Tópicos | Aprendizado

2024 vem aí e muitas vezes não sabemos por onde começar, mas como disse Abraham Lincoln: “Seja lá o que você fizer, seja bom nisso”. Neste final e início de ano que tal pensar sobre o assunto? Se quero ser bom em tudo o que eu fizer, preciso continuar a aprender ao longo da minha vida. Este poderá ser um bom começo, o primeiro desafio: Lifelong Learning. Pois, nunca é cedo ou tarde demais para aprender!  Não podemos limitar a nossa aprendizagem aos canais formais de educação, mas aproveitar todo e qualquer momento e contexto, inclusive aprender com o outro. Também não podemos limitar ao tempo, à idade, alguns dizem “sou novo(a) demais ou já sou velho(a) demais”. Desde que nascemos até morrermos devemos estar sempre abertos para aprender… "Quando você para de aprender, você começa a morrer” (Albert Einstein). 

Mas, o que aprender?  Aprenda algo diferente de tudo aquilo que você já fez. Quem sabe fazer algum curso de culinária para que possa aprender a planejar melhor. Ou ainda, algum curso de pintura, pois poderá lhe ajudar a ter uma melhor coordenação motora e lhe dar novas perspectivas. Ou tentar fazer um curso de língua estrangeira, que não seja o Inglês, como o Mandarim ou Hindi.

Além de aprender algo novo, continue a desenvolver as suas competências técnicas e comportamentais, por meio de uma educação mais disruptiva, pois o conhecimento está em toda a parte e ao alcance de todos. Poderá utilizar-se do método 70, 20, 10: 70% aprender com as suas próprias experiências diárias, 20% aprender nas suas relações com o outro e 10% dedicar-se a aprendizagem formal. 

Por fim, tenha sempre em mente que, por mais que saiba alguma coisa, ainda não aprendeu o suficiente, e isto poderá lhe dar alguma vantangem, como disse o filósofo Sócrates: "Só sei que nada sei, e o fato de saber isso, me coloca em vantagem sobre aqueles que acham que sabem alguma coisa". 

Em 2024 seja competente, conte com a gente!   

 

A Associação Mensa Brasil, representante brasileira da global Mensa Internacional, a entidade voltada para o alto Quociente de Inteligência (QI) do mundo, divulgou uma nova pesquisa que mostra que o Brasil ultrapassou a marca de 500 crianças e adolescentes super inteligentes identificados.

Dados da organização mostram que os 534 jovens identificados estão, em sua maioria, em São Paulo, com 199 superinteligentes. O Rio de Janeiro fica em segundo lugar com 64 crianças e adolescentes, enquanto Minas Gerais fica em terceiro com 59.

##RECOMENDA##

A região Norte possui 14 menores de idade com altas capacidades intelectuais, o Centro-Oeste possui 43 e o Nordeste tem 47. Já o Sul possui 90. O Sudeste lidera o ranking com o total de 337 jovens superinteligentes identificados.

No total de identificados de todas as idades, o Brasil já possui mais de 2,6 mil pessoas com alto QI. Um dos mais novos identificados pela Mensa Brasil tem apenas 3 anos de idade. Uma pessoa pode ser associada da organização após realizar laudos de  testes de inteligência, feitos por profissionais credenciados.

“Temos uma das maiores populações do planeta. Cerca de 2% dos habitantes do Brasil podem apresentar sinais de altas habilidades, com um QI muito acima da média. Porém, ainda não há um mapeamento abrangente destes indivíduos”, afirma Rodrigo Sauaia, presidente da Mensa Brasil.

Alguns sinais de QI alto nas crianças e adolescentes são, segundo a Mensa Brasil:

- Raciocínio rápido para resolver problemas.

- Boa memória de longo prazo; capta as informações e as recupera com facilidade quando necessário.

- Boa memória operacional; capta e processa diferentes tipos de informações ao mesmo tempo.

- Capacidade de diferenciar sons e visualizar detalhes em imagens com muita facilidade.

- Rápida curva de aprendizado; apresentando habilidades avançadas para a sua idade cronológica.

- Vocabulário avançado para a sua idade;

- Alfabetização precoce;

- Excelente desempenho em uma ou mais disciplinas em comparação a seus pares;

- Grande interesse por um assunto e especial dedicação a ele;

- Alto grau de curiosidade;

- Criatividade;

- Habilidade para adaptar ou modificar ideias;

- Facilidade em fazer observações perspicazes;

- Persistência ao buscar um objetivo;

- Comportamento que requer pouca orientação do professor;

- Liderança e autoconfiança.

[@#galeria#@]

Embora a leitura seja um processo que vivenciamos individualmente, ela também pode ser realizada de maneira coletiva. Pensando nisso, as jornalistas Giovanna Abreu e Thaís Siqueira criaram o clube de leitura Clube Lumos, em janeiro deste ano. Desde então, a corrente só aumenta e mais pessoas estão sendo alcançadas para compartilhar experiências e vivenciar transformações causadas pelo hábito de ler.

##RECOMENDA##

Apaixonadas pela saga Harry Potter, Giovanna e Thaís contam que o nome dado ao Clube faz uma alusão a um dos feitiços realizados nesse universo literário – Lumos Máxima, uma das variações do feitiço Lumos. “O feitiço cria uma luz na ponta da varinha e serve para iluminar áreas escuras, com uma forte intensidade; assim como os livros fazem com a nossa mente, abrindo novos caminhos e trazendo luz para a nossa vida”, afirmam.

Para Giovanna, a leitura é uma paixão de adolescência esquecida com a correria dos estudos e trabalho, mas resgatada na pandemia como forma de refúgio e sobrevivência. No caso de Thaís, apesar de sempre ter sido atraída pelos livros, ler se tornou um hábito há cinco anos.

As reuniões do Clube Lumos são feitas mensalmente, geralmente aos sábados, em uma cafeteria. Os temas são definidos por mês e, por meio de um grupo no Telegram, os integrantes sugerem livros baseados na temática pré-definida. A escolha da obra é feita por votações. Atualmente, mais de 60 pessoas participam do clube no aplicativo de mensagens e mais de 350 seguem a página no Instagram.

Para as jornalistas, a leitura é transformadora e cada livro proporciona aprendizados aos leitores, ampliando sua visão de mundo – o que consideram extremamente necessário nos dias de hoje. Giovanna e Thaís apontam a contribuição do clube no processo de estímulo à leitura até ela se tornar um hábito saudável que leva a trocas de experiências de vida e novas amizades.

As criadoras do clube dizem que discutir sobre livros com outras pessoas fez com que elas tivessem mais disciplina com a leitura. “Normalmente, lemos à noite antes de dormir e aos finais de semana quando estamos em casa. A partir do momento em que a leitura vai se tornando um hábito, fica bem mais natural, a gente sente até falta quando não consegue ler”, descrevem.

Giovanna e Thaís destacam que uma boa maneira de iniciar um clube de leitura é convidar pessoas que, de alguma forma, se interessariam pela ideia; amigos que querem retomar o hábito de ler ou que queiram ler mais. Depois disso, a internet pode ser uma aliada no processo de conexão com outras pessoas. “Para quem não quer iniciar seu próprio clube, mas quer fazer parte de um, essas redes sociais são um ótimo caminho para achar um clube com o qual a pessoa possa se identificar”, aconselham.

Foi a partir de compartilhamentos e postagens no Instagram que Wanessa Braga conheceu e decidiu participar do Clube Lumos. “Saber que eu vou encontrar pessoas legais, que leram o mesmo livro que eu, e conversar sobre todo o universo que a narrativa nos oferece é bom demais e sem dúvidas me incentiva a estar sempre em dia com a leitura do mês”, conta.

O ato de ler um livro em grupo, como o Lumos, é muito estimulante e acolhedor para leitores natos. “As conversas online e os encontros presenciais fizeram, e ainda fazem, a gente se conectar bastante. Vai muito além de falar sobre livros. Tem muito desabafo, apoio e incentivo. O nosso ’kikiki’, como costumamos dizer”, compartilha Wanessa.

Wanessa ressalta também a importância de manter o clube ativo na cidade, por meio de postagens, divulgando leituras e encontros para influenciar mais pessoas. “Eu gosto de ler antes de dormir. Já faz parte da 'estratégia' de ir abandonando as telas esse horário. Sinto que melhora minha concentração e o sono também é mais tranquilo”, diz.

Conheça mais sobre o clube:

www.instagram.com/clubelumos

Por Isabella Cordeiro e Yasmin Seraphico (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O homeschooling, ou educação domiciliar, em português, trata-se de uma modalidade educacional realizada em casa, e não em uma instituição de ensino. A proposta, embora muito popular em outros países, ainda é um tema que gera controvérsias na população brasileira. Segundo pesquisa feita pelo Cesop-Unicamp sob a coordenação do Cenpec, cerca de 78,5% dos brasileiros discordam de pais possuírem o direito de tirar os filhos da escola para ensiná-los em casa - 62,5% totalmente, e 16% em parte. 

Por outro lado, segundo o Ministério da Educação (MEC), 35 mil famílias praticam o homeschooling no Brasil. A prática ainda é considerada ilegal no País por não haver uma legislação que o regule, no entanto, o ensino domiciliar é o principal projeto para a área da educação encabeçado pelo governo, que quer regulamentá-lo o quanto antes, tornando-o uma opção respaldada por lei.

##RECOMENDA##

Opiniões

Para a jornalista Priscilla Lima, pesquisadora sobre o assunto, os motivos para os pais adotarem o ensino domiciliar são inúmeros. “Crianças com dificuldades de aprendizagem ou que sofrem com bullying ou violência. Pais que se mudaram para locais distantes de grandes centros, onde o acesso a escolas é mais difícil ou mesmo que consideram que há defasagens estruturais no modelo de ensino ou que não concordam com a ideologia ensinada em sala de aula”, reflete, segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa.

De acordo com a pesquisadora científica do conhecimento e PHD em psicanálise, Carla Dendasck, o mundo está passando por uma fase social complicada em que está cada vez mais difícil o respeito às diferenças de realidades das famílias e que isso é necessário para se discutir o homeschooling sem ideologias pré concebidas. 

“Muitos pais alegam que o sistema escolar atual está longe de valorizar as aptidões individuais de cada criança e se questionam como ajudá-las a desenvolver o máximo potencial. Se um jovem tem notadamente habilidades artísticas, que não estão relacionadas ao conteúdo curricular de matemática, ou se uma criança é um matemático e não tem interesse por literatura, eles deveriam aproveitar o tempo aprimorando o dom que já possuem em vez de aprender disciplinas para as quais não tem aptidão. Sem contar a baixa qualidade das escolas e a falta de preparo de muitos professores”, pondera Dendasck, em nota.

Para a especialista, também é importante considerar que hoje muitas faculdades já não exigem mais o conteúdo de vestibular antigo, inclusive valorizam outras habilidades como a capacidade de redigir uma boa redação ou selecionam candidatos que tiveram boas notas no Enem, por exemplo. “Contudo, as universidades federais ainda praticam o vestibular antigo, de nível superior restrito. Então, se o objetivo é que o jovem faça uma universidade federal, aí ele terá um vestibular mais tradicional e os pais têm que pensar nisso”, ressalta. 

Sobre a diferença entre homeschooling e Ensino à Distância (EAD), Carla explica que o EAD é ministrado por professores e cabe aos pais o acompanhamento para verificar se o filho está estudando ou não. Já no homeschooling, os pais podem usar plataformas e até mesmo escolas que oferecem Ensino à Distância (EAD), mas não é uma exigência e sim, podem escolher quais metodologias vão usar para o ensino dos filhos, dentro dos parâmetros exigidos da educação. 

Aos pais que gostam da ideia do ensino domiciliar, mas tem dúvidas se o método pode funcionar na prática, Dendasck sugere que uma alternativa é testar em um momento de férias escolares. “É interessante entrar em uma plataforma, procurar opções, testar dicas e técnicas de outros pais de homeschoolers, tanto para ver se a criança teria condições de aprender quanto se os próprios pais dariam conta de fazer esse acompanhamento. Porque educar é complicado. Então é muito importante verificar os prós e contras de cada realidade familiar”, diz. 

Lima comenta que assim como a temática do homeschooling ganhou evidência na pandemia, outras questões sobre educação dos filhos e desafios da parentalidade vieram à tona. Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), de junho de 2020 a junho de 2021, com 7 mil crianças e adolescentes de todo o país, mostrou que um em cada quatro apresentou ansiedade e depressão durante a pandemia com níveis clínicos. E, segundo os especialistas, uma relação familiar saudável ajuda a proteger contra o desenvolvimento desses transtornos.

O implante coclear - que recupera e restabelece a entrada dos impulsos auditivos do exterior para o cérebro - foi revolucionário para crianças que nascem surdas ou que desenvolvem surdez nos primeiros meses, além de adultos que perdem a audição. Começar a ouvir na fase adulta para quem nasceu com surdez severa é sempre traumático, diferentemente de quem já escutava antes e ficou surdo. Mas a experiência pode se tornar gratificante. É o caso da mineira Isabela Coelho, de 30 anos, que passou por um implante coclear e está aprendendo a ouvir.

Segundo ela, o que mudou de fato foi poder escutar música o dia todo e tentar distinguir alguns sons do cotidiano. "A vida tem mais graça quando vamos descobrindo sons que não pensávamos que faziam tanto barulho. Escuto o som de quando algum objeto cai no chão, aí sei que caiu e coloco de volta (na mesa). Não consigo entender quando as pessoas falam comigo. Pense que sou como uma bebê recém-nascida aprendendo a ouvir", disse.

##RECOMENDA##

Em 16 de fevereiro, quando ativou o implante coclear, um vídeo mostrando Isabela ouvindo pela primeira vez viralizou nas redes. "Não imaginava que repercutisse tanto", contou.

Essa é a segunda vez que Isabela passa por um implante coclear. Desta vez, só precisou trocar o aparelho e ativá-lo. Mas desde pequena esteve com especialistas da área. "Por volta dos 4 anos, idade considerada limítrofe para o procedimento, eu fui avaliada por uma equipe de implante coclear em Bauru. Como eu tinha me desenvolvido bem na comunicação por leitura labial, acharam mais prudente não me submeter ao procedimento cirúrgico devido aos riscos dele, na época."

ESTÍMULO. Em 2010, Isabela quis fazer o procedimento com o incentivo dos pais. "Iniciamos as consultas em São Paulo. Após todas as etapas, em 2011 foi realizada a minha cirurgia, mas a adaptação não deu certo", disse. "Não me adaptei muito bem por fatores técnicos e psicológicos, como maturidade, por exemplo. Como agora estou mais preparada e sei o que esperar, minha adaptação está sendo bem melhor", afirmou.

Após muito tempo em silêncio, Isabela entrou na fase de ouvir músicas, pois já distingue alguns sons. No perfil do Twitter (senhora surda que ouve - @isaouisabela), ela compartilha a sua jornada para aprender a escutar e tira dúvidas sobre surdez. Os posts com impressões sobre músicas famosas também são compartilhados pelos mais de 16 mil seguidores.

Isabela chamou a atenção, por exemplo, ao dizer que músicas da banda Pink Floyd causam desconforto. "Sinto decepcionar alguns de vocês, mas Pink Floyd não dá."

Segundo ela, o processo inicial é difícil, pois é preciso se forçar para ouvir sons agudos. "Eles estão incomodando menos do que há um mês e isso é um bom sinal." Em 7 de março, a jovem postou a sua canção favorita: The Lazy Song, de Bruno Mars. Contou também que ouviu três vezes Starman, de David Bowie, pois achou o ritmo bom.

Isabela, que é formada em Sistemas de Informação e atua na área, foi diagnosticada com surdez neurossensorial permanente, bilateral e de grau profundo com apenas 1 ano. "Minha mãe teve rubéola na gravidez e, assintomática, acabou não percebendo que me atingiu. Quando eu tinha 6 meses, ela ficou desconfiada. Me levou em alguns pediatras até que foi confirmado o diagnóstico."

IMPLANTE. Luciano Moreira, otorrinolaringologista especializado em reabilitação auditiva e responsável pela equipe Sonora, explica que o implante coclear capta o som do ambiente e o digitaliza para simular o que nosso ouvido original faz. "A nossa cóclea original transforma o som em um impulso elétrico do nervo auditivo", diz.

"Pessoas como Isabela, que fizeram longos períodos de privação auditiva - no caso nasceram com ela -, seu cérebro não foi definitivamente formatado para processar a fala, a linguagem e a audição. É um fenômeno mais cerebral nem tanto auditivo. É importante que a equipe e o paciente estejam cientes do que podem esperar do implante em cada cenário", acrescentou. Atualmente, a cirurgia é bem estabelecida. "Há quase 1 milhão de implantados no mundo. Hoje a cirurgia é mais simples, com duração de uma hora. A pessoa que fez o implante pode ir embora no mesmo dia."

[@#video#@]

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta sexta-feira (6) é comemorado o Dia Nacional dos Profissionais da Educação, data instituída pela Lei 13.054/14 que visa homenagear os principais responsáveis pelo processo de ensino e aprendizado. Em meio à pandemia do Covid-19, a educação e todos os seus envolvidos precisaram encarar diversos desafios para se adaptarem ao novo cenário e garantir que o conhecimento chegasse até os estudantes. 

Segundo o professor e coordenador dos cursos de Gestão da Tecnologia da Informação, Ciências da Computação e Análise de Desenvolvimento de Sistemas da Universidade Guarulhos (UNG), Valter de Sales, o momento era o de entender as necessidades dos alunos e buscar as melhores maneiras de ter a atenção e participação deles nas aulas.

##RECOMENDA##

Sales ressalta que a falta de recursos físicos e tecnológicos foi um desafio a ser superado, uma vez que muitos alunos não tinham à disposição os equipamentos necessários para uma aula remota, principalmente em atividades práticas. “Foi necessário pensar em alternativas para o desenvolvimento de competências para esses alunos”, lembra.

Assim como os alunos, os professores também dependem de recursos tecnológicos para lecionar suas aulas, como computadores e conexão com a internet. “Computador tem partes mecânicas que quebram e a internet causa surpresas. o desafio é ter um plano B”, afirma Sales.

Durante a crise sanitária, Sales destaca que os profissionais da educação foram capazes de se adaptar a novas tecnologias, vencer barreiras inimagináveis e dar segmento com a prática da troca de conhecimento. “Penso que a tecnologia chegou permanentemente na área de educação.  De certa forma, ela já era usada em grande parte dos cursos. Mas agora, podemos dizer que está totalmente difundida em todas as áreas de ensino, seja exatas, humanas ou saúde”, aponta.

Por outro lado, a pandemia também trouxe impactos negativos à educação, entre eles, Sales ressalta o comprometimento da saúde; a falta interação social, que é fundamental no aprendizado e a falta de interesse e desmotivação que ocorreu por parte de alguns estudantes.

Durante a pandemia, o coordenador dos cursos de tecnologia junto a equipe de professores, trabalhou nos cursos Bootcamps, muitos com inscrições gratuitas, que buscam preparar novos alunos para o mercado de tecnologia. Todas as matriculas podem ser acessadas por aqui: http://extensao.ung.br

 A educação no Brasil

Para que a educação no Brasil alcance os status de qualidade, a mestre e doutora em Educação e Saúde pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Fernanda Marcucci, enfatiza que é necessário valorizar o ensino e reconhecer o trabalho dos profissionais que atuam na área. “É preciso termos políticas públicas que garantam o acesso dos alunos, bem como sua permanência no ensino básico. Precisamos também dar oportunidades para aqueles que não possuem, para que a ‘corrida’ não seja desigual”, comenta.

O profissional da educação encara muitos desafios em sua jornada, entre eles, Fernanda acentua o início de carreira, principalmente para os licenciados em pedagogia, que lidam com diversos preconceitos. “Além disso, ao longo da jornada, esse profissional também sofre com salários baixos e dupla/tripla jornada, sem sua devida valorização”, lamenta.

De acordo com Fernanda, a educação no Brasil não passa pelo seu melhor momento, já que a pandemia fez com que milhares de crianças fossem afastadas das escolas e perdessem conteúdos e oportunidades de socialização. Outra desvantagem causada pela crise sanitária é que muitos jovens estudantes não tiveram as condições necessárias para assistir às aulas em casa. “O retorno às escolas deve acontecer, mas para isso, é preciso que todos tenham consciência da importância das escolas na vida das crianças e adolescentes e das dificuldades que eles carregarão ao longo do tempo”, ressalta.

Com um ano de pandemia, distanciamento social e uso intenso de telas, as experiências ao ar livre estão valorizadas e ganharam espaço também na educação. A adaptação de parte das aulas presenciais para ambientes externos, quadras, praças e parques passou a ser vista como uma forma de reduzir as chances de transmissão do vírus da covid-19 e ampliar o contato com a natureza. Adotada em países como Dinamarca, Estados Unidos e Espanha, a proposta também ganhou força em algumas escolas públicas e particulares brasileiras.

A medida inclui desde a educação infantil até o último ano do ensino médio, com conteúdo de diferentes disciplinas. Ela é recomendada por instituições internacionais, como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), por governos e por entidades médicas e científicas, como a Academia Americana de Pediatria (AAP) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

##RECOMENDA##

No Brasil, um dos principais incentivadores é o Instituto Alana, que defende o que chama de "desemparedamento" da infância. "Ainda não é amplamente usado, até porque existe uma crença de que só é possível aprender o conteúdo dentro da sala de aula. Poucas escolas ousam e entendem a possibilidade de o conteúdo ser trabalhado de outras maneiras", afirma Paula Mendonça, assessora pedagógica do programa Criança e Natureza, do Instituto Alana.

"Mesmo antes da pandemia, grande parte das crianças já passava a maior parte do tempo em espaços fechados. Esse ‘emparedamento’ acarreta problemas de saúde, obesidade e miopia precoce, principalmente no ambiente urbano", diz.

Para ela, a pandemia tornou essa demanda mais urgente. "É preciso olhar para os ambientes externos e prepará-los para as aulas. No Brasil, muitas escolas não têm espaço. Então, são necessárias parcerias com praças, parques e centros esportivos."

Como uma espécie de piloto, a proposta começou a ser aplicada nas 108 escolas municipais de Jundiaí, em São Paulo, por meio de uma parceria da prefeitura com o instituto. A proposta se originou de três protótipos que servem de modelo para colégios de diferentes estruturas. As primeiras percepções estão em um guia que será lançado no fim deste mês.

"Vem com muita força a ideia de que melhor do que uma janela e uma porta abertas é estar no jardim, nas quadras e em espaços que o bairro oferece", diz a gestora de Educação de Jundiaí, Vasti Ferrari Marques. "Também é um contexto investigativo diferente, não de cadeiras enfileiradas", comenta. "Todos os dias que for à escola o aluno está em atividade de ‘desemparedamento’. A sala de aula é minimamente usada."

Segundo ela, os professores precisam se planejar para adequar os temas ao ambiente exterior, seja na escola, nas proximidades ou no recém-inaugurado parque municipal Mundo das Crianças, que reúne espaços como casa na árvore, caminhos na mata, quadras, área de escalada e jatos de água.

Na cidade de São Paulo, algumas escolas privadas também têm priorizado as aulas em áreas externas. "A gente já tinha essa tradição de mudar de espaços, mas hoje a proporção é maior. Uma turma que antes sairia uma ou duas vezes por semana, agora sai quase todo o dia", comenta Érica Mantovani, coordenadora pedagógica do Colégio Mater Dei, nos Jardins.

Um exemplo são as aulas de alfabetização, em que os alunos são orientados a escrever letras cursivas no chão. "Quando se põe a criança em uma área externa, desperta outro tipo de atenção. São outros barulhos, outros estímulos de inteligência espacial e cognitiva, habilidades importantes para o desenvolvimento", diz Érica.

No Colégio Renascença, na zona oeste, a troca de sede, em 2018, facilitou a ampliação de atividades ao ar livre. "Tínhamos um prédio de mais de 40 anos, vertical, que começou a não atender às demandas pedagógicas", conta João Carlos Martins, diretor-geral. "Esses espaços abertos hoje são usados tanto nas aulas, com hora marcada, quanto nas horas livres e no intervalo." A escola tem um "teto verde" em um das lajes e um ateliê de arte ao ar livre. O espaço maker também se mudou para a área externa.

Esse tipo de proposta se repete em escolas de outros Estados. No Rio Grande do Sul, o Colégio João XXIII, de Porto Alegre, instalou quatro gazebos e dois pergolados - estruturas que são instaladas em jardins - para receber parte das turmas nas aulas presenciais, além de colocar mesas em corredores ao ar livre. "A escola já tinha esse contato com a natureza. Com a pandemia, a arquitetura voltada para a natureza foi muito mais valorizada", diz Márcia Valiati, diretora pedagógica.

Requisitos

Fundadora do projeto Cidade Para Crianças, a arquiteta e urbanista Ursula Troncoso lembra que nem sempre aspectos fundamentais de conforto ambiental, como a iluminação e a ventilação adequadas, são considerados em projetos de instituições educacionais. "Já recebi relatos de escolas em que as janelas não abrem, de banheiros que não funcionam (em escolas públicas)", exemplifica. Nesse contexto, as áreas externas ganham ainda menos atenção. "Como um todo, os pátios são muito negligenciados. Por uma questão de ter manutenção mais fácil, se concreta tudo, sem haver contato com o verde, o que é um problema para o desenvolvimento infantil."

Em 2020, ela coordenou a elaboração do Manual Técnico Para Escolas Saudáveis, lançado pelo departamento paulista do Instituto de Arquitetos do Brasil. "As escolas, em grande parte, já não eram saudáveis antes da pandemia", diz ela. Dentre as recomendações do manual está a de priorizar o uso de áreas externas a partir de elementos básicos, como qualidade acústica, iluminação e adequação ao distanciamento social. Para os horários de sol forte e aulas mais extensas, o sombreamento também é fundamental.

Ursula ainda destaca a necessidade de iniciativas no entorno das escolas, integrando-as e facilitando a circulação dos estudantes pelo bairro. Um exemplo que cita é o projeto "Protegemos as escolas", do ano passado, em Barcelona. "Esses espaços sendo utilizados pelas escolas fazem com que a comunidade em volta se envolva como uma comunidade escolar."

Modelo surgiu há 100 anos, por causa da tuberculose

A partir de 1904, escolas ao ar livre começaram a ser fundadas em países europeus, como Bélgica e Alemanha, movimento que cresceu nos anos seguintes. Mais de duas décadas depois, o modelo começou a chegar ao Brasil, ainda que aos poucos, com iniciativas mais destacadas no Rio e em São Paulo.

Esse tipo de instituição ganhou espaço por uma motivação sanitária, como forma de evitar a transmissão principalmente da tuberculose, como lembra Diana Gonçalves Vidal, professora de História da Educação na USP. A ideia era que todas as atividades - ou a maior parte - fossem realizadas em espaços externos, até pela presença do sol. "A escola é naturalmente um lugar de contágio, de aglomeração. E, no caso da tuberculose, não havia vacina (embora tenha sido criada em 1921, o imunizante levou décadas para ter aplicação ampla)."

Além da questão sanitária, a professora comenta que havia, naquela época, um entendimento de que a natureza, em si, é educadora e benéfica para o desenvolvimento físico e intelectual. "A proposta de escola ao ar livre se associa à proposta de liberdade das crianças, de fuga da escola mais tradicional."

Depois da 2.ª Guerra Mundial, a tendência se enfraqueceu, embora ainda contasse com exemplos em regiões como os Países Baixos, na década de 1950. "O revival foi a partir dos anos 1990, em países como Alemanha, Suécia, Noruega, Espanha e Reino Unido", destaca Diana. "Hoje, também há uma questão de educação ambiental, de maior conhecimento da natureza, de novas formas de se relacionar com o meio ambiente", acrescenta.

No Brasil, por exemplo, essas escolas surgiram na mesma época em que cresceu um movimento de "ruralismo pedagógico", com hortas e animais em instituições de ensino. Em São Paulo, os parques infantis criados nos anos 1930, na época em que Mário de Andrade liderava o Departamento de Cultura na Prefeitura, recebiam crianças fora do horário de aula para atividades lúdicas ao ar livre. E são considerados os precursores das escolas municipais de ensino infantil da cidade, como a Emei Gabriel Prestes, localizada ao lado da antiga Chácara Lane, na Rua da Consolação. Outro caso é o da Escola de Aplicação ao Ar Livre, que funcionou no Parque da Água Branca, na zona oeste. Inaugurado em 1939, o espaço ficou ali por mais de dez anos, até ganhar um prédio originalmente adaptado à proposta.

"Os resultados obtidos pelos alunos são verdadeiramente extraordinários, não só no que se refere à alfabetização, como também à educação física, formando-se ali um bloco de crianças muito vivas e sadias", descreve uma reportagem do Estadão de 1946, quando a instituição tinha 700 matriculados e era mantida pelos pais dos alunos.

Para Diana, de certa forma, pode-se até associar os Cieps, os CEUs e outras iniciativas de escolas como grandes equipamentos em turno integral como herdeiras dessa proposta, por também valorizarem o papel das atividades ao ar livre na formação dos estudantes. "Ainda que vá se ter outras várias vertentes pedagógicas, uma ideia permanece: a de que a criança aprende fazendo."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma pesquisa divulgada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), revelou que adolescentes tiveram piora na saúde, humor e na aprendizagem durante a pandemia do novo coronavírus. As informações são do documento Convid Adolescentes - Pesquisa de Comportamentos, que investigou 9.470 brasileiros de 12 a 17 anos, quanto à rotina, atividades escolares, estilo de vida e saúde.

Aprendizagem no EAD

##RECOMENDA##

Na educação a distância (EAD), os adolescentes também sofreram impactos. De acordo com a pesquisa, 59% disseram ter mais dificuldades para se concentrar, 38,3% falta de interação com os professores, e 31,3% indicaram falta de interação com amigos. Com relação à compreensão dos conteúdos, 47,8% dos adolescentes relataram estar entendendo pouco, e 15,8% disseram não estar entendendo nada.

Entre os mais velhos, dos 16 aos 17 anos, um em cada quatro estudantes tem melhor compreensão.

Saúde e humor

Segundo o levantamento, 30% dos entrevistados acham que a sua saúde piorou durante a pandemia. Na comparação entre meninas e meninos, constatou-se que meninas relataram maior proporção de piora do estado de saúde (33,8%) do que os meninos (25,8%). A diferença também ocorre quanto à faixa etária, entre os mais velhos (37,0%) e os mais novos (26,4%).

Além da saúde física, os adolescentes tiveram a saúde mental impactada devido ao isolamento social. Do total de entrevistados, 32,8% disseram que se sentiram isolados por não ter o mesmo contato com os amigos. Outros 4% sentiram-se isolados em alguns momentos, e 10,4% tiveram esse sentimento durante todo o período. E

Esses dados ainda podem ser mais preocupantes, pois grande proporção dos adolescentes disseram se sentir tristes na maioria das vezes (31,4%). Segundo os dados, o relato de tristeza é maior entre as meninas (27,7%). Além disso, o percentual é maior entre os mais velhos (38,3%) do que entre os mais novos ( 29,6%). A pesquisadora da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Margareth Guimarães Lima, diz que “sentir-se preocupado, nervoso ou mal-humorado foi relatado por 48,7% dos adolescentes, na maioria das vezes ou sempre". "Entre as meninas, o percentual foi de 61,6%”, acrecentou a pesquisadora, segundo informações da assessoria de comunicação.

Qualificações on-line têm sido uma das alternativas mais acessíveis aos profissionais de quaisquer setores Nesse sentido, o Itaú Cultural lançou a plataforma ‘Escola Itaú Cultural’, que tem o objetivo de formar pessoas do setor da cultura através de cinco cursos on-line e gratuitos.

Do total de cursos oferecidos, três recebem inscrições até o dia 7 de novembro pelo site Escola Itaú Cultural. Segundo os organizadores, os interessados poderão optar entre os cursos de “Introdução ao Teatro Essencial”; “Mediação Cultural Contemporânea”; e a qualificação “Entreolhares: Arte e Algoritmo Como Usar o Processamento Digital na Criação de Poéticas?”. As aulas serão entre os meses de novembro e dezembro deste ano.

##RECOMENDA##

Há outros dois cursos disponíveis, sem a exigência de inscrição. São eles: "Constelação das Artes: Histórias da Música e Sonoridades Brasileiras", que discorre sobre a ideia de identidade nacional pela música; e "Constelação das Artes: História do Brasil em 12 ingredientes e 1 dose", que aborda a história gastronômica brasileira. Os encontros iniciam em 24 de novembro deste ano.

“Entendemos que criar condições para a formação é um meio de promover a participação do cidadão, algo fundamental para o desenvolvimento de um país, ainda mais por meio da arte e da cultura”, diz o diretor do Itaú Cultural, Eduardo Saron, segundo nota.

Os participantes que frequentarem, no mínimo, 75% das aulas serão certificados. De acordo com o Itaú, a plataforma dispõe de uma interface intuitiva com o objetivo de facilitar navegação. Além disso, a instituição explica que há oferta de outros cursos virtuais ou na modalidade híbrida, pós-graduação e cursos de extensão. 

LeiaJá também 

---> Senac recebe inscrições para cursos EAD com 218 vagas

Uma série de fatores cerca a rotina dos estudantes na medida em que dedicam tempo em preparações para processos seletivos. Culturalmente, por exemplo, existe uma pressão social para que tenham sucesso em suas carreiras, da mesma forma que eles próprios se cobram no percurso até a tão sonhada aprovação. Bom rendimento, para os alunos, é um dos principais objetivos durante os estudos.

Esse conjunto de fatores, aliado à autocobrança, também traz uma perigosa análise no ambiente estudantil. Existem estudantes que compararam as suas estratégias de estudos aos métodos que outros alunos utilizam para absorver os conteúdos, em especial nas fases que antecedem vestibulares e a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

##RECOMENDA##

Porque você não consegue produzir um resumo esteticamente bonito, colorido e cheio de letras cuidadosamente traçadas, não quer diz que você está para trás na corrida pela aprovação. Outro exemplo é quando um candidato identifica que o seu concorrente estuda mais horas líquidas que ele. O resultado é um desânimo, causado justamente por essa e outras comparações que levam um estudante a achar que o seu método de preparação é inferior aos demais.

Em sua trajetória de estudos, a recifense Amanda Tavares, de 18 anos, sofreu ao comparar a forma como estudava com os modelos de preparação dos concorrentes. Sonhando em ingressar na graduação de medicina, a jovem sentia os efeitos da ansiedade ao pensar, erroneamente, que a maneira com que os outros estudavam era superior à sua. Atualmente, Amanda é caloura de medicina da Universidade de Pernambuco (UPE).

Dino Rangel coleciona experiências na área docente como professor de geografia. Também é psicólogo e acompanha de perto a dura rotina dos estudantes que, sob a pressão da aprovação, dedicam energia aos estudos. Antes de descrever os efeitos negativos da comparação, Rangel propõe uma reflexão que nos leva a identificar por que comparamos os nossos métodos de preparação.

“Como é que você está? Porque, quando nós paramos para pensar, para refletir sobre a questão do que o outro faz, se faz bem, melhor, pior do que eu... Quando me coloco na comparação desse outro, é importante parar e pensar: como eu estou? Por que devo me comparar com esse outro? Essa comparação me fez crescer, me faz ser melhor?”, reflete o psicólogo.

De acordo com o especialista, o ser humano é singular e subjetivo. Nesse sentido, a humanidade possui formas diferentes de desempenhar os processos. “Nós temos, em cada um de nós, um potencial diferenciado e uma forma diferente de fazer as coisas. É necessário compreender que, para uma prova de concurso ou Enem, é necessário que possa dar o meu melhor de acordo com aquilo que eu compreendo, com o que eu penso que é importante e positivo para mim. Então, nada melhor do que fazer aquilo da minha forma”, explica o psicólogo e professor.

Rangel orienta que o estudante não deve ficar preocupado se o colega faz um resumo muito melhor, se escreve melhor ou se faz um planejamento superior. “Pelo contrário, tenho que parar para pensar o que estou fazendo comigo. Será que me valorizo? Será que compreendo a minha importância? E se eu compreendo a minha importância, por que não me aceito? Por que eu não faço do jeito que eu compreendo que é a minha forma de fazer?”, questiona.

Com essa reflexão, de acordo com o professor, o aluno poderá desempenhar as suas atividades da melhor maneira, adaptada às próprias características, e não da forma como os outros acham que é o melhor.

“Não será como o outro quer, mas sim como eu quero. Então, assim, eu poderei atingir o meu objetivo”, exclama o especialista. “Aceite a sua forma de estudar, claro, procurando cada vez mais melhorar, mas não tendo o outro como meio de comparação. Assim, você vai atingir de forma satisfatória e plena as suas metas”, acrescenta o psicólogo.

Segundo Dino Rangel, é indicado que os estudantes busquem o apoio de profissionais especializados que possam ajudá-los a preparar um cronograma de estudos, além de revelarem dicas que possam aprimorar as metodologias de aprendizado. Psicólogos, pedagogos, psicopedagogos e professores podem contribuir nesse processo.

O baixo nível de aprendizado dos alunos, as grandes desigualdades e a trajetória escolar irregular estão entre as questões mais preocupantes em relação à educação pública brasileira. A constatação está no Relatório do 3º Ciclo de Monitoramento do Plano Nacional de Educação 2020, divulgado nesta quarta-feira (2) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O levantamento do biênio 2018- 2019 do Plano Nacional de Educação (PNE), que tem 20 metas definidas para serem alcançadas entre 2014 – 2024, mostra que dificilmente o Brasil vai conseguir atingi-las no prazo. Na educação infantil, por exemplo, responsável por crianças até 3 anos, a cobertura chegou, em 2018, a apenas 36%. O maior número de crianças não atendidas – cerca de 1,5 milhão – pertencem à famílias de baixa renda.

##RECOMENDA##

Para essa faixa de idade, o PNE prevê a redução da desigualdade entre os 20% mais pobres e os 20% mais ricos a um patamar menor que 10 pontos percentuais. Em 2018, no entanto, a desigualdade registrada foi bem superior a essa meta, e chegou a cerca de 25 pontos percentuais. A expectativa quanto à melhora desse indicador não é otimista. Segundo os pesquisadores, a tendência é de que até 2024 o Brasil não ultrapasse o índice de 45% de cobertura até 3 anos de idade, ficando bem aquém da meta.

Já no ensino obrigatório - para a faixa etária de 4 a 5 anos - apesar de a cobertura ter chegado a 94% em 2018, é necessário incluir cerca de 330 mil crianças na pré-escola para se atingir a universalização.

Ensino fundamental

Quando o recorte é feito no ensino fundamental, a boa notícia é que em 2019 98% das crianças e adolescentes de 6 a 14 anos estavam matriculados com desigualdades praticamente inexistentes entre regiões e grupos sociais, diz o levantamento.

Segundo o Inep, nesse caso, o maior desafio é a conclusão do nono ano na idade recomendada. Somente 78% dos adolescentes aos 16 anos chegaram a concluir essa etapa, a meta estabelece que 95% dos jovens de 16 anos cheguem ao final do ensino fundamental de nove anos até 2024. “A análise tendencial sugere que, no ritmo atual, essa meta não será alcançada, sendo necessário triplicar a velocidade de melhora do indicador”, alerta o estudo.

As desigualdades regionais e sociais são apontadas como o grande problema para a melhoria dos indicadores do ensino fundamental. O relatório destaca que cerca de 1,9 milhão de jovens de 15 a 17 anos que frequentam a escola ainda estão matriculados no ensino fundamental. “Isso coloca o Brasil longe da meta do PNE de, até 2024, ter pelo menos 85% da população de 15 a 17 anos frequentando o ensino médio. Em 2019, esse indicador alcançou 73% dos jovens e apresentou expressivas desigualdades regionais e sociais”, diz o relatório.

Ainda no campo da qualidade educacional, o relatório destaca que o Brasil avançou na melhoria do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) dos anos iniciais do ensino fundamental, mas apresenta “evolução ínfima e tendência à estagnação” em relação aos Idebs dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, respectivamente.

“A dívida histórica da educação nacional com o acesso escolar está marcada pelo grande contingente de jovens, fora da faixa etária de matrícula obrigatória, de 18 a 29 anos, que não possuem a educação básica completa, ou seja, pelo menos 12 anos de escolaridade. As desigualdades de acesso, que historicamente alijaram do direito à educação as populações do campo, das regiões menos desenvolvidas, de cor negra e dos grupos de renda mais baixa, são enfrentadas no PNE” , destaca do documento. Alcançar o mínimo de 12 anos de escolaridade para esses grupos e igualar a escolaridade entre negros e não negros é a meta para 2024.

Analfabetismo

Alcançar a redução em 50% do analfabetismo funcional e erradicar o analfabetismo absoluto até 2024 também está entre as metas do PNE. O relatório mostra que a meta intermediária de elevar a taxa de alfabetização para 93,5% foi praticamente alcançada em 2019, embora significativas desigualdades regionais e sociais ainda persistam. A meta de erradicação do analfabetismo adulto até 2024 está 6,6 pontos percentuais de ser alcançada, enquanto o analfabetismo funcional, embora em queda, ainda dista 5 pontos percentuais da meta.

“É fato que o Brasil ainda não alcançou uma articulação robusta em torno de um regime de colaboração entre União, estados e respectivos municípios, por meio de ações coordenadas e integradas dos poderes públicos dessas diferentes esferas federativas, que conduzam a esforços compartilhados para assegurar o acesso, a permanência, de forma integral e universal, e a efetividade dos sistemas educacionais. É um processo em curso. Porém, reconhecidamente, há uma convergência de atores em torno do PNE, que lhe confere sustentabilidade, continuidade e reconhecimento da imprescindibilidade do alcance das metas e da implementação de suas estratégias”, constata o relatório.

A plataforma de educação a distância Udemy lança curadoria com 708 cursos gratuitos. A iniciativa é uma forma de oferecer aprendizado em meio a crise do novo coronavírus. A curadoria irá ajudar na escolha de aprendizado para cada pessoa. A plataforma dividiu os cursos em temas, como bem-estar e crescimento pessoal, produtividade e habilidades profissionais e habilidades técnicas essenciais.

Por serem cursos gratuitos, a Udemy não fornece certificado de conclusão e comunicação com o instrutor. Os interessados podem conferir a seleção dos cursos gratuitos através do site da empresa. Dos conteúdos selecionados para a ação, 142 são em português, outros são de cursos em inglês e espanhol. 

##RECOMENDA##

Os ensinamentos abrangem diversas áreas, desde desenvolvimento Android e programação até finanças e empreendedorismo. Mais detalhes das capacitações podem ser conferidas no site da Udemy.

 

O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) está oferecendo 14 cursos gratuitos a distância em parceria com a Microsoft e a Cisco, duas empresas consideradas gigantes no ramo da tecnologia. A oferta é por tempo limitado e tem por objetivo apoiar a qualificação profissional durante a quarentena necessária para conter o avanço da contaminação pelo novo coronavírus.

Os interessados devem acessar a página de cursos EaD do Senac e procurar pela opção desejada. Entre os cursos ofertados junto à Cisco estão Cybersecurity Essentials, Empreendedorismo, Get Connected e Introdução a IoT.

##RECOMENDA##

Já a parceria com a Microsoft traz outras opções, como 'Conceitos Básicos de Azure', 'Dê seus primeiros passos com o C#', 'Adicione lógica aos seus aplicativos com C#', 'Criar aplicativos sem servidor', 'Consumir dados com o Power BI', 'Criar um aplicativo baseado em modelo no Power Apps', 'Proteger seus dados de nuvem', 'Trabalhar com os dados relacionais no Azure', 'Introdução ao machine learning com o Python e o Azure Notebooks' e, por fim, 'Virtualização – Compartilhar recursos de nuvem'.

Terminam nesta quinta-feira (10) as inscrições para o programa de trainee da Honda, empresa do ramo automotivo. Para se candidatar é necessário acessar o site da empresa e realizar o cadastro. As oportunidades são direcionadas para recém-formados e estudantes dos últimos anos da graduação, com disponibilidade de 24 meses para trabalhar.

Podem participar candidatos de diversas áreas do conhecimento, com interesse em atuar em auditoria, setor comercial, controladoria, gestão de clientes, gestão de riscos, seguros e tecnologia da informação. Segundo a companhia, a remuneração oferecida é compatível com o mercado, porém, o valor não foi revelado.

##RECOMENDA##

As etapas de seleção incluem processos online e presenciais, como testes de conhecimentos, dinâmica de grupo, painel de competências e entrevistas. Os aprovados terão benefícios como planos de saúde, seguro de vida, vale transporte e refeição, entre outros.

Durante todo o programa os profissionais serão acompanhados por supervisores e passarão por diferentes setores da Honda como fábrica, concessionárias, vendas e administrativo. Ainda é necessários disponibilidade para atuar em São Paulo.

Além de melhorar a leitura e o conhecimento em língua portuguesa, frequentar uma biblioteca integrada ao projeto pedagógico da escola pode incrementar o aprendizado dos alunos em matemática. A conclusão é de uma pesquisa do Instituto Pró-Livro, que será apresentada no Fórum de Educação da Bienal do Livro do Rio de Janeiro, em 2 de setembro.

Foram ouvidos na pesquisa professores de português, diretores e bibliotecários das 500 escolas públicas com melhor nota na Prova Brasil, comparando as diferenças entre os resultados obtidos e as atividades desenvolvidas nas bibliotecas. Sem antecipar todos os dados, a coordenadora da pesquisa, Zoara Failla, disse que foi possível identificar uma influência positiva das bibliotecas no aprendizado dos alunos do 5º ano do ensino fundamental.

A pesquisa leva em conta diversos fatores, inclusive físicos, como a infraestrutura da biblioteca, sua acessibilidade e a conexão à internet. Também são considerados a atuação do responsável pela biblioteca e do professor entrevistado, a disponibilidade de acervo e recursos eletrônicos e o uso desse espaço pelos alunos.

O grupo de escolas mais bem avaliadas na disponibilidade de acervo e recursos eletrônicos teve um acréscimo de 10 pontos em matemática no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), enquanto, em português, o incremento da nota foi de 6 para o acervo e de 10 pontos para recursos eletrônicos. Quando considerados todos os critérios, há uma associação positiva das bibliotecas bem avaliadas com o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

"A gente ficou surpreso, mas quando a gente pensa na matemática, o enunciado do problema é fundamental. Você tem que ter a compreensão leitora, depende da compreensão para resolver um problema", disse Zoara Failla, em entrevista à Agência Brasil.

##RECOMENDA##

A pesquisadora ponderou que ter uma biblioteca não é o bastante para que as escolas impactem a formação de seus alunos. É preciso que o espaço seja aproveitado de forma multidisciplinar, de modo que atividades orientadas incentivem os alunos a pesquisar em seu acervo. "É preciso ter uma mediação. As atividades têm que estar orientadas pelo currículo escolar e pelo projeto político-pedagógico da escola. É esse conjunto de possibilidades e ofertas que vai impactar na aprendizagem", acrescentou Zoara. 

As conclusões, que serão apresentadas na Bienal, incluirão ainda informações sobre como a existência de uma biblioteca ativa é especialmente positiva em escolas que atendem a populações mais vulneráveis. No dia 23 de setembro, os dados serão novamente apresentados em São Paulo, em um seminário no Itaú Cultural.

Alunos de escolas públicas e privadas, matriculados nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio de todo o Brasil podem participar da Olimpíada de Inglês. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pela internet até 26 de setembro. As competições ocorrem entre 02 e 27 de setembro. É necessário que um professor fique responsável por cadastrar as turmas que vão disputar.

Serão premiados participantes que obtiverem maior pontuação em cada categoria, nas cinco regiões do país. A categoria 1 é para quem está no 6º e 7º anos, do fundamental; a 2 para 8º e 9° anos; e a 3º categoria engloba estudantes do ensino médio.

##RECOMENDA##

Os vencedores ganham medalhas, certificado digital, além de smartphones, assinaturas de serviços online e cursos de aperfeiçoamento do idioma, oferecido pela Embaixada Americana. As escolas e os professores também recebem premiações. De acordo com a organização da olimpíada, o objeto do projeto é incentivar o aprendizado do inglês entre alunos e docentes.

 

A falta de estrutura enfrentada pela educação no meio rural do Brasil é o principal motivo que justifica o atraso no acesso às tecnologias. Cerca de 54% das escolas rurais do país não têm acesso a internet e 62% não possui, sequer, computador para uso. É o que aponta a recente pesquisa divulgada esta semana pelo TIC Educação, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), que analisou, em 2018, o uso das tecnologias de informação e comunicação em escolas públicas e privadas de educação básica.

Dentro do percentual de 54% das escolas rurais que não têm internet, 43% alegam não ter estrutura. O segundo maior motivo indicado é o alto custo da conexão. Este representa 24% das escolas entrevistadas.

##RECOMENDA##

A pesquisa mostrou que escolas da zona urbana são as mais beneficiadas com a tecnologia. 99% das escolas têm computador e 98% acessa a internet. Esse resultado reflete na forma de aprendizado dos alunos, que também recorrem a internet para adquirir informação e aprendizados por meio de vídeos e tutoriais. Destes alunos que usam o meio online como complemento de estudos, somam-se 89% dos estudantes do ensino médio.

Há dados detalhados que mostram que 43% dos alunos colégios urbanos acessam a internet com os professores; 81% usa a internet com os amigos; 69% com os familiares e 86% sozinhos.

Professores e alunos aprendem mais sobre tecnologia por conta própria

Assim como os estudantes, maior parte dos educadores brasileiros, buscam aprender sobre tecnologia sozinhos e não por meio de cursos de aprimoramento. O estudo indicou que 92% dos docentes das escolas públicas e 86% dos professores de escolas particulares procuram entender sobre o meio digital na própria internet ou através de amigos e colegas de profissão.

 

 

Com o fim do semestre, os estudantes que saem de recesso de cursinhos ou da faculdade nem sempre querem tirar férias dos estudos. Muitos buscam, de alguma forma, aproveitar o tempo livre para adquirir aprendizados em uma determinada área, buscando qualificação para o mercado de trabalho.

Com as possibilidades que a tecnologia oferece, para alguns, é muito mais prática a realização de minicursos online, como é o caso de Roberto Moreira, que tirou uma pausa do curso de pós-graduação e está aproveitando para fazer um minicurso, cujos assuntos são relacionados ao campo de trabalho de TI, o qual Roberto tem formação.

##RECOMENDA##

Ele está aprendendo mais sobre programação na Udemy, uma plataforma digital com sede na Califórnia, que possibilita o estudante ter acesso vitalício a qualquer curso, podendo assistir a vídeo aulas no tempo que quiser “O curso permite que eu planeje meu horário conforme minhas necessidades. Além disso, em um curso presencial existe um cronograma fixo de aulas, ao contrário de um curso online que posso realizar no meu ritmo pessoal”. O objetivo de Roberto é absorver os conhecimentos adquiridos no curso e aplicá-los no ambiente de trabalho. No final das aulas, o aluno recebe um certificado profissioanal para enriquecer o currículo.

Thiago Araújo, coordenador de pesquisa e extensão da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, aponta que tanto os cursos na modalidade online quanto presencial são ortunidades para quem quer se aperfeiçoar ou aprender alguma habilidade diferente, mesmo em outra área. "Em um mercado tão competitivo, participar de capacitações assim, seja elas de cursos rápidos (2 a 4 horas) ou mais longos (até 20 horas) podem ser um diferencial", explica.

O LeiaJá elencou oito cursos que podem ser feitos durante as férias do semestre. Confira a lista:

Capacita (presencial)

Minicurso de Direito Penal Militar

De 23 a 27 de julho, na Uninabuco – Recife

Doação de 1kg de alimento

Fundação Getúlio Vargas (Online)

Conceitos básicos de matemática financeira

Inscrição e curso gratuito

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)

Cursos de redação e língua portuguesa

Inscrição e curso gratuito

Journalism Courses

Vários cursos relacionados ao jornalismo

Inscrição gratuita, sendo cobrada taxa de emissão de certificado

UNINASSAU- Petrolina (Presencial)

Acidentes domésticos  - Ninguém está livre

Inscrição e curso gratuitos

Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Minicurso de Réplicas Arqueológicas para Musealização

Inscrição e curso gratuitos

Universidade de São Paulo (USP)

Vários cursos

Matrícula e cursos gratuitos

Escola Virtual Fundação Bradesco

Vários cursos

Matrícula e curso gratuitos

Escola Virtual do Senado Federal (Online)

Vários cursos

Inscrição e curso gratuitos

Uma escola localizada na cidade de Ananindeua, Região Metropolitana do Pará, está utilizando uma maneira criativa de fazer com que pais e mães estejam mais presentes na vida escola dos filhos: eles recebem boletins com avaliações relacionadas ao comportamento e ao tempo que dedicam às crianças dentro e fora de casa.

Tradicionalmente, os responsáveis pelos alunos sempre recebem os boletins com as notas do semestre, mas no caso da instituição paraense, eles também são convidados a participar de um evento no qual recebem um envelope lacrado com notas que vão de 0 a 10. No lugar de disciplinas como português e matemática, porém, há notas para ‘presença nos eventos escolares, paciência e compreensão. De acordo com a Coordenadora Pedagógica do Hotel Escola Girassol, responsável pelo desenvolvimento do projeto, Suellen Raiol, as reações ao conteúdo do envelope foram as mais variadas, desde euforia ao choro. “Muitos não imaginavam as notas que teriam”, disse em entrevista ao LeiaJa.com.

##RECOMENDA##

Um dos objetivos principais para o desenvolvimento do trabalho foi buscar uma mudança comportamental dos adultos em relação às suas crianças. Muitos estudantes do ensino fundamental 1 e 2, no começo se mostraram apreensivos em relação ao método avaliativo, se isso geraria consequências negativas dentro da família. No entanto, o que ocorreu desde o início do trabalho, em 2017, foi uma mudança de atitude de ambas as partes, como explica Suellen Raiol. “É o Pontapé inicial para uma jornada de relacionamento dentro da escola, para ampliar os horizontes da família. Muitos já avançaram no relacionamento com os filhos, no convívio familiar. É um projeto que pode explanar para outros objetivos se a escola tiver visão. Nenhum pai se sente constrangido porque não é exposto”.

E em tempos de redes sociais e todo mundo conectado, a instituição do ensino quer trazer ainda mais a família para a escola. Hoje, a escola desenvolve um novo projeto que visa fazer com que pais, mães e responsáveis larguem um pouco a vida digital para viver a vida real ao lado das crianças. “No final do ano há um reconhecimento de consciência dos próprios pais. Trabalhar em escola em isso. São diversas problemáticas, diversos desafios e a criatividade tem que existir para que a gente possa de uma formas lúdica, de uma forma carinhosa, falar aos pais: olhem, conversem, passeiem, tenham um convívio familiar com seus filhos”, conclui a coordenadora pedagógica Suellen Raiol.     

 

A partir de dados coletados de 2.447 professores e 184 diretores das escolas do Brasil, a Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem, divulgada pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), concluiu que o ambiente escolar no país é mais propício à prática do bullying, estando acima da média internacional.

De acordo com o estudo, semanalmente, foram registrados casos de bullying em 10% das escolas do país. A média internacional é de 3%.

##RECOMENDA##

O levantamento não analisou os motivos que justificam o índice. Porém, o dado preocupa a organização, visto que o que os números no Brasil continuam os mesmos há pelo menos cinco anos. 28% dos diretores já presenciaram situações de bullying nos colégios. França, Bélgica, Arábia Sudita e África do Sul também estão entre os países com índices elevados de intimidação nas instituições de ensino.

Além disso, as escolas brasileiras estão na lista das que mais perdem tempo com outras tarefas do que com a própria aprendizagem. O estudo ouviu cerca de 250 mil profissionais da educação em escolas de 48 países. No Brasil, os professores utilizam apenas 67% do tempo com o ensino. O resto do tempo é utilizado em funções mais administrativas, como ata de chamada, ou tentar manter a classe em ordem. Segundo a OCDE, a soma dos minutos perdidos, acabam por totalizar vários dias sem conteúdos. A entidade exemplifica que 5% do tempo disperdiçado significa 12 dias e meio do ano.

Perfil dos educadores no Brasil

A pesquisa identificou que a profissão de educador no Brasil é marjoriariamente feminina. Cerca de 69% dos professores e 77% dos diretores são mulheres. A idade média dos discentes é de 42 anos para professores e 46 para diretores. Um ponto considerado positivo pela pesquisa é que 80% dos professores entrevistados dizem que há união entre os profissionais da classe para uma melhoria do ambiente escolar. 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando