Leitura que fortalece e empodera mulheres
Clube de leitura 'Floriterárias' incentiva o fortalecimento e empoderamento feminino através da leitura
No próximo sábado (27), será realizado o 34º encontro do clube de leitura Floriterárias. O movimento literário feito por mulheres e só para mulheres discute a obra “Maria Bonita – Sexo, violência e mulheres no cangaço”, de Adriana Negreiros. O evento, aberto ao público e gratuito, está marcado para as 14h, no Ateliê Arte Machê Café, em Olinda, Região Metropolitana do Recife.
Nascido do amor pela leitura e da amizade de mais de 20 anos entre a pedagoga Anita Presbitero e a historiadora Luciana Seabra, o ‘Floriterárais’ existe há três anos. O que começou com um grupo pequeno de amigas, que compartilhavam experiências literárias via WhatsApp, foi ganhando proporção ao longo do tempo e saiu do mundo virtual para o real. Para Anita, o movimento é um espaço onde as mulheres podem ser ouvidas e têm lugar de fala garantido. “Entre mulheres a gente se sente mais à vontade, mais forte. Conseguimos ser ouvidas e temos tranquilidade para falar e trocar ideias com mais fluidez”, disse em entrevista ao LeiaJá.
Além de servir como instrumento de incentivo à leitura, num país onde as pessoas lêem em média 2,43 livros por ano, de acordo com estudo realizado em 2016 pelo Instituto Pró-Livro, o clube também é uma forma de conhecer as perspectivas e olhares de outras mulheres sobre diversos assuntos. Um modo de furar as ‘bolhas’ sociais e relacionar-se com pessoas que não fazem parte do convívio diário das leitoras.
“É interessante por termos contato com diferentes tipos de mulheres, de religiões diferentes, posicionamentos religiosos e políticos diferentes, orientações sexuais. Mulheres casadas, solteiras, aposentadas, com filhos, sem filhos. Todas reunidas em um círculo, debatendo um livro e trocando ideias”, ressaltou Luciana.
Com encontros itinerantes e mensais, o grupo lê diversos gêneros, de autoras e autores nacionais e estrangeiros. Há também a preocupação de que a obra do mês seja acessível, não só em termos financeiros, mas que as participantes possam ler o livro em tempo hábil e que consigam acessá-lo de diversas formas: livraria, sebos e sites. Além disso, o movimento traz autoras e autores para roda de discussão, o que enriquece ainda mais os encontros.
Em maio, o ‘Floriterárias’ irá ler a obra de Miró da Muribeca. As mulheres interessadas em participar do grupo podem entrar em contato com as idealizadoras pelo e-mail: floriterarias@gmail.com ou através do Instagram e Facebook oficial do clube.