'A gente sabia que ia ter agressão', diz delegado

Após as cenas de violência antes do jogo entre Santa Cruz e Remo, Paulo Moraes, da Delegacia de Repressão à Intolerância Esportiva, afirmou que as brigas entre as torcidas organizadas devem continuar porque é difícil controlar

seg, 09/07/2018 - 13:08
Julio Gomes/LeiaJáImagens Delegado responsável pelo caso conversou com a imprensa nesta segunda-feira Julio Gomes/LeiaJáImagens

Santa Cruz e Remo se enfrentaram no último domingo (8) pela 13ª rodada, mas as cenas que ficaram marcadas foram as de violência antes da partida. Torcedores de uniformizadas dos dois times se confrontaram nas imediações do estádio do Arruda, local da partida. 

Quatro torcedores chegaram a ser encaminhados para o Hospital da Restauração devido à gravidade dos ferimentos. De acordo com informações do HR, Diego Trindade de Araújo, de 29, já foi liberado depois de passar por alguns exames. Outros três torcedores seguem internados. 

Dos quatro torcedores, apenas três foram identificados. Contudo, ambos moram na Região Metropolitana do Recife. Bruno Felipe de Luna Freire, de 22 anos, mora no bairro de Jiquiá; Gabriel Barbosa Gonzaga, de 20, mora em Prazeres e Diego Trindade de Araújo é morador do bairro de Arthur Lundgren I, em Paulista.

Na manhã desta segunda-feira (9), o delegado Paulo Moraes da Delegacia de Repressão à Intolerância Esportiva prestou alguns esclarecimentos à imprensa acerca do caso e destacou qual o principal fator para a causa das confusões.

"O problema maior são as torcidas coligadas. A torcida do Remo é coligada da Jovem do Sport. Então quando o Remo vem para o Recife, jogar com Náutico ou Santa Cruz, a Jovem alia-se à Remoçada e deixa o ‘abacaxi’ fervendo. Isso é normal. Houve o jogo em Belém e houve também um confronto lá, aqui é a represália. Todo mundo sabia. O Ministério Público sabia, o Judiciário sabia. Todo mundo sabia que era um jogo de risco aqui em Recife", disse.

No vídeo, o Delegado Paulo Moraes explica qual será o procedimento tomado pela Polícia agora e afirmou que as autoridades tinham conhecimento de que as confusões iriam acontecer. Entre os crimes atribuidos aos acusados estão tentativa de homicídio e associação criminosa. Confira a entrevista do delegado: 

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