Brasil-Alemanha: cinco pontos-chave da final olímpica
Dois anos e quase um mês e meio depois de sofrer a maior goleada e mais humilhante derrota em sua história, um 7-1 nas semifinais da Copa do Mundo de 2014, a seleção brasileira volta a se encontrar com a Alemanha
Cinco pontos-chave da partida entre Brasil e Alemanha pela medalha de ouro no futebol masculino dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016, sábado (20), no Maracanã:
1 - Revanche ou mais desastre
Dois anos e quase um mês e meio depois de sofrer a maior goleada e mais humilhante derrota em sua história, um 7-1 nas semifinais da Copa do Mundo de 2014, a seleção brasileira volta a se encontrar com a Alemanha, desta vez na final olímpica do Rio-2016 no Maracanã.
O Brasil não conhecia uma dor igual desde 1950, quando o Uruguai derrotou os donos da casa por 2-1 na final do Mundial no chamado "Maracanazo". O estádio havia sido construído especialmente para que a seleção comemorasse seu primeiro título.
A Alemanha tem boas recordações do Maraca, já que a equipe de Joachim Löw se tornou a tetracampeã mundial vencendo a Argentina por 1-0 há dois anos.
2 - Pelo primeiro ouro
Com o recorde de cinco títulos mundiais em sua sala de troféus, o Brasil nunca conseguiu conquistar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos.
Há quatro anos, em Londres, a seleção - com Neymar ainda no Santos, mas na mira dos grandes clubes europeus - esteve perto de conquistar o ouro, mas terminou perdendo por 2-1 para os mexicanos.
O Brasil também acabou ficando com a prata em Los Angeles-1984 e Seul-1988, quando o torneio Olímpico era reservado para as seleções sub-20 da América do Sul e da Europa, enquanto o resto das confederações participava com combinados absolutos.
Vencedora de quatro Copas do Mundo, a Alemanha também nunca conquistou o ouro como nação unificada.
A Alemanha Oriental ganhou o ouro em Montreal-1976, superando o bronze que havia ganho quatro anos antes em Munique. Em Moscou-1980, a mesma Alemanha perdeu a final para a Checoslováquia. E em Seul-1988, a Alemanha Ocidental ficou com o bronze.
3 - Novas caras
É inevitável a recordação do 7-1 pelos cantos do Maracanã, mas nenhum dos jogadores que esteve nessa inesquecível e fatídica tarde no Mineirão jogará a partida pelo ouro no Rio-2016.
Neymar, o astro da seleção, ficou fora do Mundial nas quartas de final diante da Colômbia ao sofrer uma duríssima falta de Camilo Zúñiga. O diagnóstico foi uma fratura na vértebra lombar e um mês e meio fora dos campos.
Na seleção alemã, o zagueiro do Borússia Dortmund, Matthias Ginter, fez parte da escalação dos 23 jogadores que se sagraram campeões mundiais, mas não jogou nem um minuto no Brasil.
4 - Melhor defesa vs melhor ataque
Com a vitória de 2-0 em cima da Nigéria nas semifinais, a Alemanha chegou a 21 gols nas Olimpíadas Rio-2016 (2-2 com o México, 3-3 com a Coreia do Sul, 10-0 com Fiji e 4-0 com Portugal).
Serge Gnabry, meio-campo do West Bromwich da Premier League, lidera a artilharia do torneio com seis gols, seguido pelo atacante Nils Petersen, do Freiburg, com cinco.
Já o Brasil contabiliza 12 gols marcados (4-0 com a Dinamarca, 2-0 com a Colômbia, 6-0 com Honduras) depois de seus decepcionantes empates de 0-0 com a África do Sul e Iraque na primeira fase. O melhor para seleção é que ela se mantém invicta na competição.
5 - Brasil domina a história
Apesar do vergonhoso 7-1 da Copa do Mundo de 2014, o Brasil leva em cima da Alemanha uma importante vantagem em seus 22 duelos históricos.
A seleção brasileira ganhou 12 dessas partidas entre oficiais e amistosos, enquanto os alemães venceram apenas cinco. Outras cinco terminaram em empate.
O triunfo mais marcante da canarinha foi o 2-0 na final do Mundial do Japão/Coreia do Sul, em 2002, quando o Brasil se sagrou pentacampeão.
Em Olimpíadas o Brasil venceu duas vezes em cima da seleção alemã: 1-0 na primeira fase em Los Angeles-1984 e 4-3 nos pênaltis (1-1 no tempo regular) nas semifinais em Seul-1988.