Brasil-Alemanha: cinco pontos-chave da final olímpica

Dois anos e quase um mês e meio depois de sofrer a maior goleada e mais humilhante derrota em sua história, um 7-1 nas semifinais da Copa do Mundo de 2014, a seleção brasileira volta a se encontrar com a Alemanha

sab, 20/08/2016 - 12:11
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Apesar do 7 a 1, o Brasil tem ampla vantagem no histórico do confronto Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Cinco pontos-chave da partida entre Brasil e Alemanha pela medalha de ouro no futebol masculino dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016, sábado (20), no Maracanã:

1 - Revanche ou mais desastre

Dois anos e quase um mês e meio depois de sofrer a maior goleada e mais humilhante derrota em sua história, um 7-1 nas semifinais da Copa do Mundo de 2014, a seleção brasileira volta a se encontrar com a Alemanha, desta vez na final olímpica do Rio-2016 no Maracanã.

O Brasil não conhecia uma dor igual desde 1950, quando o Uruguai derrotou os donos da casa por 2-1 na final do Mundial no chamado "Maracanazo". O estádio havia sido construído especialmente para que a seleção comemorasse seu primeiro título.

A Alemanha tem boas recordações do Maraca, já que a equipe de Joachim Löw se tornou a tetracampeã mundial vencendo a Argentina por 1-0 há dois anos.

2 - Pelo primeiro ouro

Com o recorde de cinco títulos mundiais em sua sala de troféus, o Brasil nunca conseguiu conquistar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos.

Há quatro anos, em Londres, a seleção - com Neymar ainda no Santos, mas na mira dos grandes clubes europeus - esteve perto de conquistar o ouro, mas terminou perdendo por 2-1 para os mexicanos.

O Brasil também acabou ficando com a prata em Los Angeles-1984 e Seul-1988, quando o torneio Olímpico era reservado para as seleções sub-20 da América do Sul e da Europa, enquanto o resto das confederações participava com combinados absolutos.

Vencedora de quatro Copas do Mundo, a Alemanha também nunca conquistou o ouro como nação unificada.

A Alemanha Oriental ganhou o ouro em Montreal-1976, superando o bronze que havia ganho quatro anos antes em Munique. Em Moscou-1980, a mesma Alemanha perdeu a final para a Checoslováquia. E em Seul-1988, a Alemanha Ocidental ficou com o bronze.

3 - Novas caras

É inevitável a recordação do 7-1 pelos cantos do Maracanã, mas nenhum dos jogadores que esteve nessa inesquecível e fatídica tarde no Mineirão jogará a partida pelo ouro no Rio-2016.

Neymar, o astro da seleção, ficou fora do Mundial nas quartas de final diante da Colômbia ao sofrer uma duríssima falta de Camilo Zúñiga. O diagnóstico foi uma fratura na vértebra lombar e um mês e meio fora dos campos.

Na seleção alemã, o zagueiro do Borússia Dortmund, Matthias Ginter, fez parte da escalação dos 23 jogadores que se sagraram campeões mundiais, mas não jogou nem um minuto no Brasil.

4 - Melhor defesa vs melhor ataque

Com a vitória de 2-0 em cima da Nigéria nas semifinais, a Alemanha chegou a 21 gols nas Olimpíadas Rio-2016 (2-2 com o México, 3-3 com a Coreia do Sul, 10-0 com Fiji e 4-0 com Portugal).

Serge Gnabry, meio-campo do West Bromwich da Premier League, lidera a artilharia do torneio com seis gols, seguido pelo atacante Nils Petersen, do Freiburg, com cinco.

Já o Brasil contabiliza 12 gols marcados (4-0 com a Dinamarca, 2-0 com a Colômbia, 6-0 com Honduras) depois de seus decepcionantes empates de 0-0 com a África do Sul e Iraque na primeira fase. O melhor para seleção é que ela se mantém invicta na competição.

5 - Brasil domina a história

Apesar do vergonhoso 7-1 da Copa do Mundo de 2014, o Brasil leva em cima da Alemanha uma importante vantagem em seus 22 duelos históricos.

A seleção brasileira ganhou 12 dessas partidas entre oficiais e amistosos, enquanto os alemães venceram apenas cinco. Outras cinco terminaram em empate.

O triunfo mais marcante da canarinha foi o 2-0 na final do Mundial do Japão/Coreia do Sul, em 2002, quando o Brasil se sagrou pentacampeão.

Em Olimpíadas o Brasil venceu duas vezes em cima da seleção alemã: 1-0 na primeira fase em Los Angeles-1984 e 4-3 nos pênaltis (1-1 no tempo regular) nas semifinais em Seul-1988.

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