Bullying nas escolas do Brasil ultrapassam a média
Informação faz parte da Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem, da OCDE
A partir de dados coletados de 2.447 professores e 184 diretores das escolas do Brasil, a Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem, divulgada pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), concluiu que o ambiente escolar no país é mais propício à prática do bullying, estando acima da média internacional.
De acordo com o estudo, semanalmente, foram registrados casos de bullying em 10% das escolas do país. A média internacional é de 3%.
O levantamento não analisou os motivos que justificam o índice. Porém, o dado preocupa a organização, visto que o que os números no Brasil continuam os mesmos há pelo menos cinco anos. 28% dos diretores já presenciaram situações de bullying nos colégios. França, Bélgica, Arábia Sudita e África do Sul também estão entre os países com índices elevados de intimidação nas instituições de ensino.
Além disso, as escolas brasileiras estão na lista das que mais perdem tempo com outras tarefas do que com a própria aprendizagem. O estudo ouviu cerca de 250 mil profissionais da educação em escolas de 48 países. No Brasil, os professores utilizam apenas 67% do tempo com o ensino. O resto do tempo é utilizado em funções mais administrativas, como ata de chamada, ou tentar manter a classe em ordem. Segundo a OCDE, a soma dos minutos perdidos, acabam por totalizar vários dias sem conteúdos. A entidade exemplifica que 5% do tempo disperdiçado significa 12 dias e meio do ano.
Perfil dos educadores no Brasil
A pesquisa identificou que a profissão de educador no Brasil é marjoriariamente feminina. Cerca de 69% dos professores e 77% dos diretores são mulheres. A idade média dos discentes é de 42 anos para professores e 46 para diretores. Um ponto considerado positivo pela pesquisa é que 80% dos professores entrevistados dizem que há união entre os profissionais da classe para uma melhoria do ambiente escolar.