sem sair da sua cidade. Atualmente, é possível trocar experiências através de ações livres socioculturais e socioesportivas. Para participar, os interessados bastam hospedar os estrangeiros, através de vários programas disponíveis.

A possibilidade é ainda maior com o aumento do número de estudantes que vêm ao Brasil.  Segundo dados do Itamaraty, durante os anos de 2012 e 2013, a quantidade de vistos temporários emitidos cresceu 5%. A expectativa para o ano de 2014 é que o número aumente desde o ensino fundamental até programas de pós-graduação. 

Uma das alternativas é o Programa do Rotary, existente há mais de 30 anos no Brasil. A organização internacional detém 1,2 milhão de empresários, profissionais e líderes comunitários que atuam em serviços comunitários. A entidade oferece três programas distintos, o de Curta Duração, Longa Duração e Nova Geração para receber estudantes e profissionais de outros países.

Segundo o secretário executivo de intercâmbio do Rotary, Arthur Sena, a organização tem como objetivo oferecer troca de experiências entre nações. “Priorizamos a qualidade de intercâmbio, este é o fator mais importante para a entidade. Além disso, qualquer pessoa pode participar”, relata Sena. Sobre a diferença das opções de intercâmbio, ele explica: “O intercâmbio de Longa Duração é destinado aos estudantes de 15 a 17 anos, durante um ano. O Curta é voltado para adolescentes de 15 a 18 anos e acontece de um a três meses. Já o da Nova Geração é para estudantes profissionais de 18 a 30 anos". 

A AIESEC Recife também recruta famílias para hospedar estrangeiros voluntários. De acordo coma diretora de entrega de intercâmbio, Mariana Rangel, o Programa dura, em média, seis semanas, e os participantes precisam se cadastrar no site da organização e passar por uma entrevista. “Avaliamos se a família possui estrutura para receber o intercambistas e se estão dentro dos valores da AIESEC”, salienta.

O estudante de jornalismo Lucas Santana afirma que é possível obter habilidade em outros idiomas sem sair de casa. “Já recebi um holandês e atualmente estou hospedando um argentino e um mexicano. Com cada um deles tive a chance de conhecer culturas diferentes e mudar um pouco da visão, deturpada, que tinha de alguns países”, justifica.

Uma outra opção é o Intercâmbio Livre. Criado em 1987 pelo doutorando em educação física da Universidade Federal de Santa Catarina e professor da Universidade de Pernambuco (UPE), Jorge Bezerra, a proposta é que famílias recifenses recebam jovens da Associação da Ginástica e esporte da Dinamarca (DGI), de três a cinco dias. Mesmo não sendo um intercâmbio institucionalizado, o coordenador relata que é uma boa oportunidade de imersão de outro idioma.

Para Catarina Almeida Lago, que já recebeu na sua residência alguns dinamarqueses, a experiência é intensa. “Praticamos diariamente outra língua e sempre estamos pensando e planejando atividades regionais e turísticas para os hospedes realizarem”, diz. A anfitriã ainda destaca que mesmo com pouco tempo é válido participar. “Já participei várias vezes e é possível praticar o idioma sem sair de casa”, completa. 

O novo grupo da DGI está previsto para vir ao Brasil em 2015. Os interessados em participar do Intercâmbio Livre devem enviar uma mensagem informando o desejo de ser um anfitrião para o endereço eletrônico jorgebezerra01@hotmail.com.

 

 

 

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