Comércio inicia contratações temporárias para o Natal

Estimativa é que sejam abertas 70,7 mil vagas provisórias; por causa da pandemia, esse é o menor índice dos últimos 5 anos

por Alex Dinarte qui, 22/10/2020 - 16:24
PxHere Segundo a pesquisa, apenas 16,3% dos funcionários provisórios devem ser efetivados ao final do contrato temporário PxHere

Com a aproximação do mês de novembro, o comércio começa a empregar trabalhadores em regime de contrato temporário. Embora a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) considere que o período do Natal tenha condições de movimentar cerca de R$ 37,5 bilhões no varejo em 2020, um estudo elaborado pelo órgão aponta que setor deve ter o menor índice de contratações dos últimos cinco anos.

O levantamento da CNC mostra que, no estado de São Paulo, o comércio deve empregar 70,7 mil pessoas nos próximos festejos natalinos. De acordo com o estudo, o número é 19,7% menor do que o ano anterior, quando 88 mil trabalhadores foram contratados de maneira provisória.

Para a instituição, a pandemia de Coronavírus é a principal causadora da queda. Ainda segundo a projeção, os lojistas de vestuário e calçados serão responsáveis pela maioria das contratações, devendo abrir cerca de 30,7 mil postos de trabalho.

Remuneração mais alta

Apesar da redução no número de vagas, a projeção do órgão é que os funcionários temporários de 2020 sejam melhor remunerados do que em 2019. Segundo a perspectiva da CNC, a média dos ganhos deve ser de R$ 1.319 e segmentos como o de tecnologia e de medicamentos deve pagar os melhores salários que podem chegar a R$ 1.618.

Outro fator que apresenta o cenário desanimador ao mercado e aos trabalhadores é a baixa em relação à contratação efetiva dos colaboradores temporários. Segundo a CNC, apenas 16,3% dos funcionários provisórios devem ser efetivados, pior número desde o ano de 2015.

De acordo com o levantamento da instituição, as dúvidas sobre o futuro em meio à pandemia são responsáveis pelo impacto negativo na economia das empresas que temem pelo investimento em aumento de pessoal.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil chegou à marca dos 14 milhões de desempregados no último mês de setembro. De acordo com os dados oficiais, o desemprego no país foi de 10,5% para 14,4% durante a crise sanitária.

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