Em Pernambuco, duas alunas tiram mil na redação do Enem

Mesmo com rasura, Andreza Cavalcanti, 17, alcançou a nota máxima na produção textual. Já Laís Vasconcelos, 20, desistiu do curso de design na UFPE para tentar medicina

por Camilla de Assis ter, 12/01/2016 - 10:44

Tirar a maior nota na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é o sonho de todos os alunos que se dedicam e passam horas estudando para as principais provas que dão acesso ao ensino superior no Brasil. Dos 5,8 milhões de estudantes que fizeram o Enem nos dias 24 e 25 de outubro passado, apenas 104 alcançaram a tão sonhada nota mil na redação. As pernambucanas Andreza Cavalcanti, de 17 anos, e Laís Vasconcelos, 20, entraram para esse seleto grupo.

Andreza, que concluiu o 3º ano do ensino médio em 2015 na Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Professor Trajano Mendonça, no bairro de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife, disse que se surpreendeu quando viu a nota máxima. “Você nunca espera que vai tirar a nota mil no Enem. Eu errei a concordância em uma frase, risquei e coloquei em cima, e achei que fossem tirar ponto por isso”, explicou a estudante.

A jovem vai tentar uma vaga no curso de direito e disse que o projeto social Rosa e Lilás, desenvolvido na escola onde estudou, e que trabalha em amplo aspecto a mulher na sociedade, a ajudou a construir os argumentos. Andreza ainda disse que o segredo para a nota alta foi “ter um professor que esteja ao seu lado e ter, também, um olhar humano”, afirmou.

Outra aluna que também conseguiu a nota máxima foi Laís Vasconcelos, de 20 anos. Ela tenta uma vaga em medicina, após ter desistido do curso de design (já cursado três semestres) na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Bem como Andreza, a surpresa de ter alcançado a maior nota na redação foi grande. “Não esperava e me surpreendi muito. É algo que se quer, mas é visto como distante da realidade”, disse Laís.

Para a estudante, não há uma “receita de bolo” para conseguir a nota mil. “É importante o trabalho com o professor, lado a lado, além de ter um conhecimento mais amplo de mundo e estar cercado de pessoas que acreditam em você”, afirmou Laís, que revelou ter praticado a produção textual de uma a duas vezes na semana.

As duas alunas foram acompanhadas pela professora Tereza Albuquerque, do Conexão Vestibulares.

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