PE: escolas pedem volta da educação infantil e fundamental

O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe-PE) realizou o “Movimento Aulas Já” em frente a sede do governo do Estado

por Maya Santos qui, 29/10/2020 - 11:37

Na manhã desta quinta-feira (29), o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe-PE) realizou o “Movimento Aulas Já” na Praça da República, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife. A intenção foi pressionar o governo a liberar um cronograma de retorno imediato das aulas presenciais do ensino infantil e fundamental, sem que haja prejuízo da modalidade remota.

“Nós consideramos, junto com os pais de alunos, que estão nesse grande movimento de hoje, uma grande falta de respeito a educação, a família, aos alunos e as escolas de Pernambuco. É exatamente na escola, o único espaço, que a gente tem total controle da situação, tanto das questões de higiene, questões sanitárias, como de comportamento e distanciamento dos alunos”, disse o diretor do Sinepe-PE, Arnaldo Mendonça.

Ele ainda comparou a situação de Pernambuco com a Europa, onde as escolas permanecem abertas, mesmo com a segunda onda da Covid-19, mesmo argumento utilizado pelo defensor público e pai de dois estudantes, Manuel Correia. “Estamos assistindo a Europa dar uma aula de prioridade ao restituir o lockdown, mas manter abertas as escolas, manter as crianças dentro das escolas”, reforça o defensor público e pai de dois estudantes, Manuel Correia.

Para o defensor, não é admissível que as escolas passem sete meses fechadas. “Não estão levando em consideração todos os danos emocionais, psicológicos e pedagógicos que essas crianças estão sofrendo”, disse.

Outro lado

O LeiaJá entrou em contato com o presidente Sindicato dos professores do estado de Pernambuco (Sinpro-PE), Helmilton Bezerra, contrário ao retorno das aulas presenciais. “A pandemia ainda está aí, e que os números vêm aumentando”, argumenta Bezerra.

Segundo Bezerra, mais de 50 escolas foram verificadas pelo Sinpro, quanto ao cumprimento do protocolo sanitário, mas nem todas estão de acordo com o exigido. “Nós entramos com um agravo regimental para suspender as aulas presenciais e estamos aguardando o julgamento”, disse Bezerra, com relação às aulas para o ensino médio.

Diálogo com o governo

Os representantes do ato público tentaram uma reunião junto ao Governador do Estado, Paulo Câmara. No entanto, de acordo com informações da assessoria de imprensa, foi acordado que o grupo seria recebido por um representante do Governo, no Palácio do Campo da Princesas, ainda durante a manhã.

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