Burnout atinge diversos profissionais, aponta pesquisa

Colaboradores de diferentes segmentos sofrem com a exaustão no trabalho

por Mariana Ramos qua, 02/08/2023 - 16:14
Freepik Reconhecido pela Organização Mundial de Saúde, o burnout é uma doença ocupacional que afeta várias pessoas. Freepik

A startup mineira Way Minder realizou uma pesquisa com mais de 600 pessoas para avaliar a saúde mental e o bem estar emocional das pessoas no ambiente de trabalho. O resultado mostra altos índices de estresse e de burnout, causados pelo excesso de pressão e cansaço.

O levantamento conta com entrevistados de diversas áreas de atuação no mercado, mas os profissionais de RH, vendas, educação, liderança, administrativo e TI são os que apresentam maiores taxas de esgotamento profissional.

Segundo a Way Minder, há um índice para definir a fase do burnout, de nulo (0 a 8), para baixo (19 a 32), moderado (33 a 49), alto (50 a 59) e grave (60 a 75). Os profissionais de RH, vendas, educação, liderança e administrativo estão na classificação moderada, com taxas que variam de 43 a 36,61.

“O burnout ser categorizado pela Organização Mundial da Saúde como doença ocupacional tem levado as empresas a ligarem o alerta sobre a qualidade emocional de seus colaboradores, com adoção de ações e ferramentas que possam contribuir com sua qualidade de vida e reduzir os impactos negativos que essa doença pode causar aos negócios”, declara Deivison Pedroza, co-fundador e CEO da Way Minder.

A startup lista alguns dos motivos que podem levar à exaustão dos profissionais, entre eles estão o envolvimento emocional intenso, problemas de comunicação, decisões erradas, perda de produtividade, aumento de ausências.

No segmento de lideranças, o C-Level está com as taxas mais elevadas, os cargos como CEO, diretor e sócio possuem uma pontuação de 44,41. Já a de gerentes e coordenadores, são 37,43 pontos, enquanto sub gerentes e supervisores possuem 39,47 pontos.

Dividindo os entrevistados por gerações, os trabalhadores nascidos entre 1990 e 2010 da área de liderança são os que apresentam maior índice de burnout, com a taxa de 41,8, seguido pelos nascidos entre 1960 e 1980, com um índice de 40,86, e os nascidos entre as década de 1940 e 1960, com 34,5.

“A situação de estresse tem efeitos negativos que atingem não apenas o indivíduo, mas também as pessoas que estão ao seu redor, toda a família e claro o ambiente de trabalho, com redução de performance. Diante desses dados alarmantes, é imprescindível que as empresas e os profissionais estejam cientes da importância de abordar a saúde mental e o bem-estar emocional de forma abrangente e eficaz”, completa Pedroza.

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